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Estado de Minas

Aglomerado da Serra est� sob controle depois de confrontos

Depois do inc�ndio de mais um �nibus em protesto contra morte de servente, PM ocupa vilas do Bairro Serra, na capital. Moradores ficam sem �nibus e escolas tamb�m s�o fechadas


postado em 28/11/2012 06:00 / atualizado em 28/11/2012 07:07

Com receio de novos tumultos, a Polícia Militar deslocou ontem agentes de várias unidades para o policiamento ostensivo durante todo o dia nas ruas e becos da favela(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Com receio de novos tumultos, a Pol�cia Militar deslocou ontem agentes de v�rias unidades para o policiamento ostensivo durante todo o dia nas ruas e becos da favela (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)

O Aglomerado da Serra, Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, onde moram mais de 50 mil pessoas, viveu mais um dia de tens�o ontem, depois da morte do servente de pedreiro Helenilson Eust�quio da Silva Souza, de 24 anos, durante abordagem da Pol�cia Militar no fim da tarde de segunda-feira. Baleado por um sargento, o jovem foi sepultado ontem, sob forte como��o, no Cemit�rio da Saudade, na Regi�o Leste de BH. Ainda exaltados, moradores voltaram a acusar militares de execu��o sum�ria. A PM montou um cerco durante todo o dia no complexo, mas na madrugada outro �nibus foi incendiado. A possibilidade de confrontos fez a pol�cia proibir a circula��o de �nibus nas vilas, com preju�zos para a popula��o.

Para tentar reestabelecer a tranquilidade, o comandante do 22º Batalh�o da PM, tenente-coronel Luiz Jos� Francisco Filho, marcou para as 10h de hoje reuni�o com lideran�as comunit�rias na sede da 127ª Companhia. No in�cio da noite, policiais ainda estavam de prontid�o nos principais acessos � favela.  “Em fevereiro de 2011, quando duas pessoas foram mortas, os moradores queimaram �nibus depois do enterro. O nosso temor era de que isso pudesse ocorrer de novo”, disse o  militar.

A ter�a-feira come�ou tensa com o inc�ndio � 1h30 de um �nibus da empresa Saritur, que transportava trabalhadores. O encarregado da �rea de per�cias da Saritur, Sebasti�o Silveira, disse que o motorista encontrou uma ca�amba como barricada perto da Pra�a do Cardoso. “Homens armados ordenaram que ele e os passageiros descessem e colocaram fogo no ve�culo”, afirmou o encarregado.

Outros sinais do vandalismo tamb�m foram encontrados na liga��o da Avenida Mem de S�, no Santa Efig�nia, com a Pra�a do Cardoso. Carca�a de um ve�culo com sinais de inc�ndio foi colocada no meio da pista, al�m de algumas ca�ambas viradas. Garis foram impedidos por moradores de fazer a limpeza das ruas, mas a coleta de lixo foi feita com escolta da PMs apenas no entorno do aglomerado.

O tenente-coronel Luiz Francisco Filho disse que IPM vai apurar a abordagem policial (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
O tenente-coronel Luiz Francisco Filho disse que IPM vai apurar a abordagem policial (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
SEM ESCOLA Como estava preocupada com novos atos de viol�ncia, a PM proibiu a circula��o de �nibus no aglomerado ou mudou alguns itiner�rios, para evitar trechos mais complicados. Operaram normalmente ontem as linhas 2102, 2151, 8150, 9106 e a Suplementar 20. A linha 4102 circulou apenas at� a Rua Doutor Al�pio Goulart, enquanto os �nibus da linha 4107 n�o trafegaram pela Pra�a do Cardoso. A linha 9031 operou at� o Hospital da Baleia, enquanto tr�s linhas que circulam apenas no entorno do aglomerado foram suspensas.

O auxiliar de servi�os gerais Enir Rodrigues, de 42, ficou prejudicado. “Estou tendo de descer para pegar o �nibus e chegar ao servi�o a tempo. Somos os �nicos prejudicados”, afirmou. A dom�stica F�tima da Silva Rodrigues, de 48, saiu mais cedo de casa: “Avisei � patroa que chegaria atrasada, mas espero que d� tudo certou”. Algumas fam�lias ficaram sem na madrugada. T�cnicos da Cemig foram ao morro, mas a energia s� foi restabelecida pela manh�.

A Secretaria Municipal de Educa��o informou que tr�s unidades municipais de educa��o infantil (Capivari, S�o Jo�o e Padre Tarc�sio) e a Escola Municipal Professor Edson Pisani, com 550 alunos, n�o funcionaram e a previs�o era de que as unidades n�o abram hoje.

REPERCUSS�O O governador em exerc�cio, Alberto Pinto Coelho, disse ontem que fatos passados de viol�ncia no estado n�o devem ser relacionados ao conflito envolvendo a Pol�cia Militar no Aglomerado da Serra e que nenhuma atitude que envolva a demarca��o de territ�rios ser� tomada de imediato. “Temos de aguardar o resultado da dilig�ncia.” O prefeito Marcio Lacerda afirmou que o confronto entre a popula��o e a PM faz parte de um fen�meno de viol�ncia crescente no pa�s. “N�o � um privil�gio de Belo Horizonte.” Ele descartou qualquer impacto do caso na Copa’2014, mas disse que a popula��o deve cobrar a apura��o dos fatos.


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