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Estado de Minas

Para se proteger de desastres da chuva, moradores fazem obras por pr�pria conta e risco

Sem obras, moradores de �reas pr�ximas a barrancos decidem agir e tomar medidas para tentar evitar o pior durante temporais. Especialistas recomendam cuidado


postado em 08/12/2012 06:00 / atualizado em 08/12/2012 07:06

"Quando chove, mina �gua das paredes. Os donos das salas est�o revoltados. Estamos sem sa�da", Josemar Santos, zelador de pr�dio no Sion cuja administra��o empilhou sacos de areia para evitar deslizamentos (foto: LEANDRO COURI/EM/D.A PRESS)


A cena se repete sempre que chove na Rua Washington, no Bairro Sion. Terra, pedras e por vezes �rvores escorregam de morro de 20 metros de altura que come�a na via e chega � Avenida Nossa Senhora do Carmo, na Regi�o Centro-Sul, mesmo com uma lona preta instalada pela Defesa Civil na encosta. Para evitar o pior durante os temporais de fim de ano, a vizinhan�a decidiu agir. Administradores de um edif�cio comercial abriram uma vala de concreto e empilharam 150 sacos de areia e brita. O paliativo j� deu mostras de que pode n�o ser suficiente: houve novo deslizamento de terra na �ltima chuva, o que bloqueou parte da garagem.

“A prefeitura n�o faz obras e n�o nos deixa fazer porque o terreno � p�blico. Estamos sem sa�da”, reclama o zelador do pr�dio, Josemar Santos, de 46 anos. O drama na Rua Washington � comum a outras �reas da capital com riscos semelhantes: sem obras, h� moradores tomando medidas por conta pr�pria. Al�m do Sion, o EM identificou casos do tipo no Mangabeiras, Santa L�cia e Buritis. Entre as medidas bancadas por moradores, h� cobertura de barrancos com lonas e at� constru��o de canaletas.

Na Rua Washington, o receio � de que novas chuvas provoquem estragos maiores, mesmo com os sacos de areia e brita posicionados no barranco. “Quando chove, mina �gua das paredes. Os donos das salas est�o revoltados porque n�o podem mais usar suas garagens e um at� fechou a loja porque a �gua destruiu os carpetes e m�veis”, conta o zelador Josemar Santos. A apenas dois metros da Nossa Senhora do Carmo, por onde passam 95 mil ve�culos por dia, o barranco de 20 metros cede a cada chuva, amea�ando levar parte da via.

Susto

O supervisor de vendas Jos� Confessor, de 36 anos, trabalhava numa das salas do edif�cio na Rua Washington quando parte do barranco cedeu e bateu na parede externa da garagem. “Foi um barulho assustador. Todos estavam trabalhando e pararam”, descreve. “A prefeitura tinha de fazer uma obra definitiva aqui”, cobra. Segundo ele, quem frequenta o pr�dio � obrigado a deixar os carros na rua e teme que o barranco possa atingi-los.

Para especialistas, � preciso aten��o ao tomar medidas por iniciativa pr�pria. O professor aposentado da UFMG Euler Magalh�es da Rocha, consultor de mec�nica do solo e engenharia geot�cnica, alerta que muitas dessas a��es levadas a cabo em um momento de medo t�m pouca efic�cia. Mal executadas, ele alerta, essas medidas podem at� agravar o problema. “Sacos de areia, por exemplo, n�o funcionam para escorar barrancos muito altos. No caso, podem at� ajudar a represar um pouco mais a �gua, tornando mais forte o deslizamento”, adverte. “J� as lonas precisam ser bem presas. Se a �gua passar por baixo dela n�o adianta. E mais: a pessoa passa a n�o ver mais a evolu��o da movimenta��o do solo e o desmoronamento vem de surpresa”, acrescenta. Na opini�o do engenheiro, valas para desviar a �gua que desce do alto dos morros amea�ados podem funcionar melhor.


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