
O que os comerciantes mais temiam est� ocorrendo com o fechamento de parte da Avenida Paran�, no Centro de Belo Horizonte, para obras do transporte r�pido por �nibus (BRT). Oito dias depois da interdi��o de uma das pistas, isolada com tapumes, foi registrado um arrombamento de loja na madrugada de quarta-feira. No ano passado, quando a Avenida Santos Dumont foi totalmente interditada, 16 lojas foram atacadas por ladr�es durante a noite.
Para tentar acalmar os lojistas e mostrar que o policiamento foi refor�ado, a Pol�cia Militar promoveu nessa quinta-feira um encontro na C�mara de Dirigentes Lojistas (CDL). “O objetivo foi estreitar os la�os da PM com os comerciantes e mostrar que estamos com um aporte maior de policiamento”, disse o tenente J�nior Silvano Alves. “Onde a viatura n�o passa estamos usando bicicletas durante o dia e motos de madrugada. S�o ve�culos que conseguem subir no passeio e chegar aonde o ladr�o pode ficar escondido esperando para abordar as v�timas ou subir na marquise para arrombar lojas”, salientou.
Segundo o militar, agentes de servi�o na madrugada de quarta-feira suspeitaram de um homem a p� carregando bolsas, cintos e cal�ados. O suspeito foi abordado e um policial descobriu a porta de uma loja arrombada e pediu refor�o. O c�mplice ainda estava l� dentro e os dois foram presos. “Estamos atentos aos arrombamentos. No ano passado, a Avenida Paran� teve oito arrombamentos e a Santos Dumont registrou 16”, disse o tenente.
O vice-presidente da CDL, Anderson Rocha, disse que as entidades de classe se uniram e mobilizaram o poder p�blico para buscar solu��es durante obras na Savassi e na Santos Dumont. “O objetivo agora � criar um ambiente seguro na Paran� e o maior ponto de aten��o � o hor�rio noturno”, afirmou Anderson Rocha. A vice-presidente da Associa��o Comercial de Minas Gerais (ACMinas), Cl�udia Volpini, disse que a PM j� alertou a prefeitura sobre podas de �rvores e pontos de ilumina��o para deixar a avenida mais segura. “Ao contr�rio do que ocorreu na Santos Dumont, a PM desta vez fez um plano preventivo”, disse.
Comerciantes reclamam tamb�m de queda nas vendas. “A obra � muito recente para uma an�lise comparativa. Lojistas comentam que o fluxo de clientes j� caiu assustadoramente”, acrescentou Anderson Rocha.
Segundo ele, a queda nas vendas chegou a 70% em alguns setores do com�rcio da Santos Dumont. “Na Santos Dumont, 21 comerciantes entraram com pedido de indeniza��o, mas a maioria foi indeferida e n�o houve nenhum caso positivo de indeniza��o. Mas j� � um avan�o”, afirmou.
Gerente de uma �tica na Paran�, Marcos Vin�cius Zen�bio de Lima disse que o movimento de clientes caiu 30%. “Estou preocupado com os arrombamentos, pois a avenida fica deserta de madrugada. Vejo alguns PMs circulando quando fecho a loja, mas n�o sei se eles ficam a noite toda”, disse.