Preocupa��o com a dengue cresce em BH

O r�pido avan�o do n�mero de casos registrados em Belo Horizonte na �ltima semana j� preocupa moradores e tem deixado os agentes de combate a endemias em estado de alerta. Mas ainda assim, n�o � dif�cil encontrar verdadeiros criadouros do mosquito Aedes aegypti espalhados pela cidade. A equipe do Estado de Minas percorreu ontem bairros das regionais Oeste e Pampulha e se deparou com pontos de descarte inadequado de lixo, �gua acumulada em objetos ao ar livre, terrenos sujos e larvas do inseto transmissor da dengue se proliferando em quintais. Age ntes dos centros de zoonoses das regionais est�o preocupados com o aumento vertiginoso de casos no in�cio do ano e apontam a falta de cuidado da popula��o como uma das principais causas para o crescimento no n�mero de doentes.

Moradora do Bairro Bet�nia, na regional Oeste da capital, a pensionista Maria �urea de Assis, se surpreendeu com as larvas encontradas em um gal�o d’�gua no quintal de sua casa. A descoberta ocorreu na tarde de ontem durante a visita de uma agente de zoonoses, que monitora a resid�ncia localizada na Rua Fernando C�ndido de Souza a cada dois meses. Segundo a senhora de 63 anos, o ac�mulo de �gua em vasilhas espalhadas no terreno ocorreu no per�odo em que ela esteve fora de casa, viajando. No entanto, ela admitiu o descuido ao deixar o gal�o cheio de �gua de chuva. “Esse eu admito, esqueci de esvaziar ”, disse.

Outro local no Bet�nia tamb�m � motivo de preocupa��o. Um lote de uma empresa localizado na esquina das ruas Em�lia Alves do Vale e Minervina Eug�nia de Souza � usado por moradores como dep�sito de lixo e d� trabalho � equipe de combate a endemias. Dentro do terreno, garrafas, copos descart�veis e restos de m�veis velhos s�o despejados �s margens da cerca. O ac�mulo de �gua nos objetos preocupa a dom�stica Carla Rosil�ia Silva, que vive no bairro e j� contraiu a doen�a h� tr�s anos. “Eles jogam de tudo l� dentro. At� sof� j� foi encontrado l�”, observou.

Pampulha

Na Pampulha, Norte da capital, regi�o com maior n�mero de casos registrados em BH, segundo dados da Secretaria de Estado de Sa�de, n�o h� grande quantidade de loteamentos com risco de abrigar as larvas do mosquito. O perigo, de acordo com o gerente de Controle de Zoonoses da Regional Pampulha, est� dentro das casas. “Entre os bairros com mais problemas est�o o Santa Terezinha, Urca, Jaragu�, Liberdade e Santa Am�lia”, disse Cristiano Fernandes da Costa, que refor�ou o pedido para que os moradores evitem o ac�mulo de �gua em pneus, garrafas PET e vasos de planta e aponta caixas-d’�gua e calhas como locais prop�cios � prolifera��o do mosquito. “A popula��o transfere totalmente a responsabilidade do combate aos agentes de controle de endemias. Os moradores t�m de fazer a sua parte”, disse.