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Estado de Minas

Minas tem quase 80 mil casos de dengue, situa��o ainda pode piorar

N�mero de mortes chega a 15 no ano. Sa�de reconhece que situa��o � cr�tica em Minas, prev� agravamento at� abril e usar� kit com diagn�stico r�pido em cidades mais atingidas


postado em 09/03/2013 00:12 / atualizado em 09/03/2013 07:25

Em Belo Horizonte, agente aplica inseticida em bairro da Região Centro-Sul: 78% de aumento de casos em uma semana(foto: ALEXANDRE GUZANSHE/EM/D.A PRESS)
Em Belo Horizonte, agente aplica inseticida em bairro da Regi�o Centro-Sul: 78% de aumento de casos em uma semana (foto: ALEXANDRE GUZANSHE/EM/D.A PRESS)

O n�mero de diagn�sticos de dengue em Minas n�o para de crescer desde o in�cio do ano. Nesta semana o estado registrou nova alta, saltando para 78.242 os casos notificados em 2013. Entre 1º e 7 de mar�o, a Secretaria de Estado de Sa�de (SES) fez 29.522 registros da doen�a, o que representa um crescimento de 60,59% em rela��o aos 48.720 divulgados pelo �rg�o em 28 de fevereiro. Tamb�m foram confirmadas outras tr�s mortes em decorr�ncia da doen�a no per�odo, o que fez subir para 15 o n�mero de �bitos causados pela dengue desde janeiro. Uberaba, no Tri�ngulo Mineiro, lidera a lista de cidades com maior ocorr�ncia de notifica��es em Minas, com 7.684 casos, e a de �bitos, com cinco. As outras com mortes confirmadas s�o Montes Claros, com duas, e Buritizeiro, Ituiutaba, Ipanema, Pirapetinga, Pirapora, S�o Geraldo do Baixo, Montes Claros e S�o Jo�o da Ponte, todas com um morto.

A Secretaria de Sa�de j� admite que a situa��o � cr�tica em algumas cidades e alerta para a possibilidade de que piore entre o fim de mar�o e in�cio de abril, per�odo em que, historicamente, s�o registrados picos de transmiss�o. Em Belo Horizonte, por exemplo, a evolu��o chegou a 78% de crescimento s� numa semana.

A coordenadora do Programa de Controle de Dengue da Secretaria de Estado de Sa�de, Geane Andrade, afirma que a situa��o j� � t�o preocupante quanto em 2010, quando foram registrados 67.850 casos somente em mar�o. Naquele ano, houve epidemia em Minas, com 261.915 notifica��es de dengue. No entanto, Geane afirma que a alta incid�ncia era esperada pelas autoridades. “Havia uma tend�ncia de crescimento desde o in�cio do ano devido aos n�meros registrados nas primeiras semanas de janeiro. Ainda h� expectativa de que aumentem at� abril, porque h� previs�o de muita chuva, o que faz crescer os focos da doen�a”, diz.

A representante da SES tamb�m culpou a troca de gestores municipais pelo aumento vertiginoso de casos. “Tivemos mudan�a de prefeitos em mais de 80% das cidades de Minas e isso fez com que as equipes de controle da dengue fossem desarticuladas. Tamb�m registramos falhas na limpeza urbana e isso tem proporcionado ambiente adequado para que o Aedes aegypti se reproduza”, observa.

Geane afirma que a secretaria est� enviando refor�os para as equipes de zoonoses dos munic�pios em situa��o mais grave e pede que a popula��o contribua com as a��es de combate � dengue. “Segundo levantamento das equipes, 83% dos focos do mosquito Aedes aegypti s�o encontrados em resid�ncias. Isso mostra que a popula��o precisa ficar atenta a locais prop�cios � reprodu��o do transmissor”, diz.

Devido ao alto �ndice de casos graves de dengue, 13 munic�pios no interior do estado est�o sendo equipados para virarem um padr�o no atendimento dos doentes. “Estamos montando unidades com m�dicos treinados para o diagn�stico, equipamentos e insumos necess�rios para o tratamento da doen�a. O objetivo � que essas cidades se tornem refer�ncia de suas regi�es”, explica a coordenadora. Entre as cidades inclu�das est�o Pirapora, Buritizeiro e Pirapetinga, todas com casos confirmados de morte.

AGILIDADE Trinta mil kits para diagn�stico r�pido tamb�m est�o sendo enviados a esses munic�pios com pacientes em grupos de risco e com suspeita de dengue hemorr�gica. Segundo o m�dico infectologista Guenael Freire, o exame tradicional � feito por meio da pesquisa de anticorpos, que s� s�o produzidos depois do contato com o v�rus da dengue. A an�lise detecta a presen�a da doen�a cerca de seis dias depois do aparecimento dos primeiros sintomas, o que pode atrasar o diagn�stico. Com o teste r�pido, que fica pronto em 20 minutos, a confirma��o pode ser feita antes do aparecimento dos anticorpos, por meio da detec��o do Ant�geno NS1, prote�na que aparece na fase inicial da doen�a. “O exame ajuda principalmente nos casos mais graves e possibilita que o tratamento comece mais r�pido, aumentando as chances de cura”, avalia Freire.


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