
A Justi�a come�ou a definir, na tarde desta segunda-feira, o destino dos assassinos da atriz Cec�lia Bizzoto Pinto, de 32 anos, que foi morta dentro de casa durante um assalto no Bairro Santa L�cia, Regi�o Centro-Sul de BH, em outubro do ano passado. A audi�ncia de instru��o e julgamento come�ou por volta das 13h30 na 11ª Vara Criminal, no F�rum Lafayette. Os tr�s acusados, Cl�ber Eduardo da Silva, 22 anos, Lu�s Henrique da Silva Paulino, 20 anos, e Gleisson Martins Hor�cio, 28 anos, respondem pelo crime de latroc�nio – roubo seguido de morte.
Est�o previstos o depoimento de 21 testemunhas. Dentre as pessoas que ser�o ouvidas est�o o irm�o de Cec�lia, Marcelo Bizzotto e a ex-namorada dele, Alexandra Montes Silva, que estavam na resid�ncia no momento em que aconteceu o caso. A audi�ncia ser� conduzida pelo juiz Luiz Fernando Nigro. Os r�us j� chegaram no f�rum.
Depois de ouvir todas as testemunhas, ser� a vez dos r�us dar a declara��o sobre o caso. Em seguida o juiz abre vista do processo para o Minist�rio P�blico e para a defesa apresentarem as alega��es finais. Em seguida, o magistrado vai definir a senten�a dos r�us.
O crime
Era pouco mais da 0h do dia 7 de outubro quando os criminosos aproveitaram a abertura do port�o da garagem por onde Cec�lia, o irm�o e a cunhada haviam entrado de carro. Naquele dia, a atriz ficaria sozinha em casa, porque os pais viajaram para Paris (Fran�a), onde moram familiares. Ci�a, como era carinhosamente chamada por amigos e parentes, pediu que o casal ficasse com ela na casa, porque estava com medo de dormir sozinha.
Na frente do carro, estavam Marcelo e Alexandra e no banco de tr�s, Cec�lia. Os bandidos armados renderam os tr�s e inciaram uma s�rie de terror com os ref�ns. Eles foram levados para dentro da casa e os bandidos insistiram que na casa havia um cofre. Sob o comando de Gleisson, o grupo exigiu que as v�timas mostrassem onde ficavam dinheiro e joias.
Ci�a tentou o tempo todo manter contato com os assaltantes, diferente do irm�o e da cunhada que permaneceram mais calmos durante a abordagem. Como parte das amea�as, os bandidos jogaram um l�quido na atriz dizendo que era �lcool e que incendiaram a jovem, caso o cofre n�o fosse entregue. Os criminosos come�aram a juntar objetos e colocar no carro da fam�lia planejando fugir.

Tiro
Por fim, Gleisson percebeu que havia um c�modo externo � casa, era um loft onde Cec�lia morava. Ele pediu a chave do quarto e tentou entrar em busca de objetos de valor. No entanto, teve problemas com a fechadura e exigiu que um dos tr�s ref�ns fosse com ele para abrir a porta. Ci�a foi a escolhida. Dentro do c�modo, enquanto Gleisson revirava m�veis e objetos, Cec�lia tentou ligar para a Pol�cia Militar. Ela chegou a fazer a chamada para o 190, mas foi friamente assassinada com um tiro no peito pelo assaltante que percebeu a tentativa da atriz em chamar a PM. Alexandra e Marcelo ouviram um �nico tiro, enquanto eram mantidos ref�ns no interior da casa.
Rapidamente, Gleisson pulou a janela do loft, deixando Ci�a agonizar trancada no c�modo. Ele chamou os comparsas, dizendo que a pol�cia estava chegando. Disse ainda que havia atirado na perna da jovem, o que fez Marcelo e Alexandra acreditarem que ela poderia estar apenas ferida. O trio fugiu levando apenas tr�s aparelhos celulares e a chave do carro que iriam roubar da fam�lia.
Da� em diante Marcelo e Alexandra come�aram uma saga pra conseguir socorro para a atriz e a presen�a policial na casa, conforme mostrou o Estado de Minas. Eles chegaram a sair da casa em busca de ajuda e foram at� uma delegacia perto da resid�ncia.
Pris�o
Um inqu�rito policial foi instaurado e terminou com a pris�o dos tr�s acusados, moradores do Morro das Pedras. Primeiramente foram presos Lu�s e Gleisson, que permanecem detidos no Pres�dio Ant�nio Dutra Ladeira, em Ribeir�o das Neves, regi�o metropolitana. Dias depois, a pol�cia chegou at� Cl�ber, que agora est� no Pres�dio de Bicas II, tamb�m na Grande BH.