Os servidores administrativos da Universidade Federal de Minas Gerais entram em greve por tempo indeterminado a partir desta segunda-feira. O Sindicato dos Trabalhadores nas Institui��es Federais de Ensino (Sindifes) realiza, nesta manh�, uma assembleia com os trabalhadores para decidir a organiza��o da paralisa��o, aprovada na semana passada. A principal reivindica��o da categoria � a valoriza��o dos t�cnicos, que segundo a coordenadora geral do Sindifes, Cristina Del Papa, recebem um tratamento diferenciado na universidade.
“Estamos passando por um processo de invisibilidade e sofremos ass�dio moral dos professores”, afirma Cristina. Segundo ela, a universidade quer implantar um sistema de ponto eletr�nico e obrigar os t�cnicos a baterem cart�o, mas est� abrindo exce��o para outros profissionais que, por decreto, tamb�m deveriam realizar o procedimento, como � o caso dos professores de Educa��o B�sica e Tecnol�gica.
Al�m disso, os t�cnico-administrativos exigem paridade na elei��o de reitor, vice-reitor e diretores de unidade. “Hoje os professores t�m 70% de peso e n�s e os alunos temos 15 e 15%. N�s estamos pedindo peso de um ter�o para cada”, diz. A categoria tamb�m quer revis�o de escalas e carga hor�ria de 30 horas semanais.
Outra importante reivindica��o dos t�cnicos � em rela��o � contrata��o da Empresa Brasileira de Servi�os Hospitalares (Ebserh) para gerenciamento do Hospital das Cl�nicas. Segundo a coordenadora do Sindifes, a categoria � contra essa ades�o porque isso incentiva a terceiriza��o dos servi�os, diminuindo a realiza��o de concursos p�blicos.
Cristina Del Papa acredita que cerce de 40% dos t�cnicos devem aderir � greve a partir de hoje, mas esse n�mero pode ampliar para at� 70%. No ano passado, a categoria ficou parada durante 108 dias.