
O caso aconteceu nas provas de segunda etapa da UFMG em janeiro deste ano. O jovem alega que j� havia feito as outras provas com o turbante, que comp�e o traje da religi�o sikh dharma, e n�o havia sido barrado. Por�m, na �ltima etapa, acabou impedido. Ele foi levado para uma sala separada e recebeu a op��o de fazer a prova sem a pe�a. “Me senti um pouco confrontado e muito nervoso. Sabia que se eu fizesse a prova eu poderia lutar por um lugar mais alto. Aguentar brincadeiras na rua eu aguento todo dia e gente atravessando a rua quando me v�. Vi neste caso uma forma de tentar mudar o jeito que a sociedade v� uma pessoa de turbante. Mas a universidade se mostrou totalmente despreparada”, afirma o estudante.
Heitor fez a prova e conseguiu entrar no curso de m�sica. Por�m, quando foi fazer a matr�cula, acabou impedido. “N�o deixaram eu fazer a matr�cula sem eu tirar o turbante. Isso foi outra coisa absurda”, comentou. O jovem alega que � bem tratado por professores e outros estudantes na universidade.
Uma a��o deve ser ingressada por ele nos pr�ximos dias. “N�o entramos ainda, pois quer�amos ver se os outros �rg�os aceitariam o nosso ponto de vista. Como vimos que eles nos apoiaram, vamos juntar os materiais para entrar com a a��o”, explicou o estudante.
O deputado federal Durval �ngelo, quem pediu a audi�ncia, informou que os documentos produzidos na reuni�o ser�o entregue ao Minist�rio da Educa��o (MEC). “Vamos pedir que seja feita uma investiga��o sobre a pr�tica de intoler�ncia e discrimina��o por parte da UFMG”, disse.
A UFMG informou que, pela regra do edital, o candidato deveria ter sido eliminado do concurso, uma vez que se apresentou com uma pe�a semelhante a chap�u, o que n�o � permitido. No entanto, a dire��o considerou a quest�o e ofereceu a oportunidade de o estudante fazer a prova sem turbante, em sala separada.
Em rela��o ao n�o comparecimento de nenhum membro da universidade na audi�ncia p�blica, a UFMG informou que o reitor teve compromissos em Bras�lia e por isso n�o pode ir.