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Estado de Minas

Cancelamento de leil�o de c�es da PM frustra interessados

Leil�o de c�es da Pol�cia Militar � cancelado pela corpora��o devido a v�cios detectados no edital, o que frustrou pessoas interessadas nos animais. ONG comemora adiamento


postado em 17/04/2013 06:00 / atualizado em 17/04/2013 06:37

Marley Durães e o filho, Marley Júnior, enfrentaram dificuldades para chegar no horário previsto, em vão(foto: Juarez rodrigues/em/d.a press)
Marley Dur�es e o filho, Marley J�nior, enfrentaram dificuldades para chegar no hor�rio previsto, em v�o (foto: Juarez rodrigues/em/d.a press)


Meia volta, volver! No Batalh�o de Pol�cia de Eventos (BPE), da Avenida Amazonas, 6.227, para fora foi s� frustra��o para v�rias fam�lias que, ontem, compareceram ao endere�o na expectativa de levar para casa um dos 10 c�es dispensados pela Pol�cia Militar de Minas Gerais (PMMG). Cancelado pela manh� para “adequa��es jur�dicas” no edital, o leil�o dos animais policiais era aguardado com ansiedade por pais e filhos de v�rias regi�es de Belo Horizonte.

Vindos do Bairro Ribeiro de Abreu, na Regi�o Nordeste, Marley Dur�es, de 42 anos, e Marley J�nior, de 9, enfrentaram verdadeira maratona para chegar no hor�rio anunciado para o preg�o, �s 13h30, no BPE, no Bairro Gameleira, na Regi�o Oeste de BH. Pai e filho, de motocicleta, ainda tiveram que enfrentar um pneu furado na luta contra o tempo – 30 minutos apenas para o lance, conforme o edital. O pequeno Marley n�o escondeu a decep��o de voltar para casa sem a labrador que ele tanto queria.

“Eu queria muito. Pra ficar no lugar do Rex”, lamentou o garoto, sentado na garupa do pai. Rex, “amigo para sempre”, na lembran�a, era o pit bull da fam�lia, morto h� tr�s meses, “de velhice”. Leonardo Oliveira, de 19, tratou a perda de tempo no BPE como “decepcionante”. O estudante de engenharia compareceu ao BPE na companhia da m�e, Maria Stael. Os dois estavam em miss�o para batalhar pelo labrador Atos, de 3. Escolha do ca�ula Alexandre, de 9.

Moradores do bairro vizinho Nova Su��a, m�e e filho lamentaram a falta de informa��o mais detalhada no BPE. “Rodamos por v�rias partes, e ningu�m sabia informar o motivo. Nem data prevista para o novo edital”, criticou a advogada. “Segundo disseram, n�o foi nenhuma a��o de grupo ativista”, complementou o estudante. Maria Stael conta que, na escola, Alexandre esperava na maior expectativa por boas not�cias. “Agora, o que dizer? Que vamos aguardar o novo edital”, diz.

Joyce Meelhysen, de 51, soube do leil�o por meio da imprensa. Na segunda-feira, por uma hora acompanhou os c�es que iriam a leil�o no canil da PM, no Bairro Saudade. Encantou-se pelos labradores Atos, de 3, e Nark, de 2. N�o para companhia, simplesmente. A fisioterapeuta tem a inten��o de traz�-los para a reabilita��o de idosos e de crian�as. Decepcionada com o cancelamento, lamenta que grupos ativistas tenham se mobilizado para impedir o leil�o. “Embargaram sabendo que vamos cuidar muito bem”, criticou.

O comandante da Companhia de Policiamento com C�es, major Enos Machado, diz que o cancelamento do leil�o foi para “adequa��es jur�dicas” do edital. Nada que tenha a ver com a mobiliza��o de ativistas do Movimento Mineiro pelos Direitos Animais (MMDA). Segundo o oficial, em respeito �s fam�lias, especialmente �s crian�as que compareceram ao canil da PM, o novo edital deve ser publicado “o mais r�pido poss�vel”.

Outro lado

Do outro lado, o MMDA comemora os �ltimos dias de mobiliza��o nas v�rias esferas do poder p�blico para impedir o preg�o. De acordo com Adriana Cristina Ara�jo, de 42 anos, presidente do movimento, foram v�rias as iniciativas pelo impedimento do evento, envolvendo o Minist�rio P�blico em documento encaminhado ao comando geral da PMMG, com apoio do deputado Fred Costa (PEN).

Adriana ressalta que o MMDA � parceiro da PM, mas que, fiel aos seus prop�sitos em prote��o aos animais, n�o concorda com o leil�o. A ativista garante que n�o vai sossegar enquanto a PMMG n�o rever sua posi��o e dar encaminhamento digno aos c�es da corpora��o, a exemplo do que ocorre em outros estados brasileiros, “que n�o comercializam e praticam a ado��o respons�vel”. “Em Santa Catarina e no Paran�, por exemplo, os c�es em fim de carreira s�o tratados com honrarias, n�o como viaturas”, critica.

Quanto � frustra��o de crian�as que sonham com alguns dos 10 c�es da disc�rdia, � espera de futuro no canil da PM, a presidente do MMDA chama a aten��o para “um outro olhar”. “Quando escolhemos um c�o de ra�a, n�o estamos pensando no c�o. Estamos pensando em n�s, em primeiro lugar. � uma oportunidade para essas crian�as aprenderem novos valores. S�o muitas as feiras de ado��o. Por que n�o se interessar por um c�o abandonado, sem ra�a?”, questiona.

Vers�o da PMMG


“A Pol�cia Militar de Minas Gerais cientifica a sociedade e a imprensa, que o leil�o de c�es que estava previsto para 16/4, �s 13h30, no Batalh�o de Pol�cia de Eventos, foi momentaneamente cancelado para serem realizadas adequa��es jur�dicas e sanados v�cios no edital. A nova data ser� publicada e difundida oportunamente, por meio da Sala de Imprensa.”


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