Comandante da PM explica que c�es n�o podem ser doados por serem "patrim�nio"

O leil�o ser� para c�es que n�o servem para o servi�o policial, como explica o comandante da Companhia de Policiamento com C�es, major Enos Machado. Segundo ele, os 10 animais n�o apresentaram as quatro aptid�es necess�rias ao servi�o. Para trabalhar com o policial, o c�o deve ter desenvolvidos o faro (para drogas ou explosivos), tend�ncia para captura (deve morder bem e ter gana para a ca�a), obedi�ncia para o policiamento ou deve servir para demonstra��es. Caso contr�rio, o animal � levado a leil�o. "N�o podemos ter c�es medrosos ou que se assustam quando ouvem o barulho de uma bomba. Nossos animais s�o treinados como policiais. Alguns n�o t�m o perfil e s�o leiloados".

Ele explica, no entanto, que os animais que ser�o leiloados "s�o c�es saud�veis, vacinados e adestrados", mas por n�o terem serventia para o trabalho policial n�o podem continuar no canil porque representam gasto para o estado. "O custo para manter um animal � de pelo menos R$ 156 por m�s, investidos com vacina, alimenta��o, veterin�rio, entre outros".

Melhorias no cruzamento gen�tico s�o feitas na maternidade do canil para que cada vez menos ocorra o descarte de animais, como informou o major Machado. Mas ainda assim, um a cada cinco c�es que nascem n�o apresentam as aptid�es para o trabalho. Al�m desses, tamb�m costumam ir a leil�o animais que esgotaram a vida �til de oito anos de servi�o e est�o em boas condi��es de sa�de. Segundo o oficial, tr�s vendas por arremata��o foram feitas nos �ltimos dois anos, tamb�m com cerca de 10 c�es. O lance inicial por animais varia entre R$ 90 e R$ 150.

DOA��O O major explica que como os c�es pertencem ao estado e s�o considerados patrim�nio, n�o podem ser doados. "Seria como pegar uma viatura policial e levar para casa, o que � ilegal. Por isso, � preciso abrir edital p�blico para que a sociedade participe". Pelo mesmo motivo, militares n�o podem ficar com os c�es ou participar do leil�o.