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Estado de Minas

Pol�cia procura arma da qual partiu tiro que atingiu namorada de delegado

Advogada do delegado preso como suspeito de atirar na jovem diz que ela tentou se matar ap�s sacar rev�lver da bolsa, e ele n�o o recolheu devido � pressa em socorr�-la


postado em 19/04/2013 06:00 / atualizado em 19/04/2013 07:06

A arma da qual teria partido a bala que atingiu a cabe�a da adolescente A. L. S., de 17 anos, no domingo passado, ainda n�o foi encontrada pela pol�cia. A advogada Maria Am�lia Tupynamb� Cordeiro, que defende o delegado Geraldo do Amaral Toledo Neto, de 40 anos, preso como suspeito do crime, afirmou nessa quinta-feira que a jovem tentou suic�dio e, na �nsia de socorr�-la num hospital, ele n�o se preocupou em recuperar a arma ou a bolsa dela, que ficaram na estrada entre Ouro Preto e Lavras Novas.

O policial foi levado pela Corregedoria da Pol�cia Civil at� a estrada para indicar o lugar onde houve a briga do casal. Toledo e A. moravam no mesmo pr�dio, no Bairro Buritis, quando ela tinha 14 anos. Segundo pessoas pr�ximas � jovem, os dois come�aram o relacionamento nessa �poca.

Maria Am�lia diz que o delegado foi ao encontro da adolescente, em Conselheiro Lafaiete, atendendo um pedido dela. Como o Estado de Minas revelou ontem com exclusividade, a Justi�a determinou uma medida protetiva esabelecida na Lei Maria da Penha, em 3 de abril, impedindo Toledo de manter contato com a adolescente. �s amigas, no entanto, A. contou que o delegado havia feito um convite para um fim de semana rom�ntico em Lavras Novas.

Em mar�o, A. procurou a Delegacia de Prote��o � Crian�a e ao Adolescente e acusou o delegado de agredi-la. Ele foi indiciado. Ontem, a Pol�cia Civil informou que a corregedoria j� investigava o descumprimento da medida protetivaw. A advogada argumenta que ele ainda n�o havia sido intimado e que, por isso, a determina��o n�o valia. Como se trata de um processo que corre em segredo de Justi�a, o Tribunal de Justi�a n�o quis se pronunciar.

“A informa��o sobre o passeio no fim de semana � falsa. Os contatos partiam dela, mas ele n�o tinha a menor inten��o de levar aquilo para frente. Ele foi l� resolver pend�ncias e colocar ponto final no relacionamento. N�o houve um namoro, foi algo mais leve e recente”, alega Maria Am�lia. “A mocinha vivia um per�odo conturbado com a fam�lia e insistiu em voltar com ele para BH. Toledo chegou a ligar para o 190, da PM, e at� para a delegacia de Ouro Preto, pedindo ajuda porque ela n�o queria sair do carro. Ele resolveu voltar a p� para Ouro Preto, quando ela abriu a porta e apoiou a perna direita do lado de fora do carro, gritando o nome dele. Toledo olhou para tr�s e viu que ela apontava uma arma para a cabe�a.”

Segundo a advogada, o delegado n�o teve tempo de tentar desarm�-la. Ela diz que Toledo n�o sabia que A. carregava uma arma na bolsa. “Ele s� se preocupou em pux�-la para dentro do carro e seguiu para uma unidade de atendimento m�dico, sem pegar a bolsa e a arma no ch�o.”

Reconstitui��o

A advogada afirma que a per�cia demorou a ser feita e, por isso, a arma sumiu. Ela quer uma reconstitui��o para auxiliar nas investiga��es. A. continua internada em estado grave no HPS Jo�o XXIII.

Segundo a advogada, al�m de recolher uma arma registrada no apartamento de Toledo, a pol�cia apreendeu um exame de ultrassom que comprovaria que A. nunca esteve gr�vida. “Ela alegou que esperava um filho dele para retomar o relacionamento e conseguir abrigo, mas, quando fizeram o ultrassom, o resultado foi negativo. Um m�dico, em consultas posteriores, atestou que tamb�m n�o havia tido aborto, tanto que n�o recomendou outro procedimento comum nesses casos”, justifica. Amigos de A. garantem que Toledo fez amea�as de morte � jovem no Shopping Paragem, onde ela trabalhava, caso ela n�o fizesse aborto.


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