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Estado de Minas

Presos dois policiais suspeitos de participarem de homic�dios no Vale do A�o

As pris�es foram realizadas em cumprimento de mandado de pris�o tempor�ria. A Pol�cia Civil investiga se eles participaram da morte de dois jornalistas da regi�o


postado em 19/04/2013 19:37 / atualizado em 19/04/2013 21:15

Os dois jornalistas investigavam um grupo de extermínio que seria formado por policiais(foto: Reprodução/Facebook)
Os dois jornalistas investigavam um grupo de exterm�nio que seria formado por policiais (foto: Reprodu��o/Facebook)

Dois policiais civis foram presos no fim da noite desta sexta-feira suspeitos de envolvimento em v�rios crimes em Ipatinga e no Vale do A�o. A pol�cia investiga se eles tamb�m participaram dos assassinatos do fot�grafo Walgney Assis Carvalho, 43 anos, e o jornalista Rodrigo Neto, no Vale do A�o. A Pol�cia Civil informou que as pris�es foram feitas em cumprimento de um mandado de pris�o tempor�ria.

De acordo com o Elder D�ngelo, que assumiu as investiga��es, os dois homens que foram presos, um investigador e um m�dico legista, � princ�pio est�o sendo presos por participa��o em um dos 14 inqu�ritos de assassinatos que est�o sendo investigados na regi�o. N�o deu detalhes sobre o n�vel de envolvimento dos policias e nem dos outros integrantes da corpora��o que est�o com mandados de pris�o para serem cumpridos.

O delegado confirmou que as investiga��es sobre as mortes dos dois jornalistas est�o bem avan�adas, mas n�o h� nenhum consenso sobre o envolvimento desses policiais que est�o sendo presos neste dois homic�dios. Uma fonte policial informou que alem dos policias civis que ser�o presos nos pr�ximos dias, h� tamb�m militares que est�o sob investiga��o por participa��o de um suposto grupo de exterm�nio que atua na regi�o.

Os policiais foram trazidos para Belo Horizonte na noite desta sexta-feira e encaminhados para a Casa do Policial Civil.

Participa��o de policiais em morte de jornalistas

As hip�teses sobre a participa��o de policiais civis e militares come�aram a ser levantadas quando Rodrigo foi morto em 7 de mar�o no Bairro Cana�. Dois homens passaram em uma moto e atiraram no rep�rter. Ele chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Municipal, mas n�o resistiu aos ferimentos. O jornalista denunciava uma s�rie crimes cometidos por um esquadr�o da morte que seria formado por policiais.

O delegado Cylton Brand�o da Matta, chefe da Pol�cia Civil, afirmou durante coletiva que havia suspeita de participa��o de policiais, civis e militares, nos crimes. Por�m, n�o informou detalhes sobre as investiga��es. “Estamos trabalhando em parceria com a Pol�cia Militar e as apura��es est�o avan�adas. Pode ser que termine em dias ou meses. N�o podemos afirmar quando conseguiremos a solu��o”, disse.

Para tentar diminuir uma s�rie de crimes que est�o sem solu��o da Regi�o do Rio Doce, o delegado confirmou mudan�as de delegados. O antigo chefe do 12º Departamento de Pol�cia Civil, Jos� Valter foi substitu�do pelo sub-corregedor, delegado Elder D'�ngelo. Quem tamb�m foi transferido foi o delegado regional Gilberto Sim�o de Melo pela delegada Irene Ang�lica Franco. “Os dois delegados que est�o saindo deixam os cargos com m�rito, mas a chegada dos novos chefes vai marcar uma nova fase da Pol�cia nesta regi�o. A vinda do delegado-corregedor, mesmo que interinamente, d� a dimens�o das mudan�as que estamos fazendo e sinaliza claramente a nova fase que estamos iniciando”, disse o chefe da Pol�cia Civil.

Fot�grafo n�o se sentia amea�ado

No dia do assassinato do fot�grafo Walgney Carvalho, o deputado Durval �ngelo, presidente da Comiss�o de Direitos Humanos de Minas Gerais, que vem acompanhando as apura��es sobre a morte do jornalista Rodrigo Neto, afirmou que a v�tima vinha sendo amea�ado. Cylton Brand�o diz que a Pol�cia Civil chegou a receber um comunicado sobre as amea�as, por�m o fot�grafo foi ouvido e n�o confirmou os fatos. “ Carvalho foi ouvido, disse que n�o se sentia amea�ado e que n�o precisava de prote��o. Isso est� nos autos e assinado por ele”, comenta.

O fot�grafo freelancer do Jornal Vale do A�o foi assassinado no fim da noite do �ltimo domingo. Walgney Carvalho foi executado a tiros dentro de um pesque-pague que costumava frequentar em Coronel Fabriciano, na Regi�o do Rio Doce. Um homem encapuzado chegou armado e atirou tr�s vezes � queima-roupa contra a v�tima. O suspeito fugiu em uma moto que o esperava na rua.

A pol�cia afirma que ainda n�o pode afirmar que os dois assassinatos t�m liga��o. “N�o podemos descartar qualquer linha de investiga��o, mas em breve teremos em m�os elementos capazes de nos ajudar nas apura��es. Toda a sociedade vai saber do que se trata nos pr�ximos dias", afirmou o Chefe do Departamento de Investiga��es de Homic�dio e Prote��o � Pessoa (DHPP), delegado Wagner Pinto.

Grupo de exterm�nio

Amigos do jornalista afirmaram a reportagem do Estado de Minas, nessa quinta-feira, que Rodrigo Neto preparava uma s�rie de mat�rias especiais sobre assassinatos n�o resolvidos nos quais um esquadr�o da morte formado por policiais militares e civis da regi�o figurava como principal suspeito. O material iria revelar mais v�timas de homic�dios covardes, cometidos pelo grupo. A s�rie contaria com fotografias de Walgney Assis.

O chefe da pol�cia civil aproveitou a entrevista para afirmar que n�o h� um grupo de exterm�nio na regi�o. Tamb�m garantiu que nos pr�ximos dias haver� novidades sobre as investiga��es.

Minist�rio P�blico entra nas investiga��es

Nesta sexta-feira, a Procuradoria-Geral de Justi�a (PGJ) publicou uma Portaria para designar cinco promotores para acompanhar as investiga��es sobre o caso. A coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Defesa dos Direitos Humanos e de Apoio Comunit�rio, N�via M�nica da Silva, o promotor Rodrigo Gon�alves Fonte Boa, de Belo Horizonte, Juliana da Silva Pinto, de Coronel Fabriciano, Bruno C�sar Medeiros Jardini, de Ipatinga; e Kepler Cota Cavalcante Silva, de Tim�teo, ter�o acesso as apura��es. Por�m, n�o poder�o se manifestar fora dos autos, pois os casos correm em segredo de justi�a.


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