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Estado de Minas

Demora para elaborar laudo de sanidade mental tira Man�aco do Anchieta da pris�o

Acusado de estuprar 16 mulheres em BH, Pedro Meyer est� solto desde o dia 10


postado em 22/04/2013 18:27 / atualizado em 22/04/2013 19:14

Meyer estava preso no Presídio Inspetor José Martinho Drumond, na Grande BH(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press - 19/04/2012)
Meyer estava preso no Pres�dio Inspetor Jos� Martinho Drumond, na Grande BH (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press - 19/04/2012)

O ex-banc�rio Pedro Meyer Ferreira Guimar�es, tamb�m conhecido como Man�aco do Anchieta, de 56 anos, est� solto h� 12 dias em Belo Horizonte. Acusado de estuprar 16 mulheres na d�cada de 1990, ele estava preso desde 30 de mar�o de 2012 no Pres�dio Inspetor Jos� Martinho Drumond, em Ribeir�o das Neves, na Grande BH, mas conseguiu ser liberado atrav�s de um habeas corpus expedido pela 5ª C�mara Criminal do Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG).

De acordo com o advogado de Meyer, Lucas Laire Faria Almeida, o alvar� de soltura foi motivado pelo "excesso de prazo da justi�a na instru��o do processo". Segundo o defensor, o laudo de sanidade mental de Pedro foi pedido em abril passado, mas, um ano depois, ainda n�o ficou pronto. Conforme o TJMG, a avalia��o ficou a cargo do Instituto M�dico Legal (IML) e, como n�o foi apresentada, ocorreu o atraso na instru��o, suspendendo duas audi�ncias.

V�tima tem medo de Meyer

A not�cia de que o Man�aco do Anchieta est� solto vazou apenas nesta segunda-feira, quando uma das v�timas foi informada. A mulher est� desesperada e relatou ter medo de Meyer. O acusado est� em Belo Horizonte na casa de parentes e n�o pode deixar a cidade sem autoriza��o judicial.

Man�aco pode ficar impune

Das 11 acusa��es contra Pedro Meyer encaminhadas pela Pol�cia Civil � Justi�a, 10 foram consideradas prescritas e arquivadas. � que venceu o prazo de 16 anos previsto na lei em vigor na �poca dos fatos para julgamento. A prescri��o � resultado da atua��o do defensor do ex-banc�rio, que entrou com habeas corpus na Vara de Inqu�ritos pedindo o trancamento das a��es, alegando que os crimes estavam prescritos.

Apenas um processo segue na 8ª Vara Criminal do F�rum Lafayette, por�m o mesmo est� suspenso aguardando o laudo do exame de sanidade mental.

M�ltiplas v�timas nos ataques

Alguns dos processos contra Pedro Meyer t�m mais de uma v�tima. Em 1996, por exemplo, ele atacou duas irm�s de 11 e 13 anos, e a prima delas, de 12, no Bairro Nova Floresta, na Regi�o Nordeste da capital. As adolescentes foram abordadas na entrada do pr�dio onde moravam e levadas para a garagem, sob a mira de um rev�lver. Nesse caso, a viol�ncia n�o se consumou, pois as garotas conseguiram fugir depois que o acusado saiu para verificar um barulho na escada.


Entenda o caso

  • Em 28 de mar�o, ao passar pela Avenida Francisco Deslandes, no Bairro Anchieta, uma jovem de 26 anos viu Pedro Meyer e o reconheceu como o homem que a estuprou em 1997, no Bairro Cidade Nova;

  • A jovem seguiu Pedro at� um pr�dio residencial no mesmo bairro e avisou seu pai, que chamou a pol�cia. O ex-banc�rio foi preso e levado para a Delegacia de Prote��o � Mulher;

  • A not�cia da pris�o de Pedro Meyer e a divulga��o de sua foto incentivaram v�rias mulheres a procurar a pol�cia para denunciar que ele era o respons�vel por crimes sexuais cometidos desde o in�cio da d�cada de 1990;

  • A pol�cia ouviu todas as v�timas e 16 mulheres reconheceram oficialmente o ex-banc�rio como o autor da viol�ncia sexual a que foram submetidas quando eram crian�as ou adolescentes;

  • Um porteiro aposentado de 66 anos, preso e condenado por um estupro cometido na Cidade Nova em 1997, denunciou que foi v�tima de um erro judici�rio, por causa da semelhan�a f�sica com o ex-banc�rio. A mulher que o havia reconhecido na pol�cia por ocasi�o do ataque, procurou a pol�cia e refez seu depoimento, afirmando que na verdade foi atacada por Pedro Meyer;

  • A pol�cia concluiu as investiga��es em julho e os processos no qual o ex-banc�rio aparece como acusado foram remetidos � Justi�a;

  • Como as acusa��es foram consideradas prescritas, 10 processos j� foram arquivados;

  • Com a demora para elabora��o do laudo de sanidade mental, Pedro � solto pela Justi�a.


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