Policiais s�o suspeitos de cometerem pelo menos 12 homic�dios no Vale do A�o

Ipatinga – Pelo menos 12 assassinatos com envolvimento de policiais do Vale do A�o s�o investigados pela for�a-tarefa formada por cinco promotores do Minist�rio P�blico (MP) estadual. Os crimes foram denunciados pelo rep�rter Rodrigo Neto, de 38 anos, executado em 8 de mar�o em Ipatinga. O fot�grafo Walgney Carvalho, de 43, colega de Rodrigo, foi morto a tiros tamb�m , apenas 37 dias depois. A pol�cia apura ainda se os casos est�o relacionados.

Segundo o promotor Bruno Jardim, do MP de Ipatinga, policiais civis e militares est�o envolvidos em 12 homic�dios. “Infelizmente, ainda s�o homens da ativa e que exercem seu trabalho. Nem todos est�o mais na regi�o”, informou Jardim. O promotor n�o revela quantos mandados de pris�o e de busca e apreens�o foram pedidos � Justi�a para esses policiais e seus c�mplices, para n�o alertar os suspeitos que est�o para ser presos e podem ainda eliminar provas.

Os policiais envolvidos nos crimes variam e, segundo o promotor, n�o fazem parte de um grupo espec�fico, organizado ou que conte com estrutura hierarquizada. “Percebemos a participa��o de alguns desses policiais em mais de um crime, mas n�o h� uma a��o sistem�tica ou uma coordena��o que determinasse as v�timas”, afirma.

Ontem, a equipe de policiais civis da Delegacia de Homic�dios de Belo Horizonte retornou a Ipatinga, onde integra a for�a-tarefa que prendeu dois policiais lotados na cidade, na sexta-feira, o m�dico-legista Jos� Rafael Miranda Americano e o investigador Jos� Cassiano Guarda. Os dois est�o detidos em Belo Horizonte. A pol�cia n�o confirma se eles t�m liga��o com as mortes dos jornalistas, mas o Estado de Minas apurou que respondem por um dos crimes denunciados por Rodrigo Neto.

Conhecida como Chacina de Rev�s do Bel�m, numa refer�ncia ao distrito de Bom Jesus do Galho, pr�ximo a Ipatinga, onde foram encontrados, em outubro de 2011, os corpos de Nilson Nascimento Campos, de 17 anos, Eduardo Dias Gomes, de 16, John Enison da Silva e Felipe Andrade, de 15. Os jovens foram detidos um dia antes de desaparecerem por portarem pequenas quantidades de crack e maconha. Ao serem liberados do distrito policial, teriam atirado pedras numa viatura e por isso teriam sido capturados e mortos.