Mais tr�s policiais, dois civis e um militar, foram presos ontem por suspeita de envolvimento em assassinatos no Vale do A�o. Agora, s�o seis agentes das duas corpora��es que tiveram mandados de pris�o cumpridos, mas um j� foi libertado. Ontem � tarde, os investigadores Ronaldo de Oliveira Andrade e Gini Cassiano, de Ipatinga, se entregaram em Belo Horizonte ao chefe do Departamento de Investiga��es, delegado Wagner Pinto de Souza, e foram levados para a Casa de Cust�dia, no Bairro Horto, na Regi�o Leste.
Os dois e o soldado Vitor Emanuel Miranda de Andrade, lotado em Lavras, no Sul de Minas, que foi preso ontem tamb�m, s�o suspeitos dos assassinato de quatro adolescentes no distrito Rev�s de Bel�m. “Os dois policiais civis est�o com mandado de pris�o tempor�ria por 30 dias, prazo que pode ser prorrogado por igual per�odo”, disse Wagner Pinto. A Pol�cia Civil investiga pelo menos 23 mortes em Ipatinga e outras cidades do Vale do A�o, inclusive dos jornalistas Rodrigo Neto, de 38 anos, e Walgney Carvalho, de 43.
A pris�o tempor�ria de um policial durou menos de sete dias. Ontem, o m�dico-legista Jos� Rafael Americano, que poderia ter ficado 30 dias preso, foi libertado da Casa de Cust�dia da corpora��o, em Belo Horizonte, onde estava recolhido. Ele prestou depoimento aos delegados da for�a-tarefa de BH que atua em Ipatinga h� duas semanas, desde a morte de Walgney, no dia 14, e foi libertado. Americano foi detido com o investigador Jos� Cassiano Ferreira Guarda.
Outro investigador, Leonardo Correa, foi o terceiro a ser detido, na quarta-feira. Os tr�s pertencem � 1ª Delegacia Regional. Segundo informa��es extraoficiais, mais dois policiais devem se entregar.
Esse foi um dos casos que, segundo a Comiss�o de Direitos Humanos (CDH) da Assembleia Legislativa, envolveram mais de 20 anos de assassinatos e afrontas � lei, e que vinham sendo denunciados pelo rep�rter Rodrigo Neto. As suspeitas das mortes dos jornalistas recaem sobre policiais militares e civis.
FAM�LIAS O governador Antonio Anastasia esteve ontem em Ipatinga, onde se encontrou com jornalistas e depois com familiares de Rodrigo Neto e Walgney Carvalho, para falar da investiga��o, mas o conte�do da conversa n�o foi divulgado.
