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Estado de Minas

Estudantes de medicina contrataram 'dubl�s' para fazer vestibular em Patos de Minas

Quatro alunos ser�o autuados por falsidade ideol�gica e documental e estelionato. Eles est�o regularmente matriculados, mas pagaram entre R$ 20 e R$ 50 mil para que outras pessoas, usando documentos falsos, fizessem a prova


postado em 02/05/2013 12:43 / atualizado em 03/05/2013 07:36

Inquérito policial com as assinaturas dos suspeitos que foram usadas como prova pericial(foto: Maurício Rocha/Patos Hoje )
Inqu�rito policial com as assinaturas dos suspeitos que foram usadas como prova pericial (foto: Maur�cio Rocha/Patos Hoje )

Quatro estudantes de medicina s�o suspeitos de fraudar o vestibular do Centro Universit�rio de Patos de Minas (Unipam), no Alto Parana�ba, porque contrataram “dubl�s” para fazer a prova e conseguir ingressar na institui��o. Segundo a pol�cia, os alunos, agora regularmente matriculados, teriam pagado entre R$ 20 mil e R$ 50 mil para que outras pessoas participassem do processo seletivo.

De acordo com o titular da Delegacia de Crimes Contra o Patrim�nio T�xico e Entorpecentes, Lu�s Mauro Sampaio, a Unipam procurou a pol�cia depois de receber uma den�ncia an�nima sobre a fraude no processo seletivo, que aconteceu em 18 de novembro de 2012. A pol�cia iniciou a investiga��o, conclu�da nesta quinta-feira, data em que o inqu�rito ser� repassado ao Minist�rio Publico de Minas Gerais.

Segundo a den�ncia, alunos que n�o fizeram o vestibular estariam matriculados no curso de medicina. Com quatro meses de apura��es, a pol�cia identificou os universit�rios, que foram ouvidos e tiveram comparadas as letras escritas em atividades realizadas em sala de aula com a tipografia da prova de reda��o do vestibular, assim como a assinatura no ato da matr�cula. De acordo com o delegado, havia discrep�ncia na caracter�stica das letras, o que ajudou a comprovar a fraude.

(foto: Maurício Rocha/Patos Hoje )
(foto: Maur�cio Rocha/Patos Hoje )


“Ficou categoricamente provado que n�o foram eles que fizeram a prova de reda��o. Eles contrataram pessoas com capacidade melhor para fazerem a prova e depois os verdadeiros candidatos se matricularam”, relata o delegado. Tudo indica que os quatro estudantes tenham se conhecido pela internet e que usaram os servi�o de um quadrilha especializada em golpes em provas do vestibular. Essa organiza��o criminosa � investigada pela Pol�cia Federal.

Conforme o delegado, os “dubl�s” usaram carteiras de identidade falsificadas no dia da prova. Por�m, as quatro pessoas envolvidas ainda n�o foram encontradas. Por enquanto, a pol�cia s� chegou aos contratantes, que ser�o autuados por falsidade ideol�gica, falsidade documental e estelionato. Sobre esse �ltimo item, o delegado esclarece que h� doutrinas do direito que n�o entendem a tipifica��o do crime para fraude em vestibulares, mas ficar� a cargo do MPM decidir sobre a den�ncia que ser� encaminhada � Justi�a.

Os acusados s�o Danilo Barbosa Resende, 18, de Porangatu (GO); Marcos L�zaro Donato Barbosa, 23, de Guanambi (BA); Eduardo Bodanesi Fontana, 33, Lajes (SC); e Artur Queiroz de Oliveira, 28, de Natal (RN). Os quatro atualmente moram em Patos de Minas e ainda estudam na Unipam. O delegado repassou o inqu�rito para o centro universit�rio ontem, mas a institui��o de ensino ainda n�o se manifestou sobre os procedimentos que ser�o adotados em rela��o aos alunos. Os quatro n�o foram detidos pois, segundo o delegado, s�o r�us prim�rios e n�o caberia nesse momento a decreta��o da pris�o. Se o MPMG solicitar, eles podem ser presos, mas � prov�vel que respondam ao processo em liberdade.

(foto: Maurício Rocha/Patos Hoje )
(foto: Maur�cio Rocha/Patos Hoje )
Depoimento x reda��o

A equipe de investigadores mostrou aos suspeitos trechos da prova de reda��o, para que eles tentassem reconhecer se escreveram aquelas frases. Na prova de Danilo Barbosa, havia a palavra “iconogr�fico”, uma cita��o sobre o ex-ministro e economista, Delfim Neto, e uma refer�ncia a “homo sapiens”. O delegado perguntou a Danilo se ele sabia o significado das express�es ou se conhecia o profissional citado no texto. O estudante disse que n�o conhecer as palavras e nem saber quem � Delfim Neto. 

Sampaio destacou a import�ncia da den�ncia da Unipam nesse caso. “A faculdade prezou pela quest�o futura. Esses profissionais seriam indiv�duos que entraram sem nenhum m�rito e ao final se tornariam m�dicos. Como seria o atendimento dessa pessoas?” concluiu Sampaio.


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