Sem proposta da PBH, servidores municipais mant�m greve

Servidores municipais decidiram manter a greve em assembleia realizada na tarde desta segunda-feira, na Pra�a da Esta��o, no Centro de Belo Horizonte. Ap�s o encontro, aproximadamente 2 mil trabalhadores, de diversos setores, seguiram em dire��o � prefeitura, na Avenida Afonso Pena, o que deixou o tr�nsito lento em v�rios pontos da cidade. De acordo com o Sindicato dos Servidores P�blicos Municipais de Belo Horizonte (Sindbel), como a prefeitura n�o negociou a pauta de reivindica��es, a tend�ncia � manter a paralisa��o, que teve in�cio no dia 30 de abril.

Segundo o Secret�rio-Geral do Sindibel, Israel Arimar, os trabalhadores esperam que a prefeitura altere a proposta de 6,2 % de reajuste no vencimento base de todos os servidores, apresentada no dia 25 de abril. “Esse reajuste s� ter� validade efetiva a partir de janeiro de 2014, o que significa que eles fizeram 0% de reajuste para o ano vigente. Nossa inten��o � promover o di�logo para que o prefeito repense um pouco essa proposta, pois o movimento est� se ampliando cada vez mais”, explica.

Ainda segundo o secret�rio, 80% dos trabalhadores da �rea de cultura aderiram � greve nesta segunda-feira e, agora, a paralisa��o atinge, em m�dia, 70% dos servidores municipais, incluindo �reas da administra��o, setoriza��o, educa��o, sa�de e cultura. “No Hospital Odilon Behrens, por exemplo, apenas 30% dos servidores est�o trabalhando. Os que est�o l� hoje s�o apenas funcion�rios contratados”, afirma.

Passeata

A manifesta��o foi encerrada por volta de 17h30. O grupo de mais de 2 mil servidores saiu da Pra�a da Esta��o em dire��o � Rua da Bahia. Em seguida, passaram pela Avenida Amazonas at� a Pra�a Sete e seguiram em dire��o � Avenida Afonso Pena, at� a sede da prefeitura.

Segundo Israel Arimar, enquanto alguns trabalhadores ainda circulavam pela Pra�a Sete, j� havia parte dos protestantes chegando pr�ximo � prefeitura, formando mais de quatro quarteir�es de passeata. “Fizemos toda o protesto ocupando apenas uma faixa da via, obedecendo a liminar da prefeitura. Mas o que percebemos que essa proposta � um 'tiro no p�', pois o movimento foi ainda mais prolongado j� que o tempo de travessia � muito maior”, explicou.

Em nota divulgada no dia 30 de abril, a prefeitura informou que o Tribunal de Justi�a de Minas Gerais emitiu liminar determinando que os sindicatos, por ocasi�o de manifesta��es e passeatas, ocupem somente um ter�o das vias arteriais de BH sob pena de multa di�ria de R$ 100 mil.

Segundo o Batalh�o de Tr�nsito da Pol�cia Militar, cerca de 3 mil manifestantes ocuparam uma faixa da direita desde a Rua da Bahia com Caet�s at� a Avenida Afonso Pena, no sentido do pr�dio da prefeitura. “Eles ocuparam apenas a pista da direita, mas, ao atravessar a Avenida Afonso Pena, acabaram obstruindo outras faixas, o que causou reten��es no tr�nsito”, explicou o Sargento M�rcio Roberto.

Ainda de acordo com a PM, o tr�nsito foi afetado at� a Pra�a Raul Soares, no Elevado Castelo Branco e na Avenida Ant�nio Carlos, desde o Conjunto IAPI at� o Complexo da Lagoinha, no sentido centro. “Com o hor�rio de pico se aproximando, a quantidade de carros aumenta e a tend�ncia � que o congestionamento sofra mais com os reflexos da passeata”, completou o sargento.De acordo com a BHTrans, o tr�nsito ficou bastante complicado em toda a �rea Central e no Bairro Floresta.

Agora, segundo os trabalhadores, a expectativa � de que a prefeitura chame as entidades para reestabelecer a negocia��o. Nesta quarta-feira, os protestos prosseguem na Pra�a Sete, a partir das 9h, quando os servidores v�o distribuir informes � popula��o explicando o motivo da greve. Na quinta-feira, no mesmo hor�rio, os trabalhadores se re�nem em nova Assembl�ia, na Pra�a da Esta��o.

Com Renata Stuart