
Uma audi�ncia p�blica foi solicitada pelos deputados para discutir e colher informa��es sobre o caso. Inicialmente, a Comiss�o contava com a presen�a de Toledo, mas a Justi�a, por meio da decis�o da ju�za L�cia de F�tima Magalh�es, negou a sa�da dele da Casa de Cust�dia da Pol�cia Civil - onde est� preso.
De acordo com a pol�cia, a adolescente foi baleada na tarde de 14 de abril. Ela estava na companhia do delegado, dentro do carro dele, onde os dois chegaram a discutir. Toledo desde sempre sustentou a tentativa de suic�dio, mas o exame residuogr�fico feito nas m�os da adolescente n�o encontrou p�lvora. Depois do tiro, ele deixou a adolescente na Unidade de Pronto Atendimento de Ouro Preto.
Compareceram na audi�ncia de hoje a delegada que investiga o caso �gueda Bueno do Nascimento e o corregedor-geral da Pol�cia Civil de Minas, Renato Patr�cio Teixeira. Ela deu detalhes do inqu�rito e Teixeira apontou hist�rico da conduta complicada de Toledo. Segundo o corregedor, o policial � investigado em 10 inqu�ritos, nove sindic�ncias e dois processos administrativos.
Consci�ncia policial
De acordo com a delegada, a cronologia dos fatos levantada pela investiga��o mostra que Toledo, com a consci�ncia de policial, tentou atrapalhar ao m�ximo o trabalho da corpora��o. Ela apontou tr�s fatos que comprovam a tentativa de desviar aten��es dos investigadores para provas do crime. No dia do tiro, Toledo ligou para o 190 da PM pedindo o telefone da delegacia de Ouro Preto. Em contato com os colegas da unidade policial, ele pediu apoio e logo depois desistiu da ajuda dizendo que j� havia resolvido a situa��o. Como segundo fator, a �gueda Bueno apontou o fato de Toledo ter abandonado a jovem no hospital sem documentos ou identifica��o. Por �ltimo, a delegada disse que a arma do crime nunca apareceu e que para dificultar a cronologia, Toledo abandonou o carro na casa de um amigo.
Tiro na cabe�a
Na carta escrita de pr�prio punho, Toledo disse que A.L. entrou em contato pedindo para ir a Ouro Preto e que, muito nervosa, no trajeto ela tentou puxar a chave do carro. Ele teria descido do ve�culo e a jovem atirado na pr�pria cabe�a. No entanto, a pol�cia trabalha com um novo laudo pericial.
Um m�dico-legista afirma que o ferimento na cabe�a da adolescente n�o condiz com tiro de curta dist�ncia, caracter�stica de suic�dio. O m�dico que atendeu a jovem no Hospital Jo�o XXIII, onde ela permanece internada, fez fotos da cabe�a dela assim que A.L. entrou na unidade de sa�de. O profissional tinha no��o de que a cirurgia mudaria o “cen�rio” do ferimento e por isso, guardou essas fotos que agora est�o com a pol�cia. Essa prova pode derrubar, mais uma vez, a vers�o de Toledo.
Al�m de contar detalhes do dia do crime, o delegado tamb�m disse na carta que � alvo de uma arma��o. Ele citou epis�dios da vida pessoal e da fam�lia dele que o colocariam como alvo de desafetos. O delegado tamb�m tentou se mostrar como protestos e “padrinho” da jovem baleada para desviar qualquer hip�tese de crime contra ela.