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Estado de Minas DOSES QUE MATAM

HPS Jo�o XXIII atende, em m�dia, oito pessoas por dia intoxicadas por rem�dios

Automedica��o � a principal causa. Seis pessoas j� morreram este ano


postado em 11/05/2013 06:00 / atualizado em 11/05/2013 07:14

Oito pessoas s�o atendidas em m�dia por dia no Hospital de Pronto-Socorro Jo�o XXIII, no Bairro S�o Lucas, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, com intoxica��o causada por medicamentos. S� este ano j� foram seis mortes. Metade dos casos est� relacionada � automedica��o ou erros na administra��o e ao acesso e consumo indevido por causa de armazenamento inadequado. Os n�meros podem ser ainda maiores, porque refletem apenas casos mais graves, restritos a uma �nica unidade hospitalar de urg�ncia e emerg�ncia. Preocupado com a situa��o, o Conselho Regional de Farm�cia de Minas Gerais (CRF/MG) est� orientando a popula��o sobre os riscos da automedica��o.

No ano passado, o Centro de Informa��o e Assist�ncia Toxicol�gica (Ciat) do Jo�o XXIII registrou 2.971 casos com 15 mortes. Em 2009, foram 2.675, com mesmo n�mero de �bitos. De janeiro at� quarta-feira j� s�o 1.081 e seis mortes, o que indica tend�ncia de que at� o fim do ano os atendimentos ultrapassar�o 3 mil casos. Para o m�dico coordenador da unidade de toxicologia do HPS, D�lio Campolina, a automedica��o est� relacionada � oferta de medicamentos em larga escala: “As drogarias s�o como supermercados, as pessoas praticamente escolhem o que querem”.

Al�m do uso indiscrimado, ele diz que as intoxica��es acidentais s�o muito comuns. “Em v�rios casos ficam as sobras de medicamentos. � bastante comum uma crian�a pegar e ingerir sem saber o que �”, lembra Campolina. Segundo o especialista, o ritmo acelerado da vida moderna compromete a sa�de das pessoas e uma consequ�ncia � a busca por medicamentos. “Essa realidade contribui para aumentar problemas psicol�gicos e de humor e por isso h� consumo em maior escala”, completa.

Segundo o Conselho Regional de Farm�cia de Minas Gerais (CRF/MG), no ranking da automedica��o est�o os rem�dios conhecidos como antigripais, que concentram normalmente dois ou tr�s tipos de subst�ncias. “Esses medicamentos agrupam analg�sicos, antial�rgicos e vasos constritores. O antial�rgico pode causar sonol�ncia e contribuir para acidentes, enquanto o vaso constritor tem como fun��o bombear melhor o sangue e n�o pode ser usado por hipertensos, para n�o desregular a press�o arterial”, diz Claudiney Ferreira, vice-presidente do CRF.

Em segundo lugar est�o os antiinflamat�rios, usados para dores cr�nicas. “Nesses casos, o uso sem orienta��o pode causar inflama��es no est�mago, como irrita��es g�stricas”, alerta ele. Para Ferreira, automedica��o � um problema cultural. “O parente ou o vizinho indica e a pessoa acaba confiando que vai ter o mesmo resultado. Mas sabemos que n�o � assim. Um medicamento n�o � alimento nem cosm�tico. Qualquer um tem efeitos adversos e por isso um m�dico deve ser consultado”, lembra.

O vice-presidente do CRF afirma ainda que a baixa capacidade do sistema de sa�de acaba incentivando a automedica��o. “O sistema n�o comporta um atendimento a todos e isso motiva a pessoa a se tratar por conta pr�pria, no caso de transtornos menores”, completa.


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