
A ex-estudante de direito �rika Passarelli Vicentini Teixeira ir� mesmo a j�ri popular. Ela � acusada de tramar a morte do pai, M�rio Jos� Teixeira Filho, 50 anos, para receber um valor milion�rio de ap�lices de seguro. Ela recorreu da decis�o, tomada em primeira inst�ncia em dezembro passado, mas os desembargadores da 6ª C�mara Criminal do Tribunal de Justi�a de Minas Gerais negaram o pedido nesta quinta-feira. A Corte entendeu que h� diversas evid�ncias da participa��o da r� no crime. A data do julgamento ainda n�o foi definida.

A defesa de �rika apresentou recurso pedindo sua impron�ncia, para que n�o fosse levada a j�ri popular, alegando aus�ncia de provas. Requereu ainda que, caso os desembargadores considerassem que havia ind�cios de crimes, as qualificadoras fossem desconsideradas. Os advogados da jovem afirmaram que n�o h� ind�cios seguros de que ela tramou a execu��o do pai e sustentou que n�o h� testemunhas do crime. Sugeriu ainda que M�rio poderia ter v�rios desafetos, j� que esteve envolvido em crimes diversos.
Para o relator do recurso, desembargador Jaubert Carneiro Jaques, h� grande evid�ncia do envolvimento de �rika no crime. “Os ind�cios de autoria s�o muitos, s�o v�rios”, disse. O magistrado considerou ainda que h� justificativa para a manuten��o das qualificadoras do crime. Ele afirmou que, embora a r� negue qualquer participa��o na execu��o do pai, ela n�o apresentou qualquer prova capaz de contrapor os ind�cios. O voto do relator foi acompanhado pelos desembargadores M�rcia Milanez e Rubens Gabriel Soares.
Crime em fam�lia

Depois do crime, a pol�cia seguius os passos da jovem, que ficou foragida, por quase dois anos. Ela foi capturada em uma casa de prostitui��o no Rio de Janeiro. Al�m do crime contra o pai, �rika responde a v�rios processos de estelionato por golpes aplicados em lojas de BH. A mulher, que morava no Bairro Belvedere, regi�o centro-sul, fazia fotoc�pias de cheques e fazia compras com eles no com�rcio da capital.