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Estado de Minas

Greve dos servidores municipais afeta vacina��o contra gripe em BH

Apesar de negativa da PBH, EM constata em v�rios postos de sa�de que a paralisa��o do funcionalismo vem impedindo cidad�os do grupo de risco de receber doses contra a gripe


postado em 23/05/2013 06:00 / atualizado em 23/05/2013 06:48

Iniciada em abril, campanha pública tem como alvos principais pessoas com mais de 60 anos, menores de 2 anos, grávidas e doentes crônicos(foto: Breno Pataro/Divulgação %u2013 20/4/13)
Iniciada em abril, campanha p�blica tem como alvos principais pessoas com mais de 60 anos, menores de 2 anos, gr�vidas e doentes cr�nicos (foto: Breno Pataro/Divulga��o %u2013 20/4/13)


Campanha divulgada pela Prefeitura de Belo Horizonte garante aos integrantes do grupo de risco que ainda h� tempo para se imunizar contra a gripe em todos os centros de sa�de da capital. Mas encontrar unidades que apliquem a vacina n�o tem sido tarefa f�cil. Desde que grande parte dos servidores da Secretaria Municipal de Sa�de aderiu � greve do funcionalismo, no fim de abril, h� postos que n�o oferecem o servi�o nem mesmo a quem tem prioridade no atendimento, como crian�as menores de 2 anos e idosos acima de 60. Em outras unidades, funcion�rios afirmam que a prefeitura precisou deslocar enfermeiros para atender exclusivamente quem procura pela vacina da campanha, que oficialmente vai at� o dia 31.
Desde o in�cio de maio, equipes do Estado de Minas t�m ligado para centros de sa�de de Belo Horizonte em busca da vacina para idosos e crian�as inclu�das no grupo priorit�rio. Na tarde de ontem, a reportagem entrou em contato por telefone com a unidade do Bairro Taquaril, na Regi�o Leste, e perguntou sobre a possibilidade de vacinar uma idosa. A funcion�ria que atendeu a liga��o informou que, devido � greve dos servidores, o posto estava fornecendo a medica��o somente para rec�m-nascidos.

No Bairro Granja de Freitas, na mesma regi�o, a servidora disse que ontem havia um enfermeiro enviado pela prefeitura ministrando as doses, mas advertiu sobre a possibilidade de n�o haver aplica��o em outros dias da semana. “Hoje (ontem) a pessoa que d� a vacina est� aqui, mas na ter�a-feira ela n�o veio. Ent�o, � bom voc� vir logo”, aconselhou. Na unidade do Bairro Dom Cabral, Noroeste da capital, os funcion�rios n�o abriam exce��o. Em v�rios contatos entre os dias 10 e 15, o posto informou que n�o estava imunizando nenhum integrante do grupo de risco “por causa da greve”.

Durante as duas primeiras semanas de maio, a aposentada M., de 75 anos, moradora do Bairro Fern�o Dias, na Regi�o Nordeste de Belo Horizonte, tentou por diversas vezes conseguir uma dose da vacina no Centro de Sa�de Dom Joaquim. Diariamente, ela se deslocava at� a unidade e sempre ouvia a mesma resposta: “Quem aplica a vacina est� de greve”. A idosa insistiu at� ser atendida de forma grosseira por uma funcion�ria. “Questionei at� quando ficar�amos sem vacina, e ela foi mal-educada, dizendo que o problema era meu, n�o dela”, conta M., que prefere n�o ser identificada, por ter medo de voltar a ser agredida verbalmente.

Indignada por n�o ter conseguido a imuniza��o e ainda ser desrespeitada, M. diz que desistiu de procurar o posto. “Fiquei t�o chateada que decidi pagar pela vacina”, diz a mulher, que desembolsou R$ 65 em um laborat�rio particular. Acostumada a ser imunizada anualmente na rede p�blica municipal, a idosa lamenta os problemas enfrentados no centro de sa�de do bairro. “Sei que receber a vacina no posto � um direito nosso, mas n�o volto mais l�. Prefiro pagar a ser humilhada”, desabafa.

A Prefeitura de Belo Horizonte nega problemas na distribui��o da vacina nas unidades municipais. Embora o EM tenha relatado as dificuldades para encontrar quem aplicasse a dose em postos de v�rias regi�es, a assessoria de comunica��o da Secretaria Municipal de Sa�de se limitou a informar que a situa��o est� normalizada e que n�o foi necess�rio remanejar servidores para suprir a falta de funcion�rios . O �nico problema, alega a pasta, foi registrado no posto do Dom Cabral, onde “a vacina deixou de ser aplicada em per�odos pontuais do dia”. A secretaria afirma ainda que j� est� perto de atingir a meta de imuniza��o do grupo de risco, que � de 80%. Fazem parte do grupo priorit�rio pessoas acima de 60 anos, crian�as entre 6 meses e 2 anos, trabalhadores dos servi�os de sa�de envolvidos no atendimento aos pacientes, gestantes, mulheres que tenham dado � luz h� at� 45 dias, portadores de doen�as cr�nicas e detentos.

Amplia��o

O munic�pio deveria oferecer as doses restantes para o p�blico em geral, n�o apenas para os grupos priorit�rios – ao menos ap�s o t�rmino da campanha de vacina��o. � o que defendem representantes de institui��es particulares que sofrem com a car�ncia do medicamento. “Lamentamos profundamente que o governo n�o abra a vacina��o para a popula��o interessada. H� que se saber qual a pol�tica com rela��o �s doses restantes na rede p�blica, uma vez que a rede privada n�o tem como atender a popula��o geral”, diz a diretora m�dica da Vacsim, Paula Fernandes T�vora.

A mesma proposta � sugerida pela m�dica respons�vel pelo laborat�rio do Hospital Mater Dei, Fl�via Massote. “� preciso pensar j� na produ��o da vacina para o pr�ximo ano, buscar aument�-la. Talvez o governo deva assumir a produ��o em parceria com os fabricantes”, afirma.

A Secretaria de Sa�de de BH informou ainda n�o ter avaliado a possibilidade de amplia��o da vacina��o para segmentos da popula��o fora do grupo de risco.

Rede estadual estende imuniza��o

A Secretaria de Estado de Sa�de informou que gestantes e crian�as menores de 2 anos ter�o dispon�vel, durante todo o per�odo do inverno, a vacina contra influenza. O estado ultrapassou a meta da cobertura vacinal, de 80%, com a imuniza��o de quase 3 milh�es de pessoas (86% dos pacientes do grupo de risco). Considerando todo o estado, �nico grupo que ficou abaixo da meta, tendo alcan�ado apenas 73% da cobertura, foi o das gestantes.


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