A fam�lia da adolescente A. L., de 17 anos, baleada na cabe�a depois de uma discuss�o com o delegado Geraldo do Amaral Toledo Neto, de 40 anos, reconheceu uma bolsa e um p� de sand�lia da jovem, recolhidos � beira da estrada, perto do Viaduto da Mutuca, na BR-040. O material foi localizado pela Corregedoria de Pol�cia na semana passada, depois que um amigo do delegado contou em depoimento que o ouviu dizer que se desfez dos pertences de A. quando voltava a Belo Horizonte. Al�m da bolsa, sem documentos, e do cal�ado, havia uma esponja de maquiagem.
A m�e de A., Rubiany Linhares dos Santos, usou uma foto no celular para confirmar que a bolsa e a sand�lia eram as mesmas que A. gostava de usar. Ela foi baleada em 14 de abril, quando passava com o delegado por uma estrada entre Ouro Preto e Lavras Novas. Toledo e A. mantinham relacionamento havia pelo dois anos, quando foram vizinhos em um pr�dio no Bairro Buritis.
“Ele me disse que n�o o fez e n�o tenho convic��o de que sejam objetos dela”, afirma a advogada. “Essa apreens�o ocorreu em fun��o de uma den�ncia an�nima que indicou locais diversos onde esses objetos foram encontrados. N�o estavam todos num lugar s� e isso me parece estranho.”
Na vers�o do delegado, A. tentou se suicidar com uma pequena arma que tirou da bolsa, e desesperado ele s� se preocupou em socorr�-la. De acordo com o delegado, a arma e a bolsa da adolescente teriam ficado para tr�s.
Toledo continua preso, mas estar� presente em nova audi�ncia p�blica na Comiss�o de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa para falar sobre o caso. Na primeira reuni�o, a ju�za da comarca de Ouro Preto, L�cia de F�tima Magalh�es Albuquerque Silva, n�o permitiu a presen�a dele, alegando que o caso n�o era de compet�ncia da comiss�o. Os deputados alegam, no entanto, que a Assembleia tem a prerrogativa de convocar qualquer servidor p�blico para prestar esclarecimentos”. Ainda n�o h� decis�o sobre a ida de delegado
A menor continua internada no Hospital de Pronto- Socorro Jo�o XXIII com quadro est�vel, mas inconsciente. A corregedoria solicitou ao Minist�rio P�blico um servi�o de escolta � jovem enquanto ela estiver internada, por precau��o. A fam�lia, por�m, nega que tenha recebido amea�as.