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Estado de Minas MANIFESTA��ES NA CAPITAL

Milhares enfrentam pol�cia em torno do Mineir�o

Confrontos deixaram ao menos 15 feridos, incluindo quatro policiais


postado em 22/06/2013 19:49 / atualizado em 22/06/2013 21:19

(foto: AFP PHOTO / NELSON ALMEIDA )
(foto: AFP PHOTO / NELSON ALMEIDA )

Uma multid�o com quase 100 mil pessoas ocupou neste s�bado a regi�o do est�dio do Mineir�o, em Belo Horizonte, onde grupos enfrentaram a For�a Nacional e a Pol�cia Militar � margem da partida entre M�xico e Jap�o (2-1) pelo Grupo A da Copa das Confedera��es". Os confrontos deixaram ao menos 15 feridos, incluindo quatro policiais, informou a PM mineira.

Gritando frases contra a realiza��o da Copa do Mundo no Brasil, milhares de pessoas tentaram romper o cord�o de isolamento montado em torno do est�dio e foram reprimidos pela For�a Nacional e a PM com bombas de g�s lacrimog�neo.

A passeata na capital mineira come�ou na Pra�a Sete, no centro da cidade, e seguiu por cerca de 15 quil�metros em dire��o ao Mineir�o. Na avenida Ant�nio Carlos, a multid�o avan�ou em dire��o ao cord�o de isolamento, localizado a dois quil�metros do est�dio. Diante da amea�a, os agentes da For�a Nacional e a PM dispararam ao menos 20 bombas de g�s lacrimog�neo, tiros de bala de borracha e jatos de g�s de pimenta em dire��o aos manifestantes, que correram no sentido contr�rio.

A a��o policial deflagrou um cen�rio de guerra na regi�o, onde pr�dios foram depredados e lojas, saqueadas. At� uma concession�ria da Hyundai, patrocinadora oficial da Fifa, acabou destru�da. Segundo o coronel Carvalho, comandante da PM, havia um acordo com as lideran�as para que o protesto passasse pela Ant�nio Carlos e seguisse em dire��o � Pampulha, mas grupos de manifestantes atacaram o cord�o de isolamento jogando pedras e outros objetos.

Em S�o Paulo, um protesto contra a PEC 37 - que retira o poder de investiga��o do minist�rio p�blico - reunia mais de 35 mil pessoas, que seguiam pela avenida Consola��o em dire��o ao centro da cidade, com a inten��o de protestar diante da sede do Minist�rio P�blico Estadual.

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Pa�s

Em Salvador, onde o Brasil venceu a It�lia por 4 a 2 pelo Grupo A da Copa das Confedera��es, um protesto reuniu cerca de duzentas pessoas na regi�o do shopping Iguatemi, constatou a AFP. "N�o queremos tirar Dilma Rousseff do poder, mas exigimos que a mesma quantidade de dinheiro que se gastou na constru��o de est�dios para a Copa seja destinada a projetos de sa�de e educa��o", disse � AFP Alexandre, estudante de direito de 23 anos. 

Dezenas de torcedores no est�dio da Fonte Nova exibiram cartazes nas arquibancadas para apoiar os protestos nas ruas: "N�o � contra a sele��o, � contra a corrup��o". No Rio de Rio de Janeiro, cerca de 40 manifestantes mantinham uma vig�lia diante da casa do governador S�rgio Cabral, no Leblon.

Os protestos, que ocorrem em mais de 90 cidades do pa�s, foram convocados nas redes sociais, apesar do discurso da presidente Dilma Rousseff, que prometeu na v�spera um grande pacto nacional para melhorar os servi�os p�blicos.
Dilma admitiu que o pa�s precisa de "formas mais eficazes de combate � corrup��o" e prometeu "escutar as vozes da rua", em um comunicado � na��o em rede nacional ap�s protestos que levaram mais de um milh�o de pessoas �s ruas.

Homem fica ferido durante as manifestações próximo ao Mineirão(foto: AFP PHOTO/Nelson Almeida)
Homem fica ferido durante as manifesta��es pr�ximo ao Mineir�o (foto: AFP PHOTO/Nelson Almeida)
A presidente prop�s um plano nacional de mobilidade que privilegie o transporte p�blico, destinar 100% dos recursos dos royalties do petr�leo para a educa��o, trazer milhares de m�dicos estrangeiros para ampliar o sistema de sa�de e receber os l�deres das manifesta��es pac�ficas, de sindicatos, movimentos de trabalhadores e associa��es populares.

Ainda assim o movimento Passe Livre de S�o Paulo (MPL), que desencadeou o movimento de protestos contra o aumento do custo do transporte, indicou neste s�bado que as manifesta��es ir�o continuar, ap�s v�rios de seus porta-vozes afirmarem na sexta-feira que suspenderiam as a��es.

"N�o estamos suspendendo os protestos. Sempre afirmamos que a luta contra o aumento - das tarifas de �nibus - iriam continuar at� a revoga��o. Agora que a tarifa baixou, vamos continuar a luta pela tarifa zero" anunciou em sua p�gina no Facebook.

Nas redes sociais come�aram as rea��es ao discurso � na��o da presidente Dilma, que prometeu trabalhar por melhores servi�os e ouvir a voz das ruas. Uma das imagens postadas e replicadas era a de um homem quase dormindo: "Minha cara enquanto a Dilma fala", dizia a legenda. Outros, no entanto, elogiaram a declara��o da presidente, denunciando a corrup��o e reconhecendo como leg�tima as reivindica��es dos manifestantes.

Inicialmente contra o aumento dos transportes p�blicos, uma medida que foi revertida em v�rias cidades do pa�s ap�s a onda de protestos, as manifesta��es em todo o Brasil se referem a uma reivindica��o geral contra a m� qualidade dos servi�os p�blicos, a corrup��o e os gastos milion�rios com a Copa do Mundo de 2014.

Segundo pesquisa publicada neste s�bado pela revista �poca, 75% dos brasileiros apoiam os protestos que tomaram conta das cidades brasileiras para exigir a redu��o dos pre�os nos transportes e rejeitar a corrup��o e os gastos com a Copa do Mundo em detrimento de investimentos em sa�de e educa��o.

Os principais motivos que levaram os brasileiros �s ruas foram: melhoria no transporte p�blico (77%), contra o desempenho dos pol�ticos (47%), contra a corrup��o (32%) e por melhor sa�de e educa��o (31%), revela a pesquisa encomendada pela Confedera��o Nacional dos Transportes.


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