Prevista para este m�s, a compra do primeiro pacote de �nibus para o sistema BRT (sigla em ingl�s para transporte r�pido por �nibus) de Belo Horizonte ser� adiada mais uma vez e pode ficar para setembro. As recentes manifesta��es relacionadas ao transporte coletivo e a redu��o do valor da passagem em R$ 0,10 na capital (de R$ 2,80 para R$ 2,70) reacenderam o clima de inseguran�a entre empres�rios do setor. Cons�rcios operadores agora planejam avaliar o impacto das mudan�as na tarifa para fechar a aquisi��o da maioria dos coletivos previstos para transportar 750 mil usu�rios por dia. Com mais um adiamento, fabricantes acreditam que a entrega da frota ocorra de forma gradual, a partir do fim do ano.
No fim de 2012, a demora motivada por atrasos nas obras dos corredores das avenidas Pedro I/Ant�nio Carlos, Cristiano Machado e Regi�o Central e a indefini��o de data de in�cio de opera��o j� haviam levado os cons�rcios a frear a encomenda do “pacot�o”. Agora, a expectativa era de que o neg�cio fosse concretizado logo ap�s a Transp�blico’2013, feira voltada para o mercado de transporte de passageiros que reuniu as principais marcas de carrocerias, chassis e acess�rios, na �ltima semana, em S�o Paulo.
Somente uma delas, contudo, anunciou negocia��o efetiva de BRTs para a capital, ainda que extraoficialmente: a Mercedes-Benz, com 500 unidades. Desse total, 350 s�o padrons de motor dianteiro e suspens�o a ar, semelhantes aos atuais �nibus de BH, como revelou o Estado de Minas em outubro. Os 150 restantes s�o ve�culos articulados.
O plano inicial � de que o sistema comece a funcionar a partir de fevereiro, com 192 �nibus articulados e 200 padrons. A MAN Latin America tamb�m anunciou na feira a encomenda de 300 �nibus urbanos para atender a Grande BH (250 de motor frontal e 50 de propuls�o traseira), embora n�o os considere BRTs.
“O mercado no Brasil est� um pouco aqu�m do que esper�vamos. Ainda n�o vendemos articulados para Belo Horizonte, mas j� negociamos outras unidades que alimentar�o o BRT”, adiantou o diretor de Vendas, Marketing e P�s-Venda da MAN, Ricardo Alouche. Na avalia��o do executivo, o fato de o relevo da cidade ser acidentado tem levado os cons�rcios a optar por ve�culos de motor dianteiro, com menor custo de compra e manuten��o e maior valor de revenda do que um equivalente de propulsor traseiro.
O novo adiamento nas encomendas pegou os fornecedores de surpresa, uma vez que os fabricantes contavam com o pedido em julho para produzir os ve�culos em at� 120 dias, prazo m�dio necess�rio. “As vendas (em BH) est�o sendo discutidas. Estamos nos preparando para a encomenda dos BRTs em todo o pa�s, mas o problema � a infraestrutura. Sabemos que vai haver um ac�mulo de pedidos no fim do ano”, alerta o gerente comercial de �nibus urbanos da Volvo, Euclides Castro.
Tanto ele quanto Alouche concordam que, para atender o pedido, a entrega ter� de ser feita a conta-gotas. Ou seja: somente parte da frota estar� pronta para entrar em opera��o no in�cio de 2014. “Estamos nos preparando para entregar os primeiros �nibus em dezembro, com um forte impacto (de entrega) em mar�o”, complementou.
O rep�rter viajou a convite da Associa��o Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU)
Avalia��o positiva na Copa
S�o Paulo – A festa entre brasileiros e estrangeiros, al�m do bom p�blico nos tr�s jogos, fizeram da Copa das Confedera��es um sucesso no Mineir�o. Fora do est�dio, apesar dos tumultos e protestos, a mobilidade tamb�m foi aprovada. Belo Horizonte, juntamente com Rio de Janeiro e Fortaleza, apresentou o melhor desempenho na opera��o de transporte e tr�nsito, entre as seis cidades-sede do torneio Fifa. A avalia��o � da Associa��o Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), que divulgou durante o semin�rio da entidade um balan�o otimista sobre a capacidade da opera��o preparada pela prefeitura e BHTrans rumo ao Mundial’2014. No geral, a mobilidade no Brasil recebeu nota 6.
Tamb�m ontem, a associa��o apresentou manifesto p�blico com oito propostas que defende a aplica��o de planos diretor e de mobilidade urbana, al�m de desonera��o fiscal e pol�ticas p�blicas de mobilidade, como forma de restabelecer a qualidade e eliminar os gargalos do transporte p�blico de passageiros.
A avalia��o da Copa das Confedera��es considerou as a��es de mobilidade durante seis partidas do torneio. Dois consultores acompanharam um jogo por cidade e, ao fim, elaboraram um relat�rio que poder� servir de par�metro para os �rg�os p�blicos se prepararem para a Copa 2014.
A conclus�o apresentada aponta que, apesar dos protestos, o transporte coletivo de BH se mostrou capaz de se adaptar sob condi��es extremas durante o duelo em que foi avaliado – no caso, Brasil 2 x 1 Uruguai, em 26 de junho. As notas do observat�rio foram definidas entre regular e satisfat�rio, em escala composta por p�ssimo, ruim, regular, satisfat�rio, bom, �timo e excelente. Bras�lia e Recife apresentaram desempenhos satisfat�rios, enquanto Salvador teve a pior coloca��o.