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Estado de Minas

Aumento no n�mero de roubos e furtos de carros encarece seguros

Al�m de enfrentar trauma, donos de autom�veis que foram alvo de criminosos pagam mais na renova��o


postado em 09/07/2013 06:00 / atualizado em 09/07/2013 06:42

"O aumento no roubo e furto tem efeito perverso porque provoca aumento direto no seguro. Esse dado � um referencial", Neival Freitas, diretor da Federa��o Nacional de Seguros Gerais (foto: saulo cruz/ag�ncia c�mara - 6/12/11)


Ve�culo roubado, dor de cabe�a na certa. Mas, nesse caso, o bolso tamb�m sofre. E n�o s� o de quem foi v�tima. Quando o assunto � o mercado de seguros, quanto mais altos os �ndices dessa modalidade de crime, maior � o pre�o que se paga para ter uma prote��o. Os n�meros s�o acompanhados de perto pelas seguradoras. Levantamento da Federa��o Nacional de Seguros Gerais (Fenseg) obtido com a Secretaria de Estado de Defesa Social mostra que houve 10.884 ve�culos furtados ou roubados em Minas Gerais nos cinco primeiros meses deste ano. O n�mero � 11,5% superior ao registrado no mesmo per�odo do ano passado. Na compara��o de 2012 com 2011, o aumento foi de 16%.

O diretor-executivo da Fenseg, Neival Freitas, explica que a alta desses crimes no per�odo foi de 30% e, com as colis�es, roubo e furto respondem pelos dois grandes tipos de indeniza��o aos segurados. Ele conta que at� 2010 os pre�os das ap�lices estavam controlados, por causa da redu��o desses tipos de crimes, cen�rio que mudou a partir de 2011. “O aumento de roubos e furtos tem efeito perverso porque provoca aumento direto no seguro. Esse dado � um referencial. � medida que h� varia��o constante desses �ndices, h� como aumentar ou diminuir os pre�os”, relata, diz.
Em todo o pa�s, foram registrados, de janeiro a maio, 191 mil roubos de ve�culos, sendo que apenas 436 mil foram recuperados. Em Minas, dos 1.964 ve�culos levados pelos bandidos no m�s passado, somente 41% foram reavidos (816). “Quando o ve�culo segurado � recuperado antes de a seguradora efetuar a indeniza��o, n�o gera efeito no pre�o”, explica Freitas.

De acordo com a Superintend�ncia de Seguros Privados (Susep), de janeiro de 2012 ao mesmo per�odo deste ano, as contrata��es de seguros para ve�culos em Minas Gerais movimentaram cerca de R$ 11 bilh�es. No per�odo, R$ 3 bilh�es foram gastos para reembolsar segurados que tiveram carros roubados. Corretor de seguros h� 15 anos, Leonardo Horta, de 35, entende bem o significado dessas cifras. Ele conta que 90% dos clientes que procuram as seguradoras o fazem motivados pelo medo ter o ve�culo levado por bandidos. “O roubo � o ‘gal�’ dos sinistros. As colis�es ficam em segundo lugar”, afirma.

A alta nos �ndices do crime se reflete no mercado e, mais precisamente, no bolso dos motoristas. Quem j� passou pela experi�ncia de ter o carro roubado ou furtado sente as consequ�ncias no ato da renova��o do seguro. Horta explica que, nesses casos, o segurado perde a bonifica��o e, assim, dever� arcar com um valor mais caro que o pago anteriormente. O corretor calcula que a procura pelo servi�o aumentou cerca de 10% desde o ano passado. J� o pre�o teve reajuste de 10% a 15%. Quem j� foi v�tima dos criminosos paga uma conta ainda maior. E se o ve�culo est� entre os modelos preferidos dos ladr�es, o valor sobe. “Nesses casos, de cada 10 carros, seis s�o roubados, ent�o as seguradoras consideram que o risco � alto”, diz Horta.

Trauma

A empres�ria D.A.A, de 41 anos, moradora da Regi�o Nordeste de BH, � uma das clientes de Leonardo. H� alguns anos, ela deixou o carro numa das avenidas mais movimentadas do Bairro Santa In�s para ir rapidamente a um escrit�rio. Quando retornou, minutos depois, o ve�culo n�o estava mais l�. A segunda experi�ncia foi traum�tica. Ela buscava a filha na aula de ingl�s, por volta das 10h, quando o bandido se aproximou, encostou uma arma na barriga dela e ordenou que a menina, que estava dentro do carro, sa�sse. �s 12h40, quando ela levou a filha � escola, no Bairro Cidade Nova, tamb�m na Regi�o Nordeste, encontrou o carro estacionado e fechado na rua de tr�s.

“Eu chamei a pol�cia e me disseram que era normal a pessoa que tem o carro roubado v�-lo pela cidade. Insisti dizendo que eu estava ao lado dele, e depois de muito tempo, uma viatura chegou para me atender”, conta. Mas o desfecho n�o aliviou o susto: a filha fez tratamento psicol�gico durante um ano. Dois anos depois, quando buscava a filha na mesma escola, ao estacionar entre dois carros, foi abordada por outro assaltante. Ele p�s a arma na cabe�a de D. e a mandou descer. O carro nunca mais foi encontrado. Apenas a bolsa com documentos foi recuperada, tr�s dias depois, no Bairro Aar�o Reis.


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