Segundo jovem que morreu depois de cair de viaduto ser� enterrado hoje

Ser� sepultado hoje, �s 10h, no Cemit�rio da Paz, no Bairro Cai�ara, Regi�o Nordeste da capital, o corpo do jovem Luiz Felipe Aniceto de Almeida, de 22 anos, segunda v�tima de queda do Viaduto Jos� Alencar, na Avenida Ant�nio Carlos, na Regi�o da Pampulha, durante as manifesta��es populares em Belo Horizonte na Copa das Confedera��es. Depois de 19 dias internado, o funcion�rio da unidade de atendimento integrado (UAI) da Pra�a Sete n�o resistiu �s complica��es causadas pelas infec��es, especialmente uma pneumonia, e faleceu no Hospital de Pronto-Socorro Jo�o XXII na noite de quinta-feira.

O governador Antonio Anastasia lamentou ontem a morte do jovem. “Transmito minha solidariedade aos familiares e amigos do Luiz Felipe neste momento de profunda dor”, afirmou. Segundo a Fhemig, n�o h� mais nenhuma pessoa internada em consequ�ncia de ferimentos sofridos em movimentos populares, j� que o adolescente Caio Augusto Costa Lopes, de 17, que tamb�m caiu do viaduto no dia 22, teve alta na noite de quinta-feira.

Em meio �s l�grimas pela perda do filho, o vigia noturno Secundo Aniceto, de 53, parecia ontem n�o acreditar que o sonho do ca�ula de se tornar mec�nico de aeronaves foi interrompido. “N�o sei como meu filho caiu do viaduto, mas ele n�o era um v�ndalo”, desabafou. Enquanto aguardava a libera��o do corpo no Instituto M�dico Legal (IML), com a carteira de trabalho de Luiz Felipe em m�os, ele contou que viveu com o ca�ula at� ele completar 12 anos, quando se separou da m�e do jovem. Mesmo assim, os dois tinham uma �tima rela��o e sempre se falavam.

“Estava terminando de pagar uma geladeira. Agora j� estava me preparando para ajud�-lo a pagar um est�gio em S�o Paulo”, diz o pai, referindo-se a treinamento t�cnico de mec�nico de aeronaves, completado por Luiz Felipe. Segundo o irm�o, Luciano Aniceto, de 26, Felipe tinha a inten��o de ir � capital paulista prestar prova de certifica��o que lhe daria mais condi��es de consertar avi�es e helic�pteros.

Luciano, que mora com a m�e em Ribeir�o das Neves, na Grande BH, disse que irm�o era muito ligado � fam�lia, especialmente depois que teve uma filha, hoje com 1 ano. “Acima de tudo, era um cara bem-humorado. Quando voc� olhava para ele, sempre o via alegre e contente”, diz. No curso t�cnico a situa��o era a mesma, como conta o amigo Welbert Chaves, 19, que se formou com o jovem no Polimig. “Ele era muito dedicado durante as aulas. Estudava e trabalhava sempre com bastante empenho”, diz o colega.

O irm�o afirma ainda que a mulher de Luiz Felipe e a m�e dos dois est�o inconsol�veis. No dia 22, quando Jap�o e M�xico se enfrentaram no Mineir�o, ele foi at� o Viaduto Jos� Alencar protestar por um mundo melhor. “Ele buscava conhecer a sociedade para reivindicar melhores condi��es para a popula��o. Perdemos um cara legal, inteligente, educado e um �timo irm�o”, diz ele.

SEIS V�TIMAS Nos dias 17, 22 e 26 de junho, datas das partidas que ocorreram no Mineir�o durante a Copa das Confedera��es, seis pessoas ca�ram do Viaduto Jos�  Alencar, que faz a conex�o entre as avenidas Ant�nio Carlos e Abrah�o Caram. Al�m de Luiz Felipe, Douglas Henrique de Oliveira Souza, 21, tamb�m morreu depois de despencar da estrutura no dia do jogo entre Brasil e Uruguai.

Dos tr�s que ainda estavam internados, segundo a Funda��o Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), Caio Augusto Costa Lopes, de 17, recebeu na noite de quinta-feira alta do Hospital de Pronto-Socorro Jo�o XXIII. J� haviam sido liberados Gustavo Magalh�es Justino, de 18, e Rafael Couther Gomes, de 22, que se recuperavam no Hospital Risoleta Neves, em Venda Nova.