Integrante do Bando da Degola vai a j�ri nesta segunda-feira

Pedro Ferreira

 

Mais um dos oito envolvidos no caso conhecido como Bando da Degola vai a julgamento hoje. O r�u, o estudante de direito Arlindo Soares Lobo, � acusado com mais sete pessoas de manter em c�rcere privado e matar os empres�rios Fabiano Ferreira Moura, de 36 anos, que levou 20 facadas, e Rayder Santos Rodrigues, de 39, que foi estrangulado. Os crimes foram em 7 e 9 de abril de 2010, em um apartamento no Bairro Sion, Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte. Para dificultar a identifica��o, o grupo decapitou e retirou os dedos das v�timas, que foram enroladas em lonas pl�sticas e queimadas numa estrada de terra de Nova Lima, regi�o metropolitana. As cabe�as e os dedos n�o foram encontrados. O julgamento de Arlindo come�a �s 8h30, no 2º Tribunal do J�ri de Belo Horizonte. O juiz Glauco Eduardo Soares Fernandes vai ouvir quatro testemunhas.

Arlindo responde por homic�dio qualificado, extors�o e destrui��o e oculta��o de cad�ver, al�m de forma��o de quadrilha. Ele est� preso desde junho de 2010 e se encontra no pres�dio Ant�nio Dutra Ladeira. O estudante de direito seria julgado em dezembro de 2011, com o tamb�m acusado Renato Mozer, que pegou 59 anos de pris�o. Na �poca, a defesa pediu adiamento, alegando quest�o de sa�de do r�u. Outros tr�s julgamentos de Arlindo foram adiados. No �ltimo adiamento, o juiz o mandou se submeter a um exame de sanidade mental, que foi conclu�do em abril deste ano. Segundo o laudo, Arlindo tinha capacidade mental normal de entendimento na �poca do crime.

RECURSO Os processos de cinco dos acusados foram encaminhados ao Tribunal de Justi�a de Minas para julgamento de recursos contra a senten�a de pron�ncia (que os manda a julgamento pelo tribunal do j�ri). O julgamento de Frederico Flores, apontado como o l�der do bando, est� marcado para 12 de dezembro.

De acordo com o processo, Frederico ficou sabendo pelo advogado Lu�s Astolfo Sales Bueno que os empres�rios Rayder e Fabiano estariam envolvidos em estelionato e lavagem de dinheiro para camuflar atividades de contrabando. Eles mantinham v�rias contas banc�rias com documentos falsos e movimentavam grandes quantias em dinheiro. Adrian Gabriel Grigorcea, sogro de Rayder, confirmou tudo.

Consta nos autos que Frederico Flores planejou sequestrar e extorquir dinheiro das v�timas para depois mat�-las. Em seguida, sequestraria um homem, conhecido como Marcinho, verdadeiro dono das quantias movimentas pelos empres�rios. Tamb�m s�o r�us no processo a m�dica Gabriela Corr�a Ferreira da Costa, o pastor evang�lico Sidney Eduardo Beijamin e os policiais militares Renato Mozer e Andr� Luiz Bartolomeu da Silva.