
Come�ou na manh� desta segunda-feira o julgamento do integrante do Bando da Degola, o estudante de direito Arlindo Soares Lobo. Ele � acusado com mais sete pessoas de manter em c�rcere privado e matar os empres�rios Fabiano Ferreira Moura, de 36 anos, que levou 20 facadas, e Rayder Santos Rodrigues, de 39, que foi estrangulado. A sess�o no 2º Tribunal do J�ri de Belo Horizonte, no F�rum Lafayette, estava marcada para come�ar �s 8h30 e iniciou com atraso. O primeiro passo foi o sorteio do Conselho de Senten�a.
O advogado do r�u, Marco Ant�nio Siqueira, diz que vai sustentar a tese de que seu cliente foi coagido a transportar os corpos dos empres�rios. "Quando o Arlindo viu o meio em que se encontrava, se sentiu pressionado a continuar. Eles queriam, inclusive, mat�-lo tamb�m", diz o defensor. J� o promotor Francisco Santiago acredita em condena��o, com pena entre 40 e 45 anos de pris�o. "Arlindo era o bra�o direito, bra�o esquerdo, p� direito e p� esquerdo do Frederico. Ele esteve presente em toda a trama, desde o sequestro at� a execu��o", afirma Santiago.

Arlindo responde por homic�dio qualificado, extors�o e destrui��o e oculta��o de cad�ver, al�m de forma��o de quadrilha. Ele est� preso desde junho de 2010 e se encontra no pres�dio Ant�nio Dutra Ladeira. O estudante de direito seria julgado em dezembro de 2011, com o tamb�m acusado Renato Mozer, que pegou 59 anos de pris�o. Na �poca, a defesa pediu adiamento, alegando quest�o de sa�de do r�u. Outros tr�s julgamentos de Arlindo foram adiados. No �ltimo adiamento, o juiz o mandou se submeter a um exame de sanidade mental, que foi conclu�do em abril deste ano. Segundo o laudo, Arlindo tinha capacidade mental normal de entendimento na �poca do crime.
Os crimes contra os dois empres�rios foram em 7 e 9 de abril de 2010, em um apartamento no Bairro Sion, Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte. Para dificultar a identifica��o, o grupo decapitou e retirou os dedos das v�timas, que foram enroladas em lonas pl�sticas e queimadas numa estrada de terra de Nova Lima, regi�o metropolitana. As cabe�as e os dedos n�o foram encontrados.
(Com informa��es de Pedro Ferreira)