Uma crian�a de 3 anos contou para a fam�lia na tarde quarta-feira que o dono da creche em que ela estuda colocou o dedo em suas partes �ntimas na tarde de ter�a. M.C.S, de 42 anos, � dono da escolinha no Bairro Bom Sucesso, na Regi�o do Barreiro, na capital, h� mais de tr�s anos e trabalha no local com a esposa e uma funcion�ria. A suspeita come�ou quando a menina chegou da creche � noite.
Segundo a m�e da crian�a, ela chorava muito e pedia para n�o tomar banho alegando dores nas partes �ntimas. Ela acabou contando que M. era quem estava dando banho nela nos �ltimos dias e que teria colocado o dedo dentro de sua vagina. O suspeito foi ouvido na Delegacia Especializada de Prote��o a Crian�a e ao Adolescente (Depca), negou o crime e foi liberado.
A m�e da v�tima, que preferiu n�o ser identificada, conta que a menina sempre adorou ir para a escolinha e que h� mais ou menos um m�s mudou de comportamento. "Nunca suspeitei de nada. Gostava muito de M. e confiava no trabalho deles. Agora, depois de todos os detalhes, acredito em tudo o que a minha filha disse e tenho certeza de que ele a assediou. Espero justi�a e que ele nunca mais tenha contato com crian�as", conta angustiada.
Segundo a delegada Iara Fran�a Camargos, a menina n�o se contradisse em nenhum momento e foi coerente e l�gica. "O depoimento dela � fundamental e � muito valorizado. Temos que ter um cuidado maior com as crian�as porque elas ainda n�o t�m tanta consci�ncia do que � certo ou errado, mas nesse caso ela foi muito espec�fica", revela a policial.
O suspeito afirma que o �nico contato que tinha com as crian�as era no momento das ora��es, no monitoramento, recebimento e entrega delas. Ele alega que o banho e troca de fraldas eram feitos pela esposa dele e a funcion�ria da creche.
A delegada est� aguardando o exame que ser� feito no Instituto M�dico Legal (IML) comprovando a agress�o e tamb�m o depoimento de outras crian�as e pessoas que frequentavam a creche para pedir a pris�o do suspeito. Ele poder� ser indiciado por estupro de vulner�vel.
Vontade de ser pai
M.C.S. disse que j� teve leucemia e por causa dos tratamentos da doen�a n�o pode ter filhos, mas que ama crian�as. Ele conta que ele e a esposa est�o tentando um tratamento in vitro para que possam ter um filho e que jamais faria algo desse tipo. "Sou inocente e vou provar isso. Ontem mesmo, no momento em que a menina diz que aconteceu o abuso eu estava no consult�rio m�dico para uma consulta sobre a quest�o da nossa fertiliza��o", conta.