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Estado de Minas CORRIDA CURTA, PORTA FECHADA

Taxistas tamb�m recusam corridas curtas no Conex�o Aeroporto


postado em 19/07/2013 06:00 / atualizado em 19/07/2013 07:07

Recusas ocorrem também na Conexão Aeroporto, mesmo com a atuação de fiscais do serviço de transporte(foto: João Miranda/Esp. EM/D.A Press)
Recusas ocorrem tamb�m na Conex�o Aeroporto, mesmo com a atua��o de fiscais do servi�o de transporte (foto: Jo�o Miranda/Esp. EM/D.A Press)


A moradia em endere�o estrat�gico, no Centro de Belo Horizonte, sempre foi uma facilidade para a estudante de design Mariane de Oliveira, de 22 anos. Mas tornava-se um problema quando o assunto era conseguir um t�xi. A jovem, que h� uma semana se mudou de um apartamento na Rua S�o Paulo com Avenida Afonso Pena, lembra bem a dificuldade para usar o servi�o, mesmo tendo um ponto diante de casa. Na maioria das vezes ela precisava do servi�o para ir � rodovi�ria, j� que � do interior de Minas e viaja muito. A complica��o era o trajeto: um trecho de aproximadamente 500 metros. “Nenhum taxista que estava na fila me levava, mesmo sendo � noite e estando cheia de malas. Eles negavam na cara dura e alguns ainda diziam: ‘A rodovi�ria � logo ali. Vai a p�.’ De vez em quando eu achava um bonzinho e dava sorte de ser atendida.” A situa��o vivida por Mariane ilustra bem a autonomia dos taxistas para escolher por onde e com quem querem rodar e quanto querem receber pela corrida.

No Bairro Buritis, Regi�o Oeste da capital, alunos do Col�gio Magnum tamb�m sofrem com as negativas dos taxistas quando precisam do servi�o para um trecho de aproximadamente um quil�metro. A dist�ncia � entre a escola, no n�mero 850 da Rua Jos� Hem�rito Andrade, e o restaurante onde muitos costumavam almo�ar, na Avenida M�rio Werneck, altura do n�mero 1.500. “Divid�amos o t�xi na volta do almo�o, porque a rua � muito �ngreme. Mas a gente s� conseguia ir se entr�ssemos no t�xi sem dizer o destino. Se fal�ssemos, o motorista desconversava e dizia que tinha outro cliente para atender”, relata o estudante Gabriel Ribeiro, de 19 anos. A corrida, segundo ele, n�o ultrapassava R$ 6. “�amos em grupo de quatro pessoas e sa�a cerca de R$ 1,50 para cada um. O problema era conseguir um taxista que quisesse levar.”

O problema ocorre at� mesmo no terminal Conex�o Aeroporto, onde a fiscaliza��o da BHTrans est� presente. Ao solicitar o servi�o do local at� a Pra�a da Esta��o, a equipe de reportagem do Estado de Minas n�o enfrentou dificuldade, mas soube da pr�tica por um deles. O taxista conta que h� colegas que recusam o atendimento ao cliente quando ele vai para locais pr�ximos ao terminal ou para bairros da Regi�o Centro-Sul. “Tem motorista que n�o aceita a corrida e passa para frente. Outros at� xingam o cliente”, conta. De acordo com o taxista, a categoria sabe que a pr�tica � proibida, mas muitos assumem o risco porque ficaram muito tempo parados na fila e n�o querem ter preju�zo.

Teste

O EM foi �s ruas testar o atendimento do servi�o de t�xi e ouviu muitas desculpas para recusas de atendimento. Um dos taxistas, parado no primeiro lugar da fila na Avenida Afonso Pena com Avenida Amazonas, na Pra�a Sete, se recusou a seguir tr�s quarteir�es adiante e orientou a equipe a tomar um t�xi fora da fila, j� que a corrida n�o compensava para ele. “O tax�metro n�o vai nem virar direito. Para a gente que fica esperando aqui � preju�zo. D� para ir andando”, recomendou.

Em outro caso, o taxista ainda sugeriu outro meio de transporte, dessa vez entre a Pra�a da Bandeira e a Avenida do Contorno, um trecho de aproximadamente um quil�metro. “Vou ser bem sincero com voc�: pega o t�xi-lota��o, que vai ficar mais barato. Para a gente n�o � vantagem fazer essa corrida”, disse.

H� no entanto quem leve � risca o regulamento da BHTrans para atender sempre bem o cliente. Um deles conduziu a equipe por um trecho de pouco mais de um quil�metro. No meio do caminho, afirmou que prefere fazer muitas corridas curtas a ficar parado por muito tempo no ponto � espera de uma corrida longa. “A gente n�o sabe onde est�o os passageiros das corridas mais caras. Estamos na pra�a para rodar e atender todos”, relatou.

Confira v�deo com os flagrantes



� PROIBIDO RECUSAR

Portaria da BHTrans pro�be a rejei��o de corridas. Veja como se proteger

» A regra

    O taxista que recusar atendimento ao usu�rio com a justificativa de corrida curta pode ser  punido de acordo com o Regulamento do Servi�o P�blico de T�xi (Portaria BHTrans 190/2008). A irregularidade � uma infra��o do grupo 3 e gera multa de R$ 108,04.

» Como denunciar

    O passageiro que tiver uma corrida rejeitada deve ligar no Disque 156, informar data, local, placa do ve�culo e, se poss�vel, o nome do condutor, cuja permiss�o fica afixada no painel do ve�culo.

» A puni��o

    Permission�rio e o motorista auxiliar s�o convocados a comparecer � BHTrans para esclarecer a ocorr�ncia. Comprovada a recusa, podem ser aplicadas as seguintes penalidades:

Multa a partir da primeira incid�ncia

Suspens�o a partir da terceira incid�ncia

Abertura de processo administrativo

Pontua��o no prontu�rio do taxista

OBS: Ao deixar de atender pela segunda vez a convoca��o da BHTrans o taxista est� sujeito a cassa��o do registro de condutor ou cassa��o da permiss�o, conforme apura��o em processo administrativo


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