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Estado de Minas

Mineiros de Ouro apresenta meninas not�veis

Adolescentes de escola p�blica de Santa Luzia, na Grande BH, despontam no esporte para concretizar sonho de competir numa olimp�ada. E lutam por apoio e patroc�nio


postado em 17/08/2013 06:00 / atualizado em 17/08/2013 07:53

(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)


H� muito em comum entre B�rbara Carvalho Campos, de 12 anos, Maria Eduarda Almeida, de 14, e Thais Natividade Batista, de 16. S�o naturais de Santa Luzia, na Grande BH. Estudam na mesma escola, a Municipal Dona Quita. E, por �ltimo, s�o motivo de orgulho n�o s� para os mineiros: as tr�s praticam esportes e j� est�o a caminho das conquistas. O que n�o � comum entre elas � a modalidade esportiva que escolheram. Mas a estrada que percorrem rumo � realiza��o � exigente e elas n�o podem segui-la sozinhas. Precisam de apoio, o que ainda n�o chegou.

"A maioria das meninas pratica o arco recurvo. Prefiro o composto. Em 2020, quero estar na Olimp�ada" B�rbara Carvalho Campos, 12 anos, arco e flecha (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
B�rbara pratica arco e flecha, na modalidade arco composto. Filha de pai fot�grafo e m�e economista, � campe� brasileira infantil. Um impulso para sonhar com a Olimp�ada de 2020. “No Brasil n�o vou poder competir, pois ainda n�o terei 16 anos, idade m�nima para participar.” A garota praticava tiro com espingarda de ar comprimido. Acompanhava o pai, adepto do esporte. “Mas, aos 10 anos, conheci o arco e flecha. Gostei de cara.” Desde ent�o, treina duas vezes por semana. “Comecei em outra modalidade, o recurvo, mas me adaptei melhor ao arco composto.”

Falta a B�rbara patroc�nio. Ela at� j� teve apoio de uma empresa luziense, mas o contrato acabou. O equipamento � caro e h� as viagens para participar de competi��es. “As despesas s�o altas, principalmente na compra do material.” A m�e, orgulhosa, n�o desiste. Faz rifas, sorteios, pede ajuda a parentes, amigos, para n�o deixar morrer o sonho da menina, aluna do 7º ano do ensino fundamental e a �nica praticante desse esporte em escolas p�blicas da regi�o metropolitana. “Ela � inteligente e tem �timo aproveitamento em sala”, diz a professora Karla Regina Silva Carvalho, diretora da Dona Quita.

Medalha

"Competir � importante, mas ganhar � sempre bom. Por isso, n�o desisto: treino cinco horas por dia" Maria Eduarda Almeida, 14 anos, gin�stica aer�bica (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Maria Eduarda est� no 9º ano do fundamental. O esporte dela � a gin�stica aer�bica, uma combina��o de gin�stica cl�ssica e dan�a. Com a gra�a de seu corpinho mi�do, a garota acaba de voltar de Las Vegas (EUA) com a medalha de prata do International Aerobic Championship. Competiu com 55 concorrentes de v�rios pa�ses no infantojuvenil. “S� perdi para a norte-americana”, diz, sem lamento. Pelo contr�rio, com muito orgulho e a medalha no peito. Pena que sua modalidade n�o seja ol�mpica, o que pouca ou nenhuma diferen�a faz para Maria Eduarda.

Unir gin�stica e dan�a n�o � tarefa f�cil. Por isso, Duda, como � conhecida na escola, treina cinco horas por dia, com um simp�tico sorrisinho nos l�bios. Tamb�m ressente de patroc�nio. O pai � funcion�rio da UFMG e ajuda com o que pode. A m�e, dona de buf�, faz bingos e rifas para bancar as viagens da menina quando convidada a participar de competi��es fora da Grande BH. “Sou mineira, n�o desisto”, diz a garota, de olho no Mundial da categoria, ano que vem, em Canc�n (M�xico). “Se a gin�stica aer�bica fosse modalidade ol�mpica, com certeza estaria dentro.”

Ppromessa

"N�o tinha no��o do que poderia ser at� conhecer o v�lei. Agora, vejo que ele pode ser meu futuro" Thais Natividade Batista, 16 anos, v�lei (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Thais, filha de caminhoneiro, se destaca pelo 1,76m de altura. � forte. E, se tudo correr bem, vai longe como ponteira no v�lei. Entre seus triunfos est� a conquista do Campeonato Mineiro Infantojuvenil pelo Minas T�nis Clube. Venceu o Ol�mpico na final. Exibe, orgulhosa, tr�s trof�us. “Fui eleita a melhor jogadora e melhor atacante. O outro � pelo t�tulo.” Ela j� chegou � Sele��o Mineira da categoria e sabe que, com dedica��o, pode ir mais longe, talvez at� a Sele��o Brasileira.

A m�e, enfermeira, � respons�vel por essa promessa do esporte. “Depois das aulas, ficava em casa, sem nada para fazer. Minha m�e entendeu que precisava fazer alguma coisa, praticar esporte, por exemplo. Fui para o v�lei. No in�cio, nem gostava. Mas fui pegando jeito e passei em testes no Ol�mpico, no Makenzie e no Minas. Preferi o Minas, pela estrutura.” Mesmo jogando em clube, levar o esporte adiante n�o � f�cil para Thais, que cursa o �ltim ano do ensino m�dio. Ela precisa comprar material e as viagens s�o bancadas pelas jogadoras. � outra que s� chegou aonde est� pelo esfor�o da fam�lia.

 

Incentivo na sala de aula

A caminhada vitoriosa das tr�s meninas n�o seria poss�vel tamb�m sem o apoio da Escola Municipal Dona Quita, hoje uma refer�ncia na rede p�blica de ensino. Mas o que elas j� fizeram faz brilhar os olhos de Daniel Werneck, professor de educa��o f�sica da escola. “O que a gente faz aqui � investir no ser humano, n�o propriamente em um atleta vencedor. O surgimento delas foi pelo talento natural.” Essa forma��o ciadad� vem da forma como Karla Regina e seu corpo docente conduzem o ensino, de forma participativa, na qual os estudantes t�m vez e voz nas decis�es.

Quem se habilita a patrocinar uma dessa tr�s campe�s, poss�veis motivos de muitas comemora��es dos mineiros no arco e flecha, na gin�stica aer�bia e no v�lei? Dou-lhe uma, duas…E o martelo fica no ar � esperam da terceira batida.

Servi�o: Acesse, compartilhe e d� sugest�es de personagens www.mineirosdeouro.com.br

 

 

 

 


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