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Estado de Minas SERRA DAS DUAS MOEDAS

Ped�gio no Topo do Mundo gera protestos de visitantes

Cobran�a de R$ 2 para acessar trilha por clube de voo livre, que funciona sem alvar�, gera reclama��es de visitantes. Prefeitura de Brumadinho diz que medida � irregular


postado em 22/08/2013 06:00 / atualizado em 22/08/2013 07:53

Visitantes são barrados por cerca, pagam R$ 2 e recebem pulseira para atravessar a área delimitada pelo clube na Serra da Moeda(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Visitantes s�o barrados por cerca, pagam R$ 2 e recebem pulseira para atravessar a �rea delimitada pelo clube na Serra da Moeda (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)


A cunhagem pirata de moedas da Coroa portuguesa na �poca do Brasil Col�nia era at� hoje a �nica rela��o direta entre a Serra da Moeda e o dinheiro, que inclusive deu nome � forma��o montanhosa em Minas, reconhecida como Monumento Natural Estadual. Agora, entretanto, a quest�o monet�ria volta a imperar na regi�o, j� que os propriet�rios da pista de decolagem do Clube de Voo Livre Belo Horizonte (CVBH), que funciona num dos acessos mais conhecidos da serra, ao lado do restaurante Topo do Mundo, passaram a cobrar ped�gio de R$ 2 para permitir a travessia no terreno onde operam e que leva �s trilhas que permeiam o cume dos montes que formam o Monumento Natural da Serra da Moeda.


A Prefeitura de Brumadinho informou que o clube n�o poderia cobrar pelas atividades no local, como aulas de voo livre, porque n�o tem alvar� de funcionamento, nem exigir dinheiro pela entrada em trilha. Afirmou ainda que descobriu a falta de documentos num levantamento recente e ainda n�o decidiu que tipo de medida atitude ser� tomada.

O espa�o demarcado al�m da escola � protegido por decreto estadual de 2010, mas, a rampa de voo, mesmo no topo de morro, n�o est� na �rea protegida. De acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent�vel (Semad), � �rea particular. Ambientalistas e turistas reclamam da situa��o irregular, mas representantes do clube, apesar de confirmar que n�o t�m alvar� de funcionamento, defendem a cobran�a. O esporte radical � admirado por muitos frequentadores, mas acidentes tem sido frequentes. S� nos dois �ltimos anos foram duas mortes e dois feridos.

Pulseira distribuída aos visitantes após o pagamento do pedágio(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Pulseira distribu�da aos visitantes ap�s o pagamento do ped�gio (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Quem quiser conhecer os contornos, a exuber�ncia da paisagem e a biodiversidade da serra por esse caminho tradicional agora encontra uma cerca e uma cancela de madeira bloqueando a passagem. Para atravessar, independentemente se vai assistir aos voos de parapente promovidos pelo CVBH, o visitante tem de desembolsar R$ 2. Ele recebe uma pulseira adesiva de cores brilhantes, como as que s�o geralmente usadas em festas e espet�culos para diferenciar o p�blico no acesso a espa�os vip. Quem se recusa a pagar s� tem uma op��o para seguir pelos morros, que � entrar pela trilha aberta por motocicletas de cross. Um caminho acidentado e mal demarcado, entre rochas de min�rio inclinadas e soltas.


Compensa��o

A tesoureira do CVBH, Gabriela Assimos, alega que a cobran�a � necess�ria para garantir a manuten��o das instala��es do clube, inclusive os banheiros, que podem ser usados por quem pratica voo livre e visitantes da serra. “O espa�o foi doado por mineradoras em 2008, como forma de compensa��o ambiental pela atividade. Abrimos aqui o espa�o para o voo e s� cobramos para ter manuten��o adequada”, disse. Mas que frequenta n�o ter inten��o de colaborar com a conserva��o do espa�o. Durante os voos, a reportagem do EM viu v�rios avi�ezinhos de papel sendo atirados por crian�as e embalagens de lanches sendo jogadas pr�ximas � pista.

Quem visita a serra estranha a cobran�a e a necessidade de uso da pulseira. “Achei que era uma taxa do Ibama ou de outro �rg�o ambiental para conservar a natureza, proteger os animais, n�o um dinheiro de entrada para um propriet�rio. N�o sabia que uma pessoa podia ser dona de uma montanha”, criticou a engenheira qu�mica Adriana Brito, de 44 anos, que veio a BH com cinco outros turistas de Salvador. “Sempre passamos pela trilha de cima da montanha depois do restaurante. Tomei um susto quando vi o bilhete escrito que n�o poderia passar sem pagar ingresso. Prefiro n�o ir at� l�. � um absurdo. N�o podem bloquear a montanha dos turistas”, protestou a m�dica Maria Gon�alves Pires, do Rio de Janeiro, que desistiu de tentar admirar a paisagem com um grupo de amigos mineiros.

Paraíso ecológico é reconhecido como Monumento Natural Estadual(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Para�so ecol�gico � reconhecido como Monumento Natural Estadual (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)


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