Mineiros relatam terror em voo da TAM que enfrentou turbul�ncia

S�o Paulo – Uma turbul�ncia de apenas 10 segundos no voo 8065 da TAM, vindo de Madri, na Espanha, com destino a Guarulhos (SP), deixou 15 pessoas feridas e obrigou o avi�o a fazer um pouso de emerg�ncia, na madrugada de ontem, no Aeroporto Internacional de Fortaleza. Entre os feridos, estava um casal de Uberl�ndia, que foi atendido no aeroporto e embarcou novamente para S�o Paulo. Uma das passageiras, a colombiana Tatiana Roncancio, de 32 anos, sofreu uma fratura na coluna. De acordo com o Hospital Instituto Dr. Jos� Frota, de Fortaleza, apesar disso ela est� conseguindo mexer os membros, inclusive as pernas. Tatiana tamb�m teve uma luxa��o no cotovelo.

A colombiana e outra estrangeira, a peruana Graciela Aguilar, de 52 anos, eram os �nicos feridos que permaneciam internados at� o in�cio da noite de ontem. Graciela tamb�m teve um trauma cervical, mas os exames n�o apontaram fratura na coluna. Segundo a assessoria do hospital, elas se chocaram contra o teto do avi�o no momento da turbul�ncia.

O voo partiu �s 18h11 (hor�rio de Bras�lia) da Espanha e deveria chegar ao aeroporto internacional de Guarulhos �s 4h55. Segundo relatos de passageiros, a turbul�ncia ocorreu por volta da 1h, em regi�o pr�xima � linha do Equador. Segundo a TAM, dos 15 feridos, tr�s eram tripulantes da aeronave. Dos 168 passageiros, 121 embarcaram novamente para S�o Paulo em outro voo da TAM, no in�cio da tarde.

O casal de Uberl�ndia (MG) relatou os momentos de tens�o. “Foi horr�vel, eu n�o gosto de ficar lembrando, porque foi horr�vel. Eu bati com a cabe�a e fez um galo. Muita gente se machucou, quem estava sem cinto machucou”, disse a funcion�ria p�blica Luciana Melo, de 48 anos. O marido dela, o gerente de obras Nilton Santos, de 50 anos, machucou as costas. “Achei que eu ia morrer. A primeira coisa que eu fiz foi pedir a Deus, rezei muito”, afirmou ele. Ambos embarcaram ontem mesmo para S�o Paulo, para pegar a conex�o � cidade mineira.

 

 

 

Impacto

Os passageiros contaram que a turbul�ncia foi muito forte e de r�pida dura��o, cerca de 10 segundos, mas suficiente para que pessoas fossem arremessadas contra o teto do avi�o. "O suficiente para jogar longe todo mundo que estava sem cinto", afirmou o programador Ricardo Pontes, de 23 anos. Segundo ele, n�o houve tempo para que o aviso de colocar os cintos de seguran�a fosse acionado. “Teve gente que bateu e cortou a cabe�a, que machucou o nariz. V�rias partes do avi�o foram danificadas com o impacto da batida de cabe�as. Muita gente entrou em p�nico. Uns choravam e outros rezavam. N�o aconteceu nada comigo porque eu estava sentado e usava cinto de seguran�a”, relatou Pontes. Segundo ele, muitos come�aram a gritar, desesperados. “Deu um pouco de medo. Parecia que ia cair ou que o avi�o tinha batido em alguma coisa. Uma senhora que estava de p�, aguardando para ir ao banheiro, caiu em cima do pr�prio bra�o e teve uma fratura”, contou ele.

O advogado Ricardo Ramires, de 33 anos, conta que "o c�u estava limpo" no momento do incidente. "Pelo que vi, n�o estava nublado, n�o tinha tempestade, nada disso. Simplesmente foi uma coisa repentina", disse. "Foi muito r�pido, eu estava meio adormecido, n�o parecia que a gente estava em uma zona de turbul�ncia. Teve uma quedinha pequena e de repente um estrondo, acho que foi mais das coisas que bateram. As pessoas que estavam sem cinto acabaram se machucando porque bateram no teto", lembra Ramires.

Logo ap�s o epis�dio, bombeiros e uma m�dica a bordo prestaram os primeiros socorros aos feridos e o comandante decidiu pousar em Fortaleza. A maioria foi atendida no aeroporto. Em nota, a TAM afirmou que "lamenta o ocorrido e est� prestando a assist�ncia necess�ria a seus passageiros e funcion�rios".