
Fim da linha para cinco dos sete principais membros de um grupo criminoso que se denomina Organiza��o Terrorista do Arara (O.T.A) e era detentor do dom�nio do tr�fico de drogas do conjunto de favelas do Aglomerado da Serra, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte. Ap�s a onda de ataques a �nibus e protestos da popula��o no fim de 2012, em retalia��o � morte de um dos moradores, a Pol�cia Civil come�ou a investigar os respons�veis por ordenar as a��es e identificou os cabe�as da quadrilha. S�o criminosos envolvidos em assassinatos, tentativas de homic�dios, amea�as, les�o corporal, furto e corrup��o ativa. Segundo a pol�cia, os suspeitos vinham promovendo o terror na localidade, andavam sempre armados e fazendo intimida��es � comunidade.

Est�o foragidos o chef�o do quadrilha, Alexandre Herm�nio Rosa, o Alex, primo do Clebinho; e Gustavo Rodrigues Silva, um dos colaboradores.O bando vinha sendo investigado desde novembro de 2012, quando ocorreu o ataque ao primeiro �nibus no Aglomerado da Serra. Um coletivo foi queimado ap�s a morte do pedreiro Helenilson Eust�quio da Silva Souza, de 24 anos, morto por policiais militares do Grupo Especializado de Policiamento em �rea de Risco (Gepar). Depois, mais ve�culos foram incendiados. Na ocasi�o, A PM afirmou que Souza reagiu a uma opera��o e que estaria armado. Moradores e familiares de Souza contestaram a vers�o policial, dando in�cio aos confrontos.
L�DERES
Segundo o delegado Alfeu Eg�dio Gomes, durante os levantamentos eles identificaram alguns dos menores envolvidos na a��o e, em continuidade aos trabalhos, chegaram at� os mandantes, os l�deres da fac��o criminosa O.T.A. Ap�s colher a prova ligando os suspeitos ao grupo criminoso, a Pol�cia Civil pediu � Justi�a a pris�o preventiva dos sete suspeitos.
“Os membros dessa quadrilha s�o de alta periculosidade. Eles t�m tatuagem de escorpi�o e aranha pelo corpo. S�o as marcas do grupo. Os integrantes fazem as tatuagem como forma de compromisso com o bando”, disse o policial. O nome do grupo faz refer�ncia a regi�o do aglomerado que � chamado de Arara.
Mans�o disfar�ada de barraco
Por fora, a casa onde Warley Pereira, o Z�io, vivia com a fam�lia n�o passava de um simples barrac�o. Mas quem entrava no im�vel, n�o tinha como n�o ficar admirado. A moradia de tr�s andares tem acabamento de luxo, quatro quartos, su�te e � toda mobiliada com bons m�veis. No terra�o, uma ampla �rea de churrasco.
O gerente do tr�fico tamb�m n�o fazia qualquer economia para agradar os filhos. Os meninos possuem muitos brinquedos, como motos el�tricas e video games, roupas e sapatos. “Os bens apreendidos com os suspeitos n�o est�o no nome deles. Eles j� prev�em a pris�o e colocam tudo em nome de laranjas. S�o parentes, amigos pr�ximos ou de pessoas que perderam ou tiveram os documentos roubados”, contou o delegado Samuel Neri.
ROUPAS E PERFUMES CAROS
Durante as buscas nas resid�ncias dos membros da quadrilha e das pessoas ligadas a eles, a Pol�cia Civil apreendeu roupas e cal�ados de marcas, perfumes importados, bebidas, video games e eletroeletr�nicos, tudo adquirido com o dinheiro do tr�fico. Tamb�m foram apreendidos cinco ve�culos – um Golf, um Polo, e tr�s motos, avaliados em mais de R$140 mil –, dois quilos de maconha, meio quilo de crack e meio quilo de coca�na.
A maior parte dos produtos foi encontrada na casa do Warley Pereira. “O Z�io gosta de ostenta��o, roupas de grife, usar t�nis da moda e perfume importado. A casa onde ele mora no aglomerado com a mulher e dois filhos � de alto padr�o”, informou o delegado Alfeu Eg�dio Gomes.
Ainda segundo o delegado, alguns dos materiais apreendidos tamb�m foram encontrados nas resid�ncias de moradores do aglomerado. As pessoas eram obrigadas a esconder drogas e objetos pessoais diante de amea�as, e ainda eram advertidas de poss�veis puni��es se algo sumisse ou estragasse.
