
O inqu�rito sobre um esquema de vendas de beb�s, descoberto pela Pol�cia Civil na �ltima ter�a-feira em Betim, na Grande BH, foi conclu�do nesta quarta-feira. O delegado Tito Barichello, da 3ª Delegacia de Betim, indiciou seis pessoas por tr�fico de crian�as, falsidade ideol�gica, entre outros crimes. As investiga��es v�o continuar para tentar encontrar mais ind�cios do grupo.
O caso foi descoberto na �ltima semana. A executiva Eliane Cristina Gon�alves Figueiredo Azzi,de 37 anos, foi presa em flagrante quando aguardava a alta de um rec�m-nascido no hospital Regional de Betim. A m�e do beb�, Jana�na Resende Carvalho, de 24, deu entrada com documentos falsos, n�o quis amamentar o menino e despertou a desconfian�a de assistentes sociais. No smartphone de Eliane, a pol�cia encontrou mensagens em que ela orienta Jana�na a informar dados falsos e inventar uma hist�ria sobre a crian�a, que seria entregue ao casal, Selena Castiel Gualberto, de 34, e Breno Azevedo, que s�o moradores de Porto Velho (RO).
No hospital, Eliane contou com a ajuda da funcion�ria da prefeitura de Betim, Cl�udia Gon�alves Denise Giani, que tentou pressionar os m�dicos para dar alta para o beb�. O marido de Eliane, Alexandre Azzi, tamb�m foi indiciado pela pol�cia.
Todos os seis envolvidos ir�o responder pelo crime de tr�fico de crian�as, cuja a pena � de um a quatro anos, e falsidade ideol�gica. Selena tamb�m vai responder por parto suposto, quando a pessoa toma um parto alheio como o pr�prio. As outras cinco pessoas responder�o como part�cipes deste crime.
O delegado Tito Barichello informou que o crime foi cometido porque o casal n�o podia ter filhos. “Ficou constatada que a motiva��o do crime por parte da Selena e do marido � a mesma dos casais que n�o tem filho e que n�o podem t�-los. E com isso buscam a compra ou a doa��o ilegal”, explicou. Ficou comprovado que o casal fez dois dep�sitos para Jana�na. Um no valor de R$ 500 e outro de R$ 1,5 mil. Barrichello adiantou que vai pedir a soltura da executiva Eliane Cristine, pois acredita que ela j� n�o pode mais atrapalhar nas investiga��es.

Den�ncia pode complicar indiciado
Enquanto o delegado dava entrevista sobre o caso na tarde desta quarta-feira, a pol�cia recebeu uma den�ncia an�nima, via 181, sobre o caso. Um investigador, que n�o se identificou, informou que se as informa��es forem confirmadas, o grupo tamb�m poder� responder por forma��o de quadrilha. O delegado explicou que eles n�o foram inclu�dos neste crime, pois se juntaram para praticar apenas um crime e a forma��o de quadrilha � comprovada quando h� a uni�o para cometer v�rios delitos.