
Belo Horizonte come�a o dia de hoje fazendo a contabilidade de uma das maiores ofensivas para cumprimento da Lei Seca j� realizadas na capital. Foram 24 horas de blitzes, com bases de fiscaliza��o em pelo menos oito pontos da cidade. Abordagens educativas tamb�m foram realizadas em bares no Bairro de Lourdes, Regi�o Centro-Sul, na noite de ontem. As a��es fazem parte da Semana Nacional de Tr�nsito e visam refor�ar na popula��o a mensagem de que dirigir alcoolizado n�o termina em impunidade. E a intensifica��o nas abordagens j� mostra resultado nas estat�sticas, com a queda dos flagrantes de condutores alcoolizados.
Dados da Pol�cia Civil mostram que de dezembro de 2012 at� o �ltimo 7 de setembro, 937 motoristas foram presos, dos quais 107 n�o pagaram fian�a e foram encaminhados aos centros de remanejamento do sistema prisional (Ceresps) da capital. Por�m, segundo o delegado do Departamento de Tr�nsito de Minas Gerais (Detran/MG) Ramon Sandoli, ainda falta muito para uma mudan�a geral de comportamento da popula��o. “Fazemos reuni�es semanais para ajustar as abordagens e encontrar melhores meios de autuar o motorista em flagrante", diz.
Quem foi parado na primeira blitz do dia, na Avenida do Andradas, no Bairro Santa Efig�nia, concordou com o aperto na repress�o. O analista de departamento pessoal Thiago Ribeiro, que diz s� beber socialmente, fez seu primeiro teste. Apesar de ver muitas blitzes por BH, s� foi parado duas vezes em cinco anos de carteira.
Pelo mesmo motivo, o motoqueiro Rog�rio Alexandre dos Santos acha que s�o necess�rias mais abordagens pela manh�. “� nessa hora que o pessoal sai das boates b�bado”, defende. Como n�o bebe, j� sabe o que vai fazer com os dois baf�metros descart�veis que ganhou. “Vou dar para o meu patr�o”, disse.
O subsecret�rio de Integra��o do Sistema de Defesa Social, Daniel Mallard, falou em um avan�o da conscientiza��o dos motoristas. Segundo ele, desde que as blitzes da Lei Seca foram implantadas, o �ndice de flagrante diminui consideravelmente. Em 2011, de um total de 5 mil abordagens, 12% dos motoristas estavam embriagados. Dos 30 mil parados no primeiro semestre de 2013, apenas 3% tinham algum sinal de �lcool no organismo. “Houve sim uma altera��o de comportamento. � preciso deixar claro que o Estado n�o combate a bebida, s� pede que haja lazer com responsabilidade”, diz.
Mallard tamb�m afirmou que � preciso um aprimoramento do sistema p�blico de transporte no munic�pio. “Estamos conversando com a BHTrans para que circulem mais �nibus durante a madrugada. Mas essa decis�o � do �mbito municipal.” A BHTrans informou que o transporte coletivo � ofertado de acordo com a demanda de passageiros. Por isso, o atendimento noturno � em menor escala.