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Estado de Minas

Em audi�ncia na CMBH, Centro Administrativo � tratado como certo para a Lagoinha

Prefeitura n�o confirma se nova sede ser� constru�da na regi�o, mas moradores j� est�o preocupados com impacto da obra


postado em 05/10/2013 06:00 / atualizado em 05/10/2013 07:14

Audiência na Câmara discutiu a construção do centro administrativo da PBH(foto: LEANDRO COURI/EM/D.A PRESS)
Audi�ncia na C�mara discutiu a constru��o do centro administrativo da PBH (foto: LEANDRO COURI/EM/D.A PRESS)
O prefeito Marcio Lacerda diz que ainda h� d�vida sobre o local onde o Centro Administrativo do munic�pio ser� constru�do, mas ontem, em audi�ncia p�blica na C�mara Municipal, a obra foi tratada como certa para a regi�o da Lagoinha, com in�cio em 2016. Embora ainda n�o haja projeto definido, que deve incluir a revitaliza��o dos bairros do entorno, o secret�rio-adjunto de Gest�o Compartilhada, Pier Giorgio Senesi Filho, informou que os 16 lotes indicados para desapropria��o est�o nas ruas Bonfim e Al�m Para�ba e na Avenida Pedro II. A desapropria��o para constru��o da obra preocupa moradores da regi�o.

Segundo Senesi, na pr�xima semana ser� formada comiss�o com funcion�rios das secretarias de Planejamento Urbano, Governo e Gest�o Compartilhada e representantes de associa��es de bairro para discutir e acompanhar o projeto. O secret�rio n�o soube informar quantas casas e fam�lias ser�o atingidas, nem confirmou se t�cnicos da prefeitura fazem medi��es na regi�o, como garantem moradores.

"O decreto foi necess�rio para conter a especula��o imobili�ria", disse o secret�rio. "Mas o processo de negocia��o ainda n�o come�ou. Os 16 terrenos indicados inicialmente est�o em piores condi��es. Os que est�o ocupados ainda podem ser levados em considera��o", afirmou.

Lacerda afirmou ao EM anteontem que as manifesta��es contr�rias ao centro s�o "tempestade em copo d'�gua". Na quinta-feira, depois de anunciar obras para o per�odo chuvoso, ele afirmou que o local para constru��o do complexo com a nova sede e as secretarias ainda n�o foi definido e que outras regi�es s�o estudadas pela PBH: "� uma ideia bem no in�cio. Pode ser l� ou em outro lugar. Advers�rios pol�ticos v�o ser aproveitar para criar factoides".

Ele confirmou para este m�s o lan�amento do concurso nacional de arquitetura, que convocar� interessados em firmar parceria para desenvolvimento do projeto. "BH precisa de um centro administrativo. Temos um custo alt�ssimo de alugu�is e log�stica. Ele pagaria logo os custos com a economia gerada", defendeu.

SERVI�OS NAS REGIONAIS Na audi�ncia da C�mara, a psic�loga e soci�loga Avanice Claret, de 49 anos, sugeriu o pr�dio desativado da Escola de Engenharia da UFMG, na Avenida do Contorno, na Regi�o Central. Moradora do Bonfim, em casa datada de 1888, onde o marido e os filhos nasceram, ela diz que a cidade n�o precisa de um centro administrativo. "Se est� sobrando dinheiro para construir este centro, melhor investir em infraestrutura, sa�de e educa��o. Se a quest�o � facilitar o acesso e o atendimento aos servi�os, o ideal � fazer as regionais funcionarem porque, nas secretarias, ningu�m � recebido".

Para a banc�ria Adriana Maia, de 37, o progresso � mais importante. "Moro na pior rua para viver, a Jaguar�o. � heran�a dos meus av�s, mas se minha casa estivesse na lista, eu conversaria. A rua alaga e n�o posso chegar tarde porque corro risco com a criminalidade e a cracol�ndia".

J� a professora Aline de Souza, de 30, assistia angustiada ao debate acalorado, com discuss�es sobre ideologia pol�tica e acusa��es entre associa��es de moradores. Ela mora com as irm�s num im�vel sem Habite-se e teme ser obrigada a sair sem receber restitui��o. "Recebemos carta da prefeitura informando que nossa casa seria desapropriada. Isso por si s� j� deixa um clima de terror", resumiu.

"Para que a gente consiga melhorias, n�o precisamos necessariamente do centro administrativo", afirmou a assistente social Fernanda de Paoli, de 27, que representava os av�s, moradores do Bonfim. "O fato de ser contra esse projeto n�o quer dizer que sou a favor de deixar o bairro �s tra�as". Na opini�o dela, criminalidade e moradores de rua s�o quest�es que se resolve com pol�ticas sociais, e n�o com obras.

O secret�rio afirmou que a escolha da Lagoinha se deve � mobilidade. "A regi�o ter� duas esta��es de metr�, uma subterr�nea, e ainda � pr�xima � conflu�ncia de dois terminais do BRT (o sistema Move, da sigla em ingl�s para bus rapid transit). Al�m disso, ser� feita consulta p�blica para constru��o em parceria p�blico-privada e o projeto deve privilegiar a revitaliza��o do entorno".


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