
O Estado de Minas teve acesso exclusivo a informa��es sobre o planejamento do sistema metropolitano, que servir� como complemento aos corredores das avenidas Vilarinho, Pedro I, Ant�nio Carlos e Cristiano Machado, com uma frota estimada em 310 coletivos (172 articulados com capacidade para 144 passageiros e 138 padrons para 100 pessoas), reduzindo em 90% (cerca de 500 �nibus) o n�mero de linhas no hipercentro de BH.
Com 19 novos trajetos troncais e a concentra��o de dezenas de linhas que hoje superlotam as ruas da Regi�o Central, o Move Metropolitano promete reduzir o tempo m�dio de viagem em at� 30%, transportando a m�dia de 240 mil passageiros/dia, em complemento �s novas linhas gerenciadas pela BHTrans, cujos primeiros testes ser�o feitos em fevereiro.
As esta��es S�o Gabriel e Vilarinho, na capital, em processo de reforma, ser�o as primeiras a receber o Move Metropolitano, no primeiro semestre de 2014, como parte de um plano da Setop que prev� a constru��o de 10 terminais, a maior parte na Grande BH. Do total de estruturas, quatro s�o dedicadas � opera��o exclusiva do BRT: Morro Alto, em Vespasiano; Justin�polis, em Ribeir�o das Neves; S�o Benedito, em Santa Luzia; e Bernardo Monteiro, ocupando a �rea da avenida de mesmo nome na regi�o hospitalar da capital. Somente o primeiro dos quatro terminais BRT previstos, contudo, teve as obras iniciadas, tamb�m com t�rmino programado para os seis primeiros meses de 2014.
H� ainda a previs�o de uso da atual rodovi�ria da capital, embora o planejamento da �rea ainda n�o tenha sido executado. O prazo m�dio de constru��o de cada terminal, segundo a Setop, � de 10 meses a um ano.
L�gica
O funcionamento do sistema metropolitano segue a l�gica do Move em BH: dos bairros ou munic�pios, os passageiros embarcar�o em linhas alimentadoras at� as esta��es, de onde partir�o �nibus articulados e do tipo padron, mais espa�osos, rumo a sete pontos da Grande BH, incluindo a regi�o hospitalar, a Alameda da Serra, em Nova Lima, e a Cidade Industrial, em Contagem. Algumas linhas executivas existentes, como as que interligam Lagoa Santa e Vespasiano ao Centro de BH, ser�o transformadas em linhas alimentadoras at� o terminal Morro Alto, mantendo a disponibilidade de ar-condicionado.
Ao longo dos corredores exclusivos, os passageiros ter�o a op��o de desembarcar em 20 esta��es de transfer�ncia na Avenida Ant�nio Carlos e oito ao longo da Cristiano Machado, de onde poder�o optar por embarcar em linhas da BHTrans, pagando segunda tarifa. Somados, os sistemas da capital e da Grande BH, o Move ter� uma frota de 670 �nibus.
Restri��o para itens de conforto em BH
Um dos diferenciais de conforto do BRT de BH, o c�mbio autom�tico n�o ser� empregado em toda a frota, conforme previsto inicialmente. Alterando as especifica��es do Decreto 15.019/2012, que detalha normas t�cnicas do sistema, a BHTrans decidiu retirar o item – que representaria menos trancos para os passageiros com o coletivo em movimento – dos �nibus padrons, esp�cie de BRT intermedi�rio que circular� dentro e fora dos corredores exclusivos.
O ar-condicionado, outro item de conforto, tamb�m n�o ser� aplicado nas linhas diametrais (bairro a bairro) integradas ao sistema, embora haja previs�o de uso de �nibus padrons iguais aos do BRT nesses itiner�rios.
A retirada do c�mbio autom�tico em pelo menos 200 (dos 400 primeiros) �nibus do Move de BH s� n�o se aplica aos coletivos articulados, maiores e mais espa�osos, por um detalhe: fabricantes n�o disponibilizam os chassis dos modelos – cujo pre�o m�dio � de R$ 750 mil – com transmiss�o manual.
A altera��o atende principalmente ao pedido dos cons�rcios, que teriam de adicionar o item ao pre�o dos chassis de motor dianteiro (mais baratos, econ�micos e por isso preferidos pelos empres�rios de BH), encarecendo o custo dos padrons, admitiu o diretor de Desenvolvimento e Implanta��o de Projetos da BHTrans, Daniel Marx Couto.
Um dos respons�veis pelo projeto de implanta��o do BRT, Marx admitiu que um complemento do decreto, com os ajustes, ser� publicado em breve pela BHTrans. “Se as empresas adicionassem o c�mbio autom�tico em um �nibus de motor dianteiro, somada a suspens�o a ar, o pre�o ficaria muito pr�ximo do de um �nibus com motor traseiro. O custo de manuten��o desse tipo de c�mbio tamb�m � maior”, argumenta.
Segundo ele, as linhas diametrais que far�o uso dos corredores exclusivos n�o ter�o refrigera��o devido � quantidade de pontos. “O sobe e desce de passageiros � muito maior do que no corredor exclusivo”, acrescenta.