Thiago Lemos

O crime ocorreu em uma casa na Rua Joaquim Carmagos, onde Wu�nia, que seria garota de programa, estava morando de favor com uma amiga. Segundo a dona do im�vel, de 18 anos, ao chegar em casa pela manh�, ela encontrou a amiga aos prantos dizendo que a filha tinha passado mal e morrido. “Ela disse que a l�ngua da beb� enrolou e que ela tentou reanim�-la”. revela. Em seguida, a suspeita pediu para que a amiga n�o chamasse a pol�cia porque ela iria ser presa e deixou o local.
Assustada com a situa��o, a moradora pediu socorro para uma vizinha. A mulher contou que a crian�a estava nua, gelada, r�gida e ainda tinha sangue na boca e nariz. Apesar de constatarem a morte, as duas acionaram o Servi�o de Atendimento M�vel de Urg�ncia (Samu), que confirmou o �bito. A Pol�cia Militar tamb�m foi chamada.
De acordo com o sargento Nilton Braga, testemunhas contaram que a jovem estava na companhia de um homem de madrugada e que essa pessoa foi vista pedindo leite aos vizinhos para dar � menina. Elas disseram n�o ter ouvido nenhum barulho e nem choro da crian�a. Ainda segundo o PM, ap�s buscas, a suspeita foi encontrada no bairro vizinho �gua Branca, na casa de um ex-companheiro, que seria o pai da beb� morta e com quem ela tem um filho de tr�s anos.
Aos policiais, a jovem negou o crime e admitiu ter usado coca�na durante toda a noite. Ela contou que por volta das 3h foi amamentar a menina e ela estava enrolando a l�ngua. Wu�nia afirmou ainda que tentou sacudir a filha na tentativa de reanim�-la, e que nesse momento a cabe�a da beb� teria batido na pia. As outras les�es, segundo ela, tamb�m teriam acontecido devido a suposta tentativa de salvamento.
IML A suspeita foi levada para a 6º Delegacia e o delegado Josu� Silva Brand�o, com base nos laudos preliminares do Instituto M�dico Legal (IML), entendeu que houve um assassinato. A jovem foi autuada por homic�dio duplamente qualificado – por emprego de asfixia e pelo fato de a v�tima n�o ter tido chance de defesa. Entretanto, se as investiga��es comprovarem que a suspeita agiu sob influencia de estado puerperal, transtornos psiqui�tricos p�s-parto, ela responder� por infantic�dio, cujo pena � de at� seis anos de reclus�o, contra os 12 anos m�nimos aplicados por homic�dio.