Fl�via Ayer
Um tiroteio na porta de uma casa de shows no Bairro Floresta, na Regi�o Leste de Belo Horizonte, deixou quatro jovens feridos e moradores assustados. Por volta das 4h de ontem, dois homens em uma motocicleta atiraram em um jovem de 17 anos e em tr�s garotas, uma de 17 e duas de 18 anos. Eles haviam sa�do de um baile funk em uma boate da Avenida Assis Chateaubriand, pr�ximo ao Viaduto de Santa Tereza. As motiva��es do crime ainda n�o foram esclarecidas. Mas, segundo vizinhos, n�o foi a primeira vez que epis�dios desse tipo ocorreram no local.
De acordo com a Pol�cia Militar, o menor M.W.M.B., de 17, seria o alvo dos disparos e levou tiros no ombro e no abd�men. As amigas Juliana Guedes Scarpelli e Julianna Evangelista Zagnoli, ambas de 18, e P.R.S., de 17, estavam pr�ximas e tamb�m foram atingidas. Os dois homens, que estavam em uma moto vermelha, sem placa, fugiram e ainda n�o foram identificados. Eles usaram uma pistola 9mm. As v�timas foram levadas para o Hospital de Pronto-Socorro Jo�o XXIII.
No hospital, as fam�lias dos jovens tentavam entender as raz�es dos disparos. A m�e de M.W.M.B., a auxiliar de servi�os gerais Andr�ia Moreira, de 42, conta que o filho estuda, trabalha como office boy e n�o tem qualquer envolvimento com crimes. Morador do Bairro Vila Pinho, no Barreiro, ele havia ido ao baile funk com uma prima. “Ele n�o bebe, n�o fuma e era a primeira vez que foi nessa boate. Eles estavam indo pegar o t�xi”, conta Andr�ia. O adolescente passou por cirurgia e est� com quadro de sa�de est�vel, mas sem previs�o de alta.
De acordo com as fam�lias, o rapaz n�o conhecia as outras jovens feridas. Juliana Guedes, Julianna Zagnoli e P.R.S. trabalham juntas numa rede de fast-food. Segundo a m�e de P.R.S., Erlane Rodrigues, de 43, tamb�m era a primeira vez que as tr�s iam � casa de shows. “Elas tamb�m estavam esperando um t�xi na esquina e foram atingidas. Na hora do desespero, ningu�m sabe de nada. N�o temos ideia de quem atirou”, afirma.
PERIGO Enquanto isso, moradores reclamam do perigo na porta da boate. “Minha filha tinha acabado de chegar em casa depois de uma festa e escutamos os quatro tiros. Sempre tem confus�o nessa boate e estamos tentando encontrar formas de tir�-la daqui, mas est� complicado”, reclama o morador de um pr�dio nos arredores, Alberto Horta, de 57, h� 20 anos no bairro. “Tem mais de um ano que a situa��o est� complicada com esses bailes funk”, diz.
A Central de Flagrantes da Pol�cia Civil recebeu a ocorr�ncia e encaminhou para a 1ª Delegacia de Pol�cia Civil, que vai investigar o caso. Por telefone, a reportagem procurou a casa de shows e os respons�veis pelo estabelecimento, mas n�o encontrou ningu�m para se posicionar sobre o assunto.