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Estado de Minas

Justi�a fecha casa de shows que realizava bailes funk no Bairro Floresta

Depois de pedido do MP, liminar interdita boate onde ocorrem bailes funk, alvo de queixas frequentes de vizinhos devido a tumultos como o de domingo, quando jovens foram baleados


postado em 05/11/2013 06:00 / atualizado em 05/11/2013 08:09

Interdição foi motivada por falta de tratamento acústico e de projeto contra fogo aprovado pelos bombeiros(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Interdi��o foi motivada por falta de tratamento ac�stico e de projeto contra fogo aprovado pelos bombeiros (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

 

A Justi�a determina hoje o fechamento da casa de shows Forest House, no Bairro Floresta, na Regi�o Leste de Belo Horizonte, at� que sejam implantados projeto de combate a inc�ndio e p�nico aprovado pelo Corpo de Bombeiros e tratamento ac�stico adequado �s exig�ncias da Prefeitura de BH. O funcionamento da casa vem sendo questionado por vizinhos, devido a incidentes como o ocorrido na madrugada de domingo, depois de um baile funk na boate, quatro jovens, dois deles menores, foram baleados na porta do estabelecimento, na Avenida Assis Chateaubriand.


De acordo com a ju�za Cl�udia Aparecida Coimbra Alves, da 11ª Vara C�vel de BH, caso a liminar, cujo texto deve ser publicado hoje no Di�rio Oficial do Estado, n�o seja cumprida, o propriet�rio est� sujeito a multa di�ria de R$ 5 mil. A decis�o que interdita a boate atende a a��o civil p�blica proposta pelo Minist�rio P�blico, por meio da Promotoria de Habita��o e Urbanismo. Segundo o MP, a casa funciona sem adequa��o ac�stica e sem projeto de preven��o a inc�ndio e p�nico. Uma peti��o assinada por mais de 500 moradores de pr�dios vizinhos do estabelecimento foi entregue � promotoria com den�ncia sobre irregularidades na casa.


O estabelecimento chegou a ser interditado mais de uma vez, a �ltima delas em a��o conjunta dos Bombeiros e da fiscaliza��o municipal, no in�cio do ano, quando ainda funcionava com outro nome. “N�o conseguimos entender como uma boate cujo forro � feito de sap� e de lona pl�stica pode funcionar. Isso � uma bomba-rel�gio”, questiona o s�ndico do Edif�cio Parque Monjolo, que fica ao lado da Forest House, o professor universit�rio Ricardo Freitas, de 50 anos. “O barulho durante a madrugada � infernal. Ningu�m consegue dormir”, conta.


N�o bastassem as defici�ncias de infraestrutura, problemas de viol�ncia tornaram-se recorrentes desde que o estabelecimento come�ou a promover bailes funk. As c�meras do condom�nio j� flagraram roubos, brigas, carros trafegando na contram�o at� tumulto entre os frequentadores, como na madrugada de domingo, depois que dois homens em uma motocicleta atiraram em quatro jovens na porta da casa. Outras cenas, registradas em outubro, mostram quando um homem bateu em dois rapazes embriagados, com peda�os de paus, e roubou seus t�nis. “Os �rg�os p�blicos t�m que tomar alguma atitude em rela��o ao local, conter a desordem, o som alto e a confus�o ao fim dos eventos”, afirma Ricardo.

Vizinhos denunciam que telhado com palha e coberto de lona agrava riscos(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Vizinhos denunciam que telhado com palha e coberto de lona agrava riscos (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)


A Regional Centro-Sul, respons�vel pela �rea, informou por nota que o local j� foi alvo de a��es fiscais referentes � polui��o sonora, inclusive com multa e interdi��o do estabelecimento por esse motivo, em dezembro de 2012. “Para a desinterdi��o, o respons�vel assinou termo de compromisso de sanar o problema. Contudo, durante novas a��es fiscais, que prosseguiram ap�s a assinatura do termo, o propriet�rio foi notificado por descumprimento e poder� ter o alvar� cassado ap�s conclus�o da a��o fiscal, conforme previs�es legais”, diz o texto.


O dono da casa noturna, Davi Xavier, afirma que o projeto de preven��o de inc�ndios foi enviado ao Corpo de Bombeiros para aprova��o e a adequa��o ac�stica tamb�m foi feita. “Reabrimos porque est� tudo legal”, diz. Quanto ao tiroteio no s�bado, ele ressalta n�o ter qualquer rela��o com o estabelecimento. “A casa fecha �s 3h e os tiros foram perto das 4h. Temos seguran�as que olham as carteiras de identidade e os menores n�o poderiam estar l�, a n�o ser que tenham falsificado a carteira. Isso � falsidade ideol�gica”, ressalta. O Corpo de Bombeiros n�o se pronunciou sobre o caso at� o fechamento desta edi��o.


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