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Estado de Minas

Excesso de velocidade aumenta o risco de acidentes em at� 60%

F�rmula da OMS aplicada aos dois corredores com mais desastres em BH dobra amea�a de ocorr�ncias fatais


postado em 16/11/2013 00:12 / atualizado em 16/11/2013 08:03

Trafegar pela Cristiano Machado, avenida de Belo Horizonte que liga o Centro ao Vetor Norte, chega a ser at� 60% mais perigoso, com risco de mortalidade at� 100% maior, por causa do desrespeito ao limite de velocidade. O perigo naquele que � apontado por Detran e BHTrans como o corredor onde mais ocorrem batidas e atropelamentos na cidade pode ser medido a partir de f�rmula de probabilidade de colis�es no tr�fego divulgada pela Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), em raz�o das atividades do Dia Mundial em Mem�ria das V�timas de Acidentes, que acontece amanh�. Pelos c�lculos, para cada 1% acima da velocidade m�xima permitida em determinado trecho, os motoristas est�o expostos a possibilidade 3% maior de acidente e at� 5% maior de morte. Usando essa f�rmula, a equipe do Estado de Minas percorreu os cinco corredores onde ocorrem mais desastres em BH e registrou a velocidade m�dia nos trechos com mais ocorr�ncias, constatando que a acelera��o excessiva est� entre as principais amea�as nesses pontos.

Conhecer lugares onde s�o maiores os riscos de acidente em Belo Horizonte � especialmente importante quando se constata que o n�mero de interna��es de v�timas do tr�nsito na capital neste ano supera com folga os registros dos �ltimos tr�s anos, de acordo com o Sistema �nico de Sa�de. Em BH, entre janeiro e agosto de 2013 4.435 interna��es foram motivadas por batidas, capotamentos, atropelamentos e outros tipos de desastres. O �ndice � 14% superior ao do mesmo per�odo do ano passado, quando houve 3.884 interna��es pelos mesmos motivos nos hospitais p�blicos, e est� 28% acima da m�dia dos �ltimos tr�s anos, de 3.467 casos.

A Avenida Cristiano Machado e o Anel Rodovi�rio de BH, campe�es de acidentes na cidade, s�o tamb�m as vias onde o desafio aos limites de velocidade se mostrou um perigo mais presente. Na Cristiano Machado, a velocidade m�xima permitida � de 60 km/h. No trecho ap�s o cruzamento com a Rua Jacu�, no Bairro Uni�o, Nordeste de BH, em cinco minutos de medi��o, a passagem de 54 ve�culos teve velocidade m�dia de 72 km/h, ou 20% acima do permitido, em �rea fora do alcance dos radares fixos.
Embora as estat�sticas oficiais sobre acidentes na capital estejam dois anos defasadas, dados fornecidos pelo Detran mostram que s� em 2011 houve 947 acidentes na Cristiano Machado. Motoristas, passageiros e pedestres que precisam passar pelo corredor enfrentam diversos perigos. Entre as medi��es de velocidade, a equipe do EM chegou a registrar uma motocicleta que acelerou a 118 km/h, superando o limite em 97%. De acordo com a f�rmula da OMS, essa velocidade amplia o risco de acidentes em 291% e o de morte em 485%.

A composi��o do tr�fego da Cristiano Machado torna ainda mais perigoso o abuso de velocidade. Entre �nibus e carros circulando a 82 km/h, o EM flagrou cinco carro�as de entulho puxadas por cavalos fazendo zigue-zague para desviar dos ve�culos, principalmente quando encontravam �nibus parados em pontos.

Tantos problemas afugentam condutores que podem mudar de caminho para n�o correr tantos riscos. “Se posso evitar, n�o passo pela Cristiano Machado. O tr�nsito aqui � ca�tico e temos de nos preocupar com motocilcetas e carroceiros que aparecem de repente. J� vi muita gente sofrendo e sendo atendida pelo Samu e os bombeiros. Mas a gente precisa trabalhar e por isso tem de passar aqui �s vezes”, afirma o funcion�rio p�blico Daniel de Paula, de 29 anos.

No Anel Rodovi�rio, na altura do viaduto da Avenida Carlos Luz, no Bairro Cai�aras, Noroeste de BH, o limite de velocidade � de 80km/h para ve�culos leves e 60km/h para os demais. Contudo, medi��o feita pela reportagem registrou velocidade m�dia de 88km/h, ou 10% superior � m�xima permitida. O risco de se envolver em acidente em um tr�fego com esse ritmo chega a ser 30% maior que em outras vias, e o de desastres fatais, 50% superior, pela f�rmula da OMS. Mas foram flagrados abusos ainda maiores nas pistas, com caminhoneiros trafegando acima de 100km/h.

Para piorar, o tr�fego acelerado de ve�culos pela via que corta a capital enfrenta v�rios gargalos. Entre os principais est�o estreitamentos de pistas em viadutos e os acessos marginais. Nesse �ltimo caso, ve�culos entram na pista principal com velocidades muitas vezes incompat�veis ou precisam fazer convers�es mais lentas para seguir em dire��o a bairros pr�ximos.

Saiba mais
A EQUA��O DO PERIGO

A Organiza��o Mundial da Sa�de chegou � f�rmula que relaciona risco de acidentes e de mortes ao aumento da velocidade por meio de c�lculos baseados em relat�rios de ocorr�ncias de tr�nsito enviados por todo o mundo e compilados em 2004. Pela equa��o, quando se ultrapassa em 1% o limite de velocidade em uma via, os riscos m�dios sobem 3% e o perigo de morte cresce at� 5%. “A alta velocidade e o �lcool s�o os dois componentes de acidentes mais exaustivamente estudados pela OMS”, informou o escrit�rio brasileiro da entidade. Por meio da f�rmula, a OMS chama a aten��o para o Dia Mundial em Mem�ria das V�timas do Tr�nsito, que ocorre a cada terceiro domingo de novembro. A data foi oficializada pela Assembleia Geral das Na��es Unidas em outubro de 2005 e tem como objetivo evidenciar o grande n�mero de les�es e �bitos decorrentes do tr�fego, seu grande impacto na sa�de p�blica e a necessidade de se adotarem medidas em rela��o a essa trag�dia.


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