
''A ado��o precisa de um processo e existe uma fila. � preciso se inscrever no Juizado (da Inf�ncia e Juventude), as fam�lias s�o analisadas e tudo deve passar pela Justi�a'', informou o delegado. Ele solicitou � delegacia de crimes de internet para identificar os respons�veis e a localiza��o da hospedagem da p�gina.
O entendimento da pol�cia do Rio, no entanto, ainda n�o � o mesmo de Minas. Em fase de an�lise das conversas trocadas por e-mails entre Renata e a adolescente, policiais mineiros ainda n�o encontraram dado concreto que prove o envolvimento dos respons�veis pela p�gina na pr�tica de crimes. ''S�o 97 folhas com as trocas de e-mails. Tudo est� sendo analisado. Em caso positivo, o site ser� investigado'', afirmou o chefe do Departamento de Opera��es Especiais da Pol�cia Civil (Deoesp), Wanderson Gomes. A princ�pio, a p�gina foi vista apenas como espa�o de orienta��o no processo de ado��o e foi usada pelas duas mulheres como forma de contato para a doa��o da crian�a.
O casal de adolescentes que veio a BH de t�xi no s�bado para buscar o beb� foi apresentado ontem � Vara da Inf�ncia e Juventude do Rio, onde participou de audi�ncia. At� o in�cio da noite, no entanto, eles ainda n�o haviam sido liberados. A av� da jovem disse que est� arrasada e que a neta n�o sequestrou a crian�a.
O delegado Eduardo Soares explicou que os adolescentes podem responder por ato infracional com base no artigo 237 do Estatuto da Crian�a e do Adolescente (ECA). O texto trata da subtra��o de incapaz para coloca��o em lar substituto. Eles poderiam ser punidos com a determina��o de cumprimento de medida socioeducativa ou serem levados para centros de interna��o de menores.
TR�FICO Ambas as pol�cias n�o v�em na negocia��o para entrega do beb� ind�cios de envolvimento com tr�fico de crian�as. ''N�o foi constatado nos mais de 20 e-mails trocados entre a m�e biol�gica nenhuma negocia��o sobre valores. O casal tamb�m nega que tenha pago. Apenas disseram que queriam uma crian�a e que pagaram R$ 1 mil a um taxista para busc�-lo em Minas'', disse Eduardo.
Nas conversas eletr�nicas iniciadas em outubro, Renata chegou a dizer � adolescente que queria doar o filho, mas que n�o poderia revelar o motivo. Tamb�m pedia para que a garota cuidasse bem da crian�a. Em um dos �ltimos e-mails combinaram o encontro na rodovi�ria, dizendo a cor das roupas com que estariam.
Depress�o p�s-parto
A depress�o p�s-parto atinge 10% das mulheres e leva ao afastamento do conv�vio social e familiar. Pode ser percebida por dificuldades na amamenta��o e � relacionada com o hist�rico de doen�as psiqui�tricas na fam�lia. O tratamento � feito com terapia e, em casos mais graves, medica��o. O processo, �s vezes, pode passar despercebido por parentes, at� chegar a uma situa��o extrema. Se n�o tratada, a depress�o p�s-parto pode levar a m�e a desprezar o beb�. Um dos problemas que dificulta a identifica��o da doen�a � a rotina de cuidados com a crian�a nos primeiros meses, como choro excessivo, noites mal dormidas e cansa�o da m�e.