
O vigilante Johney Lima Santos Nulhia, de 24, � o pai do pequeno Arthur, de 2 meses, que foi doado pela m�e Renata Soares da Costa, de 19 anos. O exame de DNA comprovou a paternidade, ap�s d�vida levantada pela m�e em depoimento para a Pol�cia Civil. A d�vida dela chegou a ser cogitada como motiva��o para a entrega do menino. A crian�a est� com o pai na casa da fam�lia dele. A resid�ncia onde moravam, antes do crime cometido por Renata, foi alvo de um inc�ndio no domingo e tudo indica que o fogo tenha sido provocado propositalmente.
Na semana retrasada, Renata entregou o menino a um casal de adolescentes do Rio e dizia que o beb� tinha sido raptado no Centro de BH, mas a pol�cia descobriu que a vers�o era uma farsa. Na segunda-feira passada, Arthur foi achado e entregue ao pai e a jovem declarou ter cometido o crime e n�o ter certeza sobre a paternidade da crian�a. Depois de ter sido presa em 25 de novembro, ela recebeu a liberdade provis�ria na �ltima sexta-feira e, segundo sua advogada, para preserv�-la e com medo das amea�as, ela foi encaminhada para uma fazenda em Po�os de Caldas, no Sul de Minas.
A casa onde a fam�lia morava em Nova Contagem, na Grande BH, foi incendiada e a principal hip�tese da per�cia, vizinhos e familiares de Renata � de que o fogo tenha sido intencional. No momento do inc�ndio, na madrugada de ontem, n�o havia ningu�m no im�vel. Desde a descoberta de que a jovem tinha entregado o beb�, o que teve repercuss�o nacional, a mulher, segundo afirma sua advogada, Claudin�ia Gon�alves, estava sendo amea�ada por populares. “Ela est� com medo de retalia��es. Felizmente n�o havia ningu�m na resid�ncia. Vamos arranjar um lugar seguro para ela ficar, o erro dela n�o justifica um crime como esse”, disse Claudin�ia.
Antes de cometer o crime, Renata, o filho e Johney, com quem mantinha um relacionamento havia quatro anos, moravam nesse barrac�o de 32 metros quadrados fazia seis meses. O im�vel pertencia ao pai de Renata, Paulino Ferreira da Costa, de 46, e estava localizado em um terreno com outros quatro barrac�es, que Paulino aluga para outros moradores. O �nico acesso para todos eles � um port�o que, segundo os vizinhos, tem livre acesso, j� que n�o � trancado. Muitos contaram que uma estranha movimenta��o na rua come�ou � meia-noite. “Por volta das 4h, ouvimos os estrondos e, quando acordei, o fogo estava alastrando por todo o barrac�o”, conta um dos vizinhos, o pedreiro Adair Liberato.
V�rios objetos foram queimados, como mesa, colch�o e outros m�veis. O que mais chamou a aten��o dos curiosos e tamb�m da advogada � que os eletrodom�sticos de maior valor, como a geladeira, fog�o e at� mesmo o computador do casal, n�o estavam mais na casa. Segundo o irm�o de Johney, Darlan Lima Santos, de 17, Johney tinha retirado tudo aquilo que lhe pertencia depois da descoberta do caso. No entanto, Johney alegou ter retirado apenas o ber�o da crian�a. “Estou muito chocado com tudo isso. � muito triste ver o lugar onde morei dessa forma”, disse Johney, emocionado.
VINGAN�A
Parentes disseram que Renata ficou muito triste ao saber do inc�ndio e que ela est� muito arrependida por ter entregue o filho a um casal do Rio de Janeiro. “Ficamos muito chocados com essa poss�vel vingan�a contra a nossa filha. Quem fez isso queria prejudic�-la”, disse Paulino, que acredita que h� ainda muita coisa a ser descoberta nessa hist�ria. “H� mais pessoas envolvidas nisso”, disse. Para a m�e de Renata, Maria Aparecida Gomes Soares da Costa, a jovem est� doente e precisa de tratamento. “N�o h� explica��o para o que ocorreu.” Johney tamb�m desconfia que a mulher esteja sofrendo de uma psicose p�s-parto e disse � sogra que j� arranjou um psiquiatra para ajud�-la. “N�o quero o mal dela. Ontem (s�bado) queria levar Arthur para v�-la. Estou preocupado com o estado emocional dela.
(Com informa��es de Luciane Evans)