
A quadrilha presa durante uma opera��o da Pol�cia Civil por fraudar vestibulares de medicina em faculdades de Minas Gerais e no Rio de Janeiro, aplicou o golpe em sete institui��es mineiras. A organiza��o criminosa cobrava entre R$ 30 mil e R$ 140 mil aos interessados pelo “servi�o”. Os candidatos recebiam as respostas atrav�s de pontos eletr�nicos, celulares. Ao todo, 21 pessoas foram presas e R$ 300 mil e 25 mil d�lares apreendidos com os envolvidos.
A investiga��o foi inciada pela pol�cia h� oito meses pela Delegacia Regional de Caratinga, na Regi�ao do Rio Doce. Durante as apura��es, a pol�cia conseguiu identificar os l�deres da quadrilha e os outros envolvidos na a��o criminosa. Ao todo, foram cumpridos 21 mandados de pris�o e outros 32 de busca e apreens�o.
Foram presos: o funcion�rio p�blico aposentado Quintino Ribeiro Neto, de 63 anos, e Maria Aparecida Calazani, de 37, considerados os l�deres do grupo, Jos� Cl�udio de Oliveira, de 41, Mirela de Souza Faria, de 33, e Samyra Sarah Marques, de 26, apontados como agenciadores, al�m de R�mulo de Abreu Neto, de 56, Talytta Cristine da Silva, de 26 anos, e Spencer Almeida de Oliveira, de 22, Azenclever Eduardo Rog�rio, de 39, Micheline Vieira Ribeiro, Eduardo Carlos Pereira, Michela Vieira Ribeiro Pereira, Shirlene Teixeira Reis Vieira e Lorena Rocha Marques, de 22.
No Rio de Janeiro, foram presos Marcelo Alves Vasconcelos, de 25, Sergiane Rodrigues Calazani, de 32, Ant�nio Camillo de Souza Neto, de 39, Gl�ucia Adriana de Carvalho Peixoto, de 44, a dentista Evanelle Franciane de Souza, Nathalie Franco Savino, de 30, e Jorge Rodrigues de Oliveira, de 60 anos.
De acordo com o delegado Fernando Lima, entre os presos est�o m�dicos que usaram a a��o fraudulenta para ingressar os filhos no curso de medicina. “S�o estudantes de medicinas, m�dicos, pais de estudantes de medicina, que tomaram conhecimento da fraude e que a utilizaram para realizar o sonho dos filhos”, diz.
A a��o deve continuar para prender outros envolvidos na quadrilha que ainda n�o foram encontrados. “As pris�es e apreens�es fecham uma etapa importante da investiga��o, mas o trabalho n�o termina aqui. Pelo contr�rio, vamos aprofundar os levantamentos a fim de solidificar ainda mais a nossa convic��o de que desvendamos um esquema criminoso altamente rent�vel e que permitia a entrada de profissionais despreparados no mercado da Medicina”, explicou o superintendente de Investiga��es e Pol�cia Judici�ria, delegado Jeferson Botelho.
Os presos responder�o por envolvimento por associa��o criminosa, fraude de certames de interesse p�blico, estelionato, falsifica��o de documentos p�blicos e de documentos particulares, falsidade ideol�gica, falsa identidade e lavagem de dinheiro.
Como funcionava o esquema
A quadrilha utilizava duas maneiras para fazer a fraude. A primeira delas, o candidato recebia o gabarito da prova atrav�s de mensagens de textos em celulares ou por ponto eletr�nico. Para essa atividade il�cita, o grupo cobrava entre R$ 30 e R$ 45 mil.
O outro m�todo � o chamado vaga direta. Neste, o candidato pagava entre R$ 120 e R$ 150 mil. A pessoa fazia a prova e tinha a vaga garantida na universidade independente da nota do exame.
Veja a lista das faculdades que foram v�timas da fraude
Unipac de Juiz de Fora, PUC Betim, Faminas de Belo Horizonte, Unec de Caratinga, UI de Ita�na, Univa�o de Ipatinga e Funjob de Barbacena, Unig de Itaperuna e Nova Igua�u (RJ), Unifeso de Teres�polis (RJ), FMP de Petr�polis (RJ). De acordo com a Pol�cia Civil, as institui��es ser�o investigadas em rela��o a venda direta.