Segundo a Pol�cia Civil, 21 golpistas foram identificados, desempenhando pap�is diferentes no esquema. Os cabe�as foram denominados coordenadores e, de acordo com a investiga��o, t�m informa��es privilegiadas sobre os testes e faculdades. Sob sua influ�ncia est�o os pilotos, extremamente inteligentes e especializados em resolver provas de vestibular. Esse grupo fazia os exames e fornecia o gabarito que a quadrilha repassaria aos compradores de vagas. Entre os presos aparecem ainda os designados para agenciar clientes. As buscas foram feitas em 32 endere�os, onde agentes apreenderam R$ 500 mil em dinheiro e vasto material, como documentos, pontos eletr�nicos, celulares, testes, um carro e at� muni��o de uso restrito.
“A partir de agora a investiga��o vai apontar para os ‘insiders’, golpistas que atuariam dentro das faculdades. Vamos investigar qual � a participa��o deles”, diz o delegado Fernando Lima. O policial explica que o grupo � t�o especializado que at� os celulares eram preparados para que n�o fossem flagrados por detectores de metal. “Eles iam at� lojas de celular para preparar o telefone. Em alguns casos tiravam o alto-falante, maior pe�a met�lica, j� que s� precisariam ler as mensagens com o gabarito”, acrescenta Lima. O delegado explicou tamb�m que, para dar celeridade ao processo, os pilotos se dividiam por mat�rias. “Cada um fazia uma mat�ria e sa�a bem cedo da prova. De posse do gabarito, o coordenador disparava para os candidatos.”
Entre os presos h� estudantes acusados de comprar vagas que, seduzidos pela rentabilidade da atividade que beneficiou mais de 50 pessoas apenas durante os oito meses da investiga��o, teriam migrado para o lado ativo da quadrilha. Tamb�m s�o suspeitos de participar do esquema m�dicos, estudantes de medicina, pais de estudantes, al�m de um funcion�rio p�blico aposentado e um fazendeiro. Segundo a Pol�cia Civil, n�o h� informa��o que ligue a fraude ao Exame Nacional do Ensino M�dio (Enem). S� depois da conclus�o do inqu�rito � que os policiais poder�o afirmar se a prova nacional tamb�m foi alvo dos bandidos.
Em Minas, figuram como alvos de fraude no vestibular, al�m das tr�s institui��es de BH, a Faculdade de Medicina de Barbacena (Fame); o Centro Universit�rio de Caratinga (Unec); Universidade Presidente Ant�nio Carlos (Unipac), de Juiz de Fora; Universidade de Ita�na; e Universidade do Vale do A�o (Univa�o) de Ipatinga. No Rio de Janeiro aparecem nas investiga��es a Universidade Igua�u (Unig), de Itaperuna e de Nova Igua�u; Faculdade de Medicina de Petr�polis (FMP); e Unifeso, de Teres�polis.
PF desbaratou bando em 2012