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Estado de Minas

Mais de 100 cachorros s�o resgatados em Santa Luzia

Animais foram levados para abrigo, tratados e tosados. Alguns dos cachorros poder�o ser adotados


postado em 05/12/2013 06:00

 Poodles estavam na casa de idoso que cuidava deles com dificuldade e contava com ajuda de amigos(foto: Projeto Lobo Alfa/Divulgação)
Poodles estavam na casa de idoso que cuidava deles com dificuldade e contava com ajuda de amigos (foto: Projeto Lobo Alfa/Divulga��o)

Na fic��o, a personagem Cruela quer transformar a pele de 101 d�lmatas em um casaco. Na vida real, em Santa Luzia, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, mais de 100 poodles mesti�os foram resgatados por um advogado defensor dos animais. Eles viviam com pouca comida e sujos, mantidos por um senhor apaixonado por bichos, mas que n�o conseguia cuidar deles mesmo tendo ajuda de algumas pessoas. Pinchers tamb�m estavam na casa quando Crispim Zuin Neto chegou para lev�-los a uma organiza��o n�o governamental.

De todos os poodle-latas – mistura de poodle com vira-latas –, 28 j� foram vacinados, castrados, tosados e examinados pela ONG C�o Viver, que tem sede no Bairro Bra�nas, na Regi�o da Pampulha, em Belo Horizonte. Desses, quatro machos foram adotados e 15 f�meas est�o sob tutela de outra ativista da causa dos animais. Uma feira ser� realizada dia 14 em busca de novos donos para os oito machos restantes e algumas das f�meas.

Idealizador do projeto Lobo Alfa, Crispim foi contatado por um vizinho do “colecionador” de poodles por meio da p�gina do movimento na internet. “Fui l� e convenci o dono a tratar alguns machos que j� estavam castrados. Um outro grupo tinha feito a castra��o de alguns, mas deixou dois cachorros inteiros, o que era suficiente para fecundar todas as f�meas”, conta. Com os pelos embolados, sujos e vivendo com pouca ra��o, muitos estavam em um local sem sequer uma sombra.

Com o tempo e com o trabalho da C�o Viver, o dono foi ganhando confian�a em Crispim, que ent�o levou mais c�es para serem tratados. Nesse meio-tempo, o dono doou mais de 30 cachorros, conta o advogado, que trabalha com animais de forma volunt�ria. “Esse senhor na verdade gosta bastante de cachorro e faz o melhor que pode, mas ele tem um apego excessivo a eles e n�o consegue doar. Ele permitia que os poodles se reproduzissem livremente, nascendo aos montes, e tinha dificuldade de perceber que eles n�o estavam bem. Por isso chegou neste extremo”, avalia.

“Os cachorros chegaram aqui em p�ssimo estado, todos com um cheiro insuport�vel, sem tosa e muito acuados. At� hoje eles n�o conseguem socializar direito, ficam tremendo de medo e s� andam em bando”, afirma Jos� Bandeira, que trabalha cuidando dos animais na C�o Viver. “V�o demorar a sair desse trauma, mas j� melhoraram muito. Quando chegaram eles at� avan�avam na gente, estavam p�ssimos”, lembra ele. No canil, oito c�es castrados, vacinados, vermifugados e tosados est�o vivendo em uma cela e j� se d�o bem com o cuidador.

SIGILO

A localiza��o da casa onde viviam os poodles � segredo guardado por Crispim. Ele chama o lugar de Campo dos Poodles, como descreve na p�gina do projeto Lobo Alfa na internet. “Prometi sigilo a esse senhor e est� dando certo. Ele est� acenando com a possibilidade de reduzir o n�mero de c�es em casa e talvez fique com apenas seis. Ainda h� mais de 30 vivendo l� que precisam de cuidado”, diz.

A feira de ado��o dos poodles ser� no dia 14. A ONG C�o Viver, que est� apoiando o processo de recupera��o dos animais, tem cerca de 140 cachorros uma cl�nica veterin�ria que funciona com pre�os populares. Parte da receita da entidade prov�m de doa��es, uma taxa de R$ 35 cobrada por ado��o, referente a castra��o e rem�dios. “Ningu�m faz um trabalho como esse se n�o for por amor”, relata Crispim.

SAIBA MAIS: ABRIGO PARA ANIMAIS


A ONG C�o Viver foi criada em agosto de 2003 por um grupo de quatro amigos com o objetivo de acolher e abrigar c�es e gatos em situa��o de abandono. Os animais atendidos passam por um processo de triagem e s�o encaminhados para o canil de quarentena. Se for constatado que o cachorro est� com leishmaniose, � feita eutan�sia, atrav�s de anestesia e inje��o letal. Quando os bichos – c�es e gatos – est�o saud�veis, s�o feitas esteriliza��es e, ap�s os procedimentos, s�o disponibilizados para ado��o.


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