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Estado de Minas

Novo reitor da UFMG ter� toler�ncia zero com os trotes

Vencedor da elei��o para reitor na UFMG quer punir veteranos que constrangerem calouros


postado em 09/12/2013 06:00 / atualizado em 09/12/2013 07:18

Patricia Giudice

(foto: Beto Magalhaes/EM/D.A Press.)
(foto: Beto Magalhaes/EM/D.A Press.)
A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) ter� novo reitor em mar�o. Pela lista tr�plice escolhida por meio de vota��o, com direito a segundo turno, o professor do Departamento de Engenharia Jaime Arturo Ramirez, de 49 anos, deve ocupar o cargo mais alto da universidade. A lista ser� enviada em janeiro ao ministro da Educa��o, Aloizio Mercadante, e � presidente Dilma Rousseff, que referenda o nome – pela tradi��o, o mais votado � nomeado. Enquanto espera a indica��o, Ramirez j� faz planos. Em entrevista ao EM, ele explicou suas expectativas e propostas e falou sobre epis�dios pol�micos que marcaram a UFMG este ano: trotes na Faculdade de Direito, den�ncia de racismo no Centro Pedag�gico e investiga��o contra um professor na Faculdade de Filosofia e Ci�ncias Humanas, acusado por alunas de ass�dio sexual. “Tanto eu quanto a vice-reitora (professora Sandra Regina Goulart Almeida) temos uma posi��o clara de n�o aceitar esse tipo de conduta. � toler�ncia zero. At� mesmo com expuls�o”, disse, referindo-se � forma como os calouros de direito foram recebidos. Casado e com duas filhas, Ramirez � natural de Ita� de Minas, na Regi�o Sul do estado. Ele viveu a maior parte da juventude em Montes Claros at� se mudar para Belo Horizonte para prestar vestibular na UFMG para engenharia el�trica. Na federal, foi pr�-reitor de p�s-gradua��o por seis anos, cargo que o fez conhecer intensamente a universidade. Veja principais trechos da entrevista.


TROTES
Eu e a (futura) vice-reitora acompanhamos os epis�dios deste ano e n�o concordamos com qualquer manifesta��o que cause humilha��o ao estudante. N�o podemos aceitar o que n�o � aceit�vel. N�o vamos tolerar o que � intoler�vel. O que vimos foi agress�o, viol�ncia e discrimina��o e pode haver expuls�o. A primeira coisa que a UFMG precisa fazer � admitir que essas situa��es existem. Tanto eu quanto a vice-reitora temos uma posi��o clara de n�o aceitar esse tipo de conduta. � toler�ncia zero. At� mesmo com expuls�o, mas precisamos formar melhor pol�ticas claras e educativas para combater. Uma forma � que haja uma resolu��o de conduta adequada. Precisamos voltar a ser modelo para a sociedade. Estamos aqui para acolher todos de igual maneira, independentemente do extrato social, cor, op��o religiosa ou quem escolheu para amar. � preciso estabelecer limites, maneiras de conviv�ncia e de confraterniza��o.


ALUNOS E FUNCION�RIOS
A UFMG � uma institui��o de ensino e tem a miss�o de formar pessoas, fazer pesquisas e extens�o. Vamos ter uma conversa com todos os colegiados de cursos de gradua��o e p�s-gradua��o para entender o que precisa ser feito. A universidade se expandiu muito com o Reuni (programa do governo federal de reestrutura��o e expans�o das universidades federais) e queremos saber agora como isso aconteceu na gradua��o. A inten��o � identificar propostas em conjunto e aprimor�-las. Precisamos recuperar o di�logo com o corpo discente e para isso nossa ideia � criar uma pr�-reitoria de assuntos estudantis. Alguns segmentos da comunidade universit�ria precisam avan�ar. Uma das nossas propostas � que a universidade tenha pol�ticas de qualifica��o para os funcion�rios do corpo t�cnico-administrativo. Eles est�o aqui todos os dias e contribuem muito para o funcionamento da institui��o.

SISU/ENEM
Vejo o Sisu com bons olhos. � importante que os alunos possam fazer o processo de sele��o para entrar na UFMG sem precisar se deslocar at� aqui. Hoje, a maior parte dos nossos alunos � de Belo Horizonte ou Grande BH e a nossa expectativa � que tenha uma altera��o nesse perfil. Junto com essa entrada teremos mais alunos de escolas p�blicas e vindos de outros estados. Com a pr�-reitoria de assuntos estudantis, uma das tarefas ser� acompanhar esse aluno, saber de onde ele vem, do que precisa para se manter aqui. � uma dupla tarefa. Acompanhar as condi��es socioecon�micas desse aluno e acad�micas para que ele desenvolva suas habilidades aqui. O aluno de escola p�blica n�o � necessariamente o mais fraco, por isso o que queremos � atuar de forma r�pida para n�o perder um talento por falta de condi��es.

EXPANS�O
Agora � importante concluir a expans�o do c�mpus Pampulha. J� trouxemos para c� os cursos de ci�ncias econ�micas, engenharia, farm�cia e odontologia, todos alocados em pr�dios novos, constru�dos para eles. Agora, vamos iniciar a constru��o de mais dois pr�dios para transferir os cursos de direito e arquitetura. Nossa expectativa � que at� 2017 eles j� estejam prontos, a� ficaremos com os tr�s c�mpus: Pampulha; medicina, na Regi�o Hospitalar, e Montes Claros. Os pr�dios que hoje s�o ocupados pelo direito e arquitetura, que � inclusive tombado pelo patrim�nio municipal, s�o de propriedade da UFMG e nossa ideia � mant�-los para outras atividades de ensino, pesquisa e extens�o.

TR�NSITO E MEIO AMBIENTE

Uma grande preocupa��o � com o espa�o que ocupamos. A UFMG vem aumentando sua demanda h� cerca de cinco anos com o Reuni e o c�mpus Pampulha sente isso em v�rias dimens�es, principalmente tr�nsito, seguran�a e a quest�o da sustentabilidade. Temos que ter pol�ticas voltadas para o meio ambiente e ser exemplos nisso, como instalar lixeiras de coleta seletiva e separar o lixo, o que vai ser feito de forma gradativa. O tr�nsito � uma quest�o que precisa ter um outro olhar, mais global, juntamente com a prefeitura e �rg�os de tr�nsito da cidade. De segunda a quinta-feira, recebemos no c�mpus Pampulha cerca de 50 mil pessoas por dia. A UFMG n�o pode ser uma via de acesso da cidade. E as discuss�es tamb�m precisam abranger o entorno do c�mpus.

SEGURAN�A

A seguran�a est� muito associada ao tr�nsito. Hoje, fazemos um monitoramento por c�mera de toda entrada no c�mpus Pampulha e precisamos ver se est� funcionando bem. Temos duas formas de atua��o: por meio de seguran�a terceirizada, que atua dentro da UFMG, e por conv�nio com a Pol�cia Militar, que faz um patrulhamento preventivo. Vamos conversar com estado e prefeitura para refor�ar esse efetivo, inclusive com a Guarda Municipal.


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