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Estado de Minas

Passageiros relatam p�nico em assalto a �nibus que terminou com tr�s mortos

Passageira baleada em �nibus durante confronto de assaltantes com um sargento da PM morre no HPS. Um dos homens mortos usava uma arma de brinquedo e militar est� preso


postado em 17/12/2013 07:06

A passageira do �nibus da linha 4156 (Santa Luzia-Belo Horizonte) que levou um tiro na cabe�a durante assalto na manh� de ontem tinha acabado de aceitar a gentileza de uma jovem que cedeu o lugar para ela se sentar. A auxiliar de servi�os gerais Maria Marques C�ndido da Silva, de 46 anos, chegou a ser levada com vida para o Hospital de Pronto-Socorro Jo�o XXIII (HPS), mas n�o resistiu e morreu cinco horas depois. Os tiros foram disparados por um sargento do 22º Batalh�o da PM, que estava fardado e armado, e matou os dois assaltantes. H� suspeita de que um dos tiros transpassou o corpo de um dos suspeitos e acertou a mulher. A empregada dom�stica de 26 anos que poderia ter sido morta no lugar dela disse estar abalada e sem condi��es de comentar o que ocorreu.

O crime foi �s 5h25, no km 13 da MG-020, no Bairro Ribeiro de Abreu, Regi�o Nordeste de Belo Horizonte. O �nibus estava lotado, com muitos passageiros em p�. As luzes internas do ve�culo estavam apagadas, pois muitos dormiam, e foram despertados pelos gritos de um dos ladr�es. “Passa o celular, passa o dinheiro, passa tudo, sen�o muita gente vai morrer aqui”, gritava o homem armado com um rev�lver calibre 32, falando palavr�es, acompanhado de outro com uma r�plica de pistola. Os dois acabavam de recolher objetos de valor e dinheiro quando um deles percebeu o sargento no �ltimo banco, sentado atr�s da porta traseira. Temendo ser morto, o policial conta que sacou sua arma e disparou tr�s tiros. Os dois assaltantes, Maciel C�ndido Rosa, de 19, e Cleiton dos Santos Silva, de 21, morreram na hora.

Maria era casada pela segunda vez e deixou seis filhos. Ela havia se mudado de V�rzea da Palma, Norte de Minas, para Santa Luzia, regi�o metropolitana, para tentar uma vida melhor para a fam�lia. Estava feliz por ter conseguido emprego h� oito meses numa empresa de vigil�ncia patrimonial em que trabalha o cunhado, no Bairro Belvedere, Regi�o Centro-Sul da capital. “Estava comprando as coisinhas dela”, comentou o cunhado, U�lton Barbosa, de 40. “Uma boa m�e, trabalhadeira, brincalhona e muito dedicada � fam�lia. Sa�a de casa �s 4h30 e s� voltava � noite. A gente sai para trabalhar e n�o sabe se volta vivo”, lamentou o supervisor de seguran�a, que n�o quis comentar a a��o do PM. “N�o quero julgar ningu�m. Trabalho com seguran�a e eu tamb�m temo pela minha vida se estivesse fardado dentro de um �nibus com dois bandidos armados”, disse.

Uma dom�stica de 49 anos conta que um dos ladr�es mandou o motorista acender as luzes internas. “Pediu para o motorista n�o parar o �nibus e que n�o desse sinal de alerta. Eu tirei meu celular e dinheiro da bolsa e entreguei para ele. A�, come�ou o tiroteio e eu me agachei ao lado de outra mo�a. Houve muito desespero, gritaria, e todo mundo come�ou a deixar o ve�culo. Eu ca� e algu�m me levantou. Eu sa� do coletivo e j� havia um assaltante morto do lado de fora. Algu�m come�ou a gritar que tinha uma passageira ferida l� dentro e fiquei mais desesperada ainda”, disse a testemunha. Maria morreu �s 10h20, no HPS. A testemunha conta que escutou v�rios disparos. “Parecia barulho de uma arma mais potente e de outra mais fraca”, observou.

Um passageiro de 29 anos contou que o sargento sempre pegava o �nibus no ponto final e no mesmo hor�rio. “Se o �nibus n�o tivesse lotado, os bandidos o teriam visto antes. Poderia ter havido um confronto com muitos passageiros entre eles”, comentou. “O ladr�o com o rev�lver estava muito agitado, xingando muito. O outro, da arma de brinquedo, parecia iniciante no crime, apavorado”, disse o rapaz. “O da arma de verdade pediu meu dinheiro e celular. Eu disse que j� tinha entregue para o outro e ele tomou minha mochila e levou tudo. As pessoas eram obrigadas a entregar tudo, at� as alian�as”, disse o passageiro. Ele conta que o PM acertou primeiro o ladr�o que portava arma de brinquedo. O segundo assaltante, que tentou atirar e o rev�lver falhou, levou um tiro no peito e quando pulava a roleta para fugir pela porta da frente levou o segundo tiro pelas costas. “Pulou com o �nibus em movimento e acho que j� caiu morto na estrada”, comentou.

A��O CORRETA O tenente da PM C�ssio Pires, que atendeu a ocorr�ncia, conta que antes de ser descoberto pelos ladr�es o sargento j� havia telefonado pedindo refor�o policial. “A a��o do sargento foi correta. Ele evitou um confronto at� o �ltimo momento. Quando foi identificado pelo autor e n�o teve mais alternativa, ele atirou para proteger a sua vida e evitar um confronto maior”, disse o tenente. O sargento, que tem 15 anos de profiss�o, foi autuado em flagrante pela morte dos ladr�es e permanecer� preso � disposi��o da Justi�a Militar, em alguma unidade da PM. “Somente o laudo vai dizer de onde partiu o tiro que matou a passageira”, disse o tenente.


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