Em um peda�o de apenas 6.400 metros quadrados do Bairro Luxemburgo, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, h� um verdadeiro ref�gio. Tem ip�s, emba�bas, muitos bambus para deixar o ar mais fresco. Tem brinquedos novos, amarelinha e at� um quadro de giz para a crian�ada soltar a criatividade. O Parque Mosteiro Tom Jobim � um dos v�rios o�sis da cidade que poucos conhecem, mas que nesta �poca de f�rias, se o sol ajudar, s�o boas op��es para levar as crian�as para brincar ao ar livre.
Segundo dados da Funda��o de Parques Municipais, o Tom Jobim tem uma visita��o m�dia por m�s de 500 pessoas. A mesma frequ�ncia m�dia tem o Parque Ecol�gico e de Lazer do Bairro Cai�ara, uma �rea de 11.500 metros quadrados com quadra, campo de futebol, equipamentos de gin�stica e brinquedos de madeira. Por l�, passa o C�rrego Cascatinha e na vegeta��o esp�cies nativas como jequitib�, ing� e cedro. Al�m de algumas crian�as, passeiam por l� pica-paus, rolinhas, sabi�s, micos e gamb�s. O campe�o em visita��o � o Parque Municipal Am�rico Renn� Gianetti, no Centro, com m�dia mensal de 600 mil pessoas. Em segundo fica o Parque das Mangabeiras/Parque Serra do Curral/Mirante das Mangabeiras, entre 30 mil e 40 mil por m�s.
O parque do Cai�ara foi uma surpresa para o novo presidente da funda��o, Hugo Ot�vio Costa Vila�a, que assumiu o cargo h� dois meses e praticamente todos os dias sai pela cidade para conhecer os lugares que agora administra. “� um lugar muito bonito, conservado.” Mas Hugo concorda: � pouco frequentado. Para isso, planeja para 2014 fazer um projeto de divulga��o dos parques de Belo Horizonte para tentar incentivar a popula��o a usar e conservar esses espa�os. “N�o existe a cultura no belo-horizontino de frequentar parques, precisamos fomentar isso na popula��o. Fazer com que ela se aproprie desses lugares e cuide como se fosse dela”, afirmou.
Hoje, a cidade tem 57 parques abertos e 16 fechados para visita��o. Segundo o presidente da funda��o, os parques fechados n�o est�o dispon�veis por estarem em �rea de preserva��o ou em relevo acidentado. Para 2014, outros 11 parques devem ser entregues � popula��o. Todos com infraestrutura como brinquedos para as crian�as, espa�o de conviv�ncia e aparelhos de gin�stica. Cinco deles est�o na Regi�o Centro-Sul, a que j� tem maior n�mero hoje (18, sendo quatro deles fechados); tr�s s�o no Barreiro e outros tr�s na Nordeste, Noroeste e Venda Nova. Outros quatro parques est�o em est�gio final de obra pela Superintend�ncia de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) para serem entregues � funda��o, mas ainda n�o se sabe se eles ser�o abertos ao p�blico ou em �reas restritas.
DESCOBERTAS Os parques Elias Michel Farah, no Bairro Ouro Preto, e Jos� Dazinho Pimenta (Cen�culo), em Venda Nova, s�o outros dois exemplos de lugares que t�m baixa frequ�ncia na capital e muita �rea verde e brinquedos para serem explorados nas f�rias. No portal da prefeitura (portalpbh.pbh.gov.br) � poss�vel acessar a p�gina da Funda��o de Parques, onde h� um mapa interativo com todas as informa��es sobre cada canto desse na cidade. Na mesma p�gina, encontra-se um aplicativo que pode ser baixado em smarthphones.
A psic�loga Luciene Rodrigues Rochael Galv�o, de 40 anos, n�o perde uma oportunidade sequer de tirar seus filhos do apartamento e lev�-los para brincar ao ar livre. Al�m de parques, ela aprecia que eles explorem as pra�as da cidade. H� pouco tempo se mudou do Santa Efig�nia para o Buritis. T�rsila, de 9 anos, e Pietro, de 1, j� est�o familiarizados com o Parque Aggeo Pio Sobrinho, na Avenida M�rio Werneck. O local tem uma m�dia de frequ�ncia de 15 mil pessoas por m�s.
“Sempre passamos por l�, j� fizemos at� piquenique. S�o lugares f�ceis para a crian�a brincar e de a gente ir com carrinho de beb�, lugar tranquilo para estacionar”, disse. Pra�a JK, Pra�a da Assembleia, Pra�a da Liberdade, Pra�a Floriano Peixoto. Esses lugares sempre foram os preferidos de Luciene para um passeio com os filhos e os colegas de T�rsila, mas um dos motivos que pesaram na sa�da do Santa Efig�nia como bairro para morar foi a dificuldade de acesso �s �reas de lazer. “S�o muitas obras, no fim de semana � dif�cil andar com o carrinho porque as cal�adas est�o cheias de mesinha nos bares. Para chegar de carro � dif�cil e estacionar tamb�m. Tenho procurado agora ficar mais perto de casa”, contou.
Para ela, Belo Horizonte tem muitas op��es de lazer para as crian�as brincarem ao ar livre, basta querer levar os pequenos. “As pessoas ficam voltadas para shoppings, que, para mim, s�o agrad�veis apenas para os pais, pois s�o c�modos. Gosto do ar livre, das brincadeiras pouco direcionadas, em que as crian�as criam, todas que chegam participam. Isso � inf�ncia”, afirmou Luciene.